Propostas dos trabalhadores da CUT são entregues a Lula

A Direção Nacional da Central Única Trabalhadores (CUT) lançou, na manhã desta segunda-feira (4), a Plataforma da Central para as Eleições 2022. O primeiro a receber o documento foi o ex-presidente Lula (PT), pré-candidato às eleições para a Presidência da República, que serão realizadas em outubro deste ano. Durante o evento, Lula afirmou que o país vive “um momento difícil” e que a unidade e a luta das centrais sindicais serão fundamentais para a reconstrução do país.

O ex-presidente destacou ainda que as centrais devem elaborar as propostas de forma direta e objetiva sobre o futuro que a classe trabalhadora quer para o país nos próximos anos.

“Vivemos um momento difícil no Brasil. Teve o impeachment e não aconteceu outra coisa na vida do movimento sindical senão derrota atrás de derrota, como as reformas [Trabalhista e da Previdência Social], o desmonte da Justiça do Trabalho, o desmonte das finanças dos sindicatos, o desmonte dos direitos trabalhistas que vinham sendo construídos desde 1943”, pontuou o ex-presidente.

A Plataforma

A Plataforma da CUT para as Eleições 2022 é uma síntese de propostas de interesse da classe trabalhadora, que abrange desde desenvolvimento econômico e sustentável até a valorização do trabalho, com políticas de distribuição de renda, geração de emprego de qualidade, inclusão social e democratização das relações de trabalho.

A CUT tem tradição em debater internamente os problemas do país e elaborar propostas para municípios, estados e o país, em eventos realizados juntamente com as CUTs estaduais. Até 2009, os dirigentes elaboravam cartas compromisso. A partir de 2010, passou a construir as plataformas, que são entregues aos candidatos e candidatas durante as campanhas eleitorais.

O objetivo é contribuir para o “diálogo com a sociedade e parceiros do movimento social e sindical”, na construção de pautas de interesse da classe trabalhadora, como destaca o texto de apresentação do Plataforma.

Entre as diretrizes da plataforma estão a defesa da democracia, da cidadania e dos direitos humanos; o restabelecimento do papel do Estado como indutor da economia e implementação das reformas, como agrária, tributária e política; e o fomento à retomada do desenvolvimento econômico e social.

Projeto deles é destruir direitos e a proteção social da classe trabalhadora

De acordo com avaliação do ex-presidente Lula, a ofensiva da extrema direita contra os direitos sociais e trabalhistas foi violenta a ponto de causar uma certa inércia nos trabalhadores. “Foram desmontando tudo e nossa capacidade de reação foi pequena porque o que os movimentos conservadores fizeram foi antecipado por uma campanha forte, de narrativa de negação de tudo o que era bom para nós”, disse Lula.

Tanto esses movimentos, aliados à campanha da mídia da época, que falava exaustivamente que direitos como 13° e férias significavam custo e tiravam o poder de competitividade do Brasil em nível internacional, contribuíram com o desmonte que viria na sequência do golpe.

“Diziam que o Brasil não crescia e não exportava por que o custo era caro, mas nunca fizeram uma comparação entre o salário do trabalhador brasileiro com o salário de outros países”, disse se referindo a nações como Estados Unidos e França.

Essa “narrativa”, disse Lula, ganhou a consciência das massas, que passou a “não ver sentido” no que o movimento sindical alertava – e alerta até hoje – de que o projeto de governo dos conservadores, em especial de Jair Bolsonaro (PL), é de destruir direitos e a proteção social da classe trabalhadora.

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