
“O banco insiste em repetir que valoriza e incentiva a presença de mulheres em cargos de liderança, mas sua prática mostra o oposto”. A afirmação é de Wanessa Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, e refere-se à nomeação do novo superintendente executivo de Marketing do banco.
A nomeação também foi alvo de críticas na coluna da jornalista Josette Goulart, no Uol, onde destaca que atualmente, os principais concorrentes do Santander — como Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e Nubank — contam com mulheres à frente do marketing.
“Nós, trabalhadoras mulheres, em especial, nos sentimos indignadas com a incoerência do banco. Ao mesmo tempo em que afirma que incentiva a participação das mulheres em cargos de liderança, o Santander mantém uma prática que não condiz com o discurso nem com a realidade do mercado”, disse Wanessa.
Segundo a coordenadora, essa indignação foi externada inclusive durante uma das últimas reuniões da COE com o RH do banco, com representantes dos trabalhadores de todo o país, quando a COE pediu coerência e compromisso real com a diversidade. O encontro ocorreu em 2 de abril para discutir as políticas de diversidade da instituição.
Wanessa ressaltou que a COE reforça que a luta por igualdade de gênero nos espaços de poder e decisão não é apenas uma pauta simbólica — é uma necessidade urgente para a construção de ambientes corporativos mais justos, plurais e representativos.
*Fonte: Contraf-CUT