Movimento sindical critica nova alta da Selic

A Selic, taxa básica de juros do país, subiu para 14,75% ao ano, em decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom), anunciada nesta quarta-feira (7).

O movimento sindical questiona a medida e afirma que ela não é eficiente para controlar as raízes principais do tipo de inflação enfrentada atualmente no país.

O Copom indica como justificativa a pressão geopolítica, com destaque para a economia norte-americana e, no cenário interno, a pressão inflacionária, que, em relatórios recentes do próprio BC, se devem às altas dos alimentos e da energia.

De acordo com um trabalho dos pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), Braulio Borges, André Braz e Francisco Pessoa Faria, o atual aumento expressivo nos alimentos, enfrentado não apenas no Brasil, está ligado ao mercado agrícola e às mudanças climáticas.

Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), ressalta que o brasileiro já convive com uma taxa básica de juros proibitiva para o desenvolvimento econômico e que aumenta o custo de vida, o endividamento das famílias, das empresas e os gastos do governo federal.

“Gabriel Galípolo, atual presidente do BC, e os demais membros do Copom não foram indicados pra manter os interesses do mercado financeiro, mas sim ps interesses da população. Por isso, nós exigimos que o Banco Central cumpra o papel de fazer uma política econômica para a população e não para o mercado financeiro, o único que se beneficia com a especulação da Selic”, critica Juvandia.

*Fonte: Contraf-CUT

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