Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense participa de Seminário Jurídico para a efetivação do Ramo Financeiro

O presidente do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, Júlio Cunha, e os diretores Miguel Pereira e Douglas Gil, participaram nos dias 17 e 18 de setembro, do Seminário Jurídico para a efetivação do Ramo Financeiro, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo.

O evento reuniu dirigentes sindicais, assessores jurídicos e convidados, tanto do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), como do Banco Central, para debater e apontar estratégias e caminhos no sentido garantir a ampliação da representação sindical dos trabalhadores.

Atualmente, tanto pela legislação quanto pela própria história de organização sindical da categoria, as entidades representam basicamente os bancários e trabalhadores em instituições de crédito, financiamento e investimento, como as financeiras, por exemplo.

Durante o encontro, foi traçado um panorama sobre a situação atual do setor.

Diante da chamada reestruturação produtiva, ou da reorganização e dinâmica de funcionamento do sistema financeiro mais recentemente, embaladas por uma série de novas tecnologias e Portarias e Resoluções do Banco Central, há uma verdadeira revolução no trabalho, no atendimento, nos serviços ofertados à sociedade.

A maioria dessas operações, ainda que permaneçam de natureza financeira, ou idênticas às praticadas pelos bancários, estão sendo cada vez mais transferidas para “canais alternativos”, para “fora das agências” e principalmente realizadas por trabalhadores não considerados como do Ramo Financeiro. Com isso, esses trabalhadores se encontram sem representação sindical ou são transferidos para outras representações, como tem sido a prática atual do Banco Santander.

São terceirizações irregulares, correspondentes bancários e uma gama de novos serviços e empresas que compõem as chamadas holdings financeiras. Mas isso também ocorre para reduzir os custos do trabalho, ao não se estender os direitos da Convenção Coletiva dos Bancários ou Acordos específicos.

Essas divisões enfraquecem também a própria mesa de negociação dos bancários.

Para se ter ideia do tamanho dessa reconfiguração, são um pouco mais de 400 mil bancários, com a representação pelos sindicatos dos bancários, e representados pela CCT e outros 1 milhão de fora.

Nesses números, há ainda a questão das cooperativas de crédito, que atualmente atuam e ofertam produtos financeiros rigorosamente idênticos.

“Se num passado nós já representamos esses trabalhadores, por que atualmente não mais? Então, foi para melhor identificar esse cenário e apontar caminhos para a redefinição da representação de todo esse segmento que hoje compõem as instituições financeiras que estivemos reunidos”, afirma Júlio Cunha.

O presidente do Sindicato ressaltou que os banqueiros já atualizaram essa reorganização ao criar a sua Confederação patronal, a Consif – Confederação Nacional do Sistema Financeiro.

“Então, cabe agora aos bancários, formais e “informais” também fazer esse debate e nos ajuntar, revitalizando nossas entidades sindicais. Juntos somos sempre mais fortes”, concluiu Júlio.

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