O Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense está realizando uma pesquisa sobre “Doença Mental no Trabalho Bancário”. Um questionário está sendo entregue nas agências para ser respondido pelos bancários. O Sindicato pede que até o dia 26 de junho próximo todos sejam respondidos. A ação do sindicato, que conta também com a distribuição de folhetos explicativos, visa à conscientização dos profissionais para os riscos do adoecimento.
Colocado em envelope lacrado, o questionário serve para coleta de informações básicas sobre a rotina de trabalho. É muito importante que os bancários respondam ao questionário. Não é necessário se identificar. Basta preencher e colocar no envelope lacrado. Todo o material será encaminhado ao Projeto de Saúde Mental no Trabalho Bancário, que é uma parceria entre o Sindicato e Universidade Federal Fluminense/Volta Redonda, onde os dados serão devidamente tabulados. O sindicato não tem acesso às respostas dos bancários.
As informações serão tratadas com metodologia científica. Ao final desse trabalho será feita uma fotografia de todo o grupo para traçar um plano de trabalho efetivo. Estão previstas as etapas de extensão, estudo e pesquisa acadêmica, cujo objetivo é o trabalho bancário e suas repercussões na saúde dos trabalhadores.
A pesquisa já foi entregue nos municípios de Barra Mansa, Volta Redonda, Itatiaia, Porto Real, Quatis e Pinheiral, Resende, Rio Claro, Piraí, Paracambi, Paulo de Frontin, Mendes, Vassouras, Barra do Piraí, Valença e Rio das Flores.
Atualmente, cerca de 15% dos associados do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense estão afastados pelo INSS para tratamento de saúde. Quase toda a sua totalidade está associada à Síndrome de Burnout, que é caracterizada pelo esgotamento emocional e, consequentemente, físico.
Na sequência do trabalho será formado um procedimento chamado clínicas de trabalho, que serão espaços coletivos de escuta para que os bancários possam expor e exprimir seus sentimentos. O objetivo é diminuir a culpabilização das vítimas que ainda se martirizam por terem adoecido sem perceber que era o trabalho o agente causador.