Juros altos e crise no agro são desafios para o Banco do Brasil

A economista Rosângela Vieira dos Santos, da Rede Bancários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostrou como o Banco do Brasil tem enfrentado um cenário de fortes pressões, mas também reafirmou sua relevância estratégica para o desenvolvimento nacional.

A apresentação foi realizada no 35º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (35º CNFBB), em São Paulo, nesta sexta-feira (22).

De acordo com Rosângela, a economia brasileira viveu um ciclo recente de crescimento, geração de empregos e queda da inflação.

Entretanto, juros elevados freiam a atividade e têm impacto direto sobre os bancos públicos. Segundo Rosângela, no Banco do Brasil, o custo de captar recursos se tornou muito mais caro, o que pressiona seus resultados e reduz a rentabilidade.

A queda expressiva nos lucros do Banco do Brasil em 2025 foi um dos destaques da apresentação. Segundo Rosângela, o movimento resulta da combinação de três fatores principais: os juros altos, a entrada em vigor de uma nova norma contábil que aumentou a exigência de provisões e a inadimplência recorde no agronegócio, setor que concentra uma parte relevante das operações do banco.

O aumento das despesas do banco também foi abordado, desde os custos para captar recursos até os gastos administrativos.

Apesar das adversidades, Rosângela afirma que o Banco do Brasil continua desempenhando funções essenciais para o país.

*Fonte: Contraf-CUT

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