Os resultados da Pesquisa “Saúde Mental no Trabalho Bancário” apresentam dados preocupantes. O trabalho foi realizado em parceria entre o Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense e o Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense (Volta Redonda).
Os dados revelam a necessidade de ações frente às condições de trabalho dos bancários na região.
De acordo com a pesquisa, o tempo de trabalho é um fator importante. Bancários com menos de um ano de serviço têm percepções mais positivas. Segundo o documento, recém-contratados tendem a ter uma visão mais otimista do trabalho, ainda não tendo sido completamente expostos aos aspectos negativos e ao estresse acumulado.
Na área comercial, a pesquisa aponta que trabalhadores com mais de 40 anos apresentaram percepções piores em relação à organização do trabalho e níveis mais elevados de danos físicos, psicológicos e esgotamento profissional.
De acordo com a pesquisa, alguns fatores estão relacionados a este resultado. A pressão por metas, competitividade e cobrança estão entre esses fatores, já que a área comercial é caracterizada por uma forte pressão para atingir metas de venda e desempenho.
As interações com clientes também podem contribuir para aumentar o estresse. Ainda segundo a pesquisa, bancários mais velhos podem ter mais dificuldade para se adaptarem a mudanças organizacionais e novas tecnologias.
A pesquisa aponta diferenças entre instituições públicas e privadas. O resultado mostra que bancos públicos têm piores condições de trabalho, enquanto bancos privados mostraram níveis superiores de esgotamento profissional.
A conclusão da pesquisa é que as intervenções devem ser planejadas para promover a reestruturação gradual da cultura organizacional dos bancos. O objetivo é reduzir a pressão e o esgotamento dos bancários, principalmente em áreas e faixas etárias mais vulneráveis, promovendo um ambiente de trabalho mais salubre e sustentável.