O lucro líquido gerencial do Santander foi de R$ 10 bilhões nos primeiros nove meses deste ano, um aumento de 40,5% em comparação ao mesmo período de 2023.
Entretanto, o banco continua a fechar postos de trabalho e a reduzir o número de agências nas ruas, afetando diretamente clientes e funcionários.
O banco teve um lucro trimestral de R$ 3,7 bilhões, valor 10% superior ao trimestre anterior. O retorno sobre patrimônio (ROE) também registrou alta de 17%, com aumento de 3,9 pontos percentuais em doze meses.
Apesar do lucro crescente e do aumento da base de clientes, o Santander fechou 706 postos de trabalho nos últimos 12 meses, sendo 568 apenas no terceiro trimestre de 2024.
O banco também fechou 254 lojas e 128 Postos de Atendimento Bancário (PABs) no mesmo período, o que mostra um direcionamento para reduzir o atendimento físico.
Dados do Banco Central apontam que o Santander contava com 2.459 agências físicas em setembro de 2024, uma queda significativa de 78 unidades em relação ao ano anterior.
Rita Berlofa, secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT e funcionária do Santander, criticou o elevado número de terceirizações dos últimos anos.
“Na verdade, são terceirizações travestidas de contratações fraudulentas, já reconhecidas pelo Ministério Público do Trabalho. Quando um cliente opta por um banco, ele opta por uma instituição e não por um grupo de CNPJs, que é o que o Santander está se tornando. Isso precisa acabar!”, ressaltou Berlofa.
*Fonte: Contraf-CUT