O Fórum Sindical Internacional sobre a Digitalização Financeira realizou, em seu último dia, o Wokshop “A digitalização e a mensagem sindical”. O encontro aconteceu na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), uma das organizadoras do evento, em São Paulo.
A palestra: “Ferramentas modernas para contactar com os trabalhadores, APPs e redes sociais”, ministrada por Catalina Beltran, da Associação Colombiana de Empregados Bancários (ACEB), abriu o evento. Ela ressaltou que “através das redes sociais a gente conseguiu ajudar outros trabalhadores que queriam entrar no movimento sindical, mas não sabiam como”.
Os desafios para as organizações sindicais nas redes sociais foi o tema escolhido pelos representantes da agência de conversação pública do Uruguai, Doble ele. A diretora de Comunicação da agência, Laura Modernell, explicou que antigamente o problema era como passar as informações. “Agora é o que passar e por qual meio, com foco na pessoa que te ouve”, disse.
Já Fernando Calleros Piriz, sócio fundador da Doble ele, lembrou a necessidade das entidades sindicais acompanharem o ritmo atual. “As pessoas têm uma grande necessidade de informação e a comunicação dos sindicatos precisa acompanhar. Aumentar a quantidade de tempo nas redes e os tipos de informações disponibilizados”, destacou, acrescentando que é necessário estar preparado para as críticas.
A diretora da Friedrich Ebert Stiftung (FES) na Argentina, Mónica Sladogna, falou sobre digitalização e futuro do trabalho. A FES é uma fundação social-democrata alemã com mais de 35 anos de presença no país, comprometida com a democracia e a justiça social.
Segundo ela, é necessário a profissionalização da comunicação.
“A gente precisa seguir a demanda de qualificação profissional nesta área, como vamos acompanhar os trabalhadores ininterruptamente, 24 horas por dia, se não tivermos profissionais suficientes ou treinados para isso?”, completou.
“Mensagem do sindicato na comunicação moderna. Estratégias para alcançar os jovens trabalhadores” foi tema abordado por Henrique Guilherme Batista, da equipe de Comunicação da Contraf-CUT. Ele explicou que, na Contraf-CUT, todas as campanhas são pensadas com estratégias para todas as regiões do Brasil e, principalmente, para atingir todos os públicos, independente da idade.
“A forma que encontramos de tentar atingir os jovens e também o público mais velho nas redes sociais é por meio da educação. Criando vídeos explicativos e cursos que ensinam a conhecer cada rede e a utilizar ferramentas e aplicativos. Nosso próximo passo é um seminário de comunicação, para comunicadores de todo Brasil e convidados internacional”, afirmou.
Ana Muga, da Confederação de Trabalhadores Bancários do Chile (CSTBA) falou sobre “A mensagem sindical comprometida com as lutas sociopolíticas”. Para ela, o fortalecimento da organização dos trabalhadores são o único jeito de alcançar as transformações exigidas no país.
Pablo Andrade, secretario de Finanzas da Associação dos Bancários do Uruguai (AEBU), abordou a questão da otimização da comunicação digital. “Nós temos que conhecer as especificidades das redes, para saber onde nos aprofundar mais”, disse.
Homenagem
Para finalizar o evento, a O evento terminou com uma homenagem a secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Rita Berlofa, foi homenageada.
Bancária do Santander, Rita iniciou sua carreira no Banespa, participando ativamente da luta contra a sua privatização.
Dirigente sindical desde 1997, na diretoria executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região esteve à frente das secretarias de Saúde e Condições de Trabalho; Organização e Suporte Administrativo; Finanças; e de Estudos Sócio-econômicos.
Também foi coordenadora da mesa de negociações com o Santander por 12 anos, coordenadora da Rede Sindical Santander para a UNI Américas por 10 anos, e presidenta da UNI Finanças por oito anos.