Organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT), o VII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro foi realizado em Porto Alegre, na sexta (10) e sábado (11) passados. Devido à grande procura, o evento foi transmitido ao vivo pela internet.
O primeiro painel abordou o tema “Análise de conjuntura histórica das relações de trabalho e raciais no Brasil e suas consequências na vida da população negra”. A apresentação ficou por conta do Mário Theodoro e da advogada Tamires Sampaio.
O economista ressaltou que mesmo o Brasil estando entre as dez maiores economias do mundo, o seu crescimento foi acompanhado pelo aumento da pobreza e da desigualdade social. Já a advogada Tamires Sampaio explicou que é preciso entender de que forma a sociedade foi construída para falar sobre relações de trabalho e raciais o Brasil.
Ela ressaltou que “para garantir e justificar o processo escravocrata da população negra e o genocídio da população indígena foi necessário construir um processo de desumanização”.
No segundo painel o debate foi sobre A participação de negros e negras no mercado de trabalho e as políticas de combate ao racismo foi tema do segundo painel, que teve mediação do diretor do SindBancários Guaracy Gonçalves e da dirigente da Fetrafi-NE Sandra Trajano.
A educação também esteve presente nas mesas do fórum. Para este tema, o evento teve a participação de André Brandão, professor da Universidade Federal Fluminense e doutor em Ciências Sociais.
Desigualdades educacionais no ensino superior e as políticas afirmativas de cotas marcaram a mesa de debates. André explicou que “houve um conjunto de articulações no período dos governos populares que proporcionou a incorporação de negros no ensino superior.”
Ele acrescentou que não foi suficiente.
“Ainda temos no Brasil uma universidade majoritariamente branca, porém com um aumento consistente de pretos e pardos”, ressaltou.
*Fotos de Eduardo Seidl/Sindbancários