Movimento sindical participa da campanha de combate à violência contra as mulheres

A campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, que teve início em 20 de novembro (Dia da Consciência Negra) e seguirá até 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos), conta com a participação da Confederação Nacional das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Segundo a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes, este ano o movimento sindical das trabalhadoras do ramo financeiro irá focar os 21 Dias de Ativismo no combate à violência digital.

“Existem vários levantamentos que identificam o aumento do discurso de ódio contra as mulheres nas plataformas online. E, diante de uma sociedade cada vez mais conectada, é fundamental discutir como tornar o ambiente digital seguro e livre de reprodução da misoginia”, afirma Fernanda.

O Brasil é um dos países mais conectados do mundo: são 144 milhões de usuários ativos das redes sociais (67,8% da população) que ficam, em média, 3h32 por dia nessas plataformas.

Os dados são da estrategista digital e cientista social, Brunna Rosa Alfaia, durante o “Workshop de comunicação e atuação em redes”, realizado recentemente em São Paulo, pela UNI Américas e Contraf-CUT.

Violência contra a mulher

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 840 milhões de mulheres já sofreram algum episódio de violência doméstica ou sexual ao longo da vida, o que significa uma em cada três. Somente nos últimos 12 meses, 316 milhões foram vítimas de violência física ou sexual praticadas pelo parceiro.

A situação também é alarmante no Brasil. Segundo a publicação mais recente do Atlas da Violência, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), somente em 2023, os registros do sistema de saúde apontaram que 3.903 mulheres foram vítimas de homicídios.

De acordo com o Atlas da Violência, entre 2022 e 2023, enquanto a taxa geral de homicídios recuou 2,3%, no mesmo período. Em onze anos – de 2013 a 2023 – ocorreram 47 mil homicídios de mulheres, ou 13 por dia.

Ainda segundo Atlas, a violência letal atinge de forma desproporcional as mulheres negras: em 2023, foram registradas 2.662 mulheres negras vítimas de homicídio, o que representa 68,2% do total de homicídios femininos.

*Fonte: Contraf-CUT

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