
No primeiro semestre deste ano, o Santander obteve R$ 7,520 bilhões de lucro, crescendo 18,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. Só no segundo trimestre do ano, o lucro foi de R$ 3,659 bilhões.
O retorno sobre o patrimônio (ROE) anualizado ficou em 16,4%, com acréscimo de 0,9 ponto percentual em 12 meses.
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias somaram R$ 10,949 bilhões no semestre, permanecendo estáveis. Já as despesas de pessoal, incluindo PLR, aumentaram 4,0%, alcançando cerca de R$ 6,3 bilhões.
O crescimento no semestre foi impulsionado pela expansão da margem financeira, que subiu 4,4% em 12 meses, puxada pela alta de 11,3% na margem com clientes.
Mesmo com desempenho positivo, o banco fechou 1.173 postos de trabalho nos últimos 12 meses, sendo 1.385 somente no 2º trimestre deste ano, e fechou 561 pontos de atendimento.
Ao final de junho de 2025, o Santander contava com 53.918 empregados, frente aos 55.091 de junho de 2024. Em doze meses, foram 1.173 demissões líquidas. No mesmo período, a base de clientes aumentou em 4,5 milhões, atingindo 71,7 milhões de pessoas.
A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Wanessa Queiroz, ressalta que a política de redução de custos agressiva implementada pelo Santander no Brasil não é observada nos demais países da América, tampouco na casa matriz na Espanha.
“É importante destacar que grande parte das demissões realizadas no país afetaram as mulheres, que já representaram 59% do quadro de empregados e hoje, segundo o Relatório de Transparência do Governo Federal, somam apenas 43% da força de trabalho”, observou a coordenadora.
*Fonte: Contraf-CUT