Empregos bancários voltam a ser gerados, mas com salários menores

O setor bancário voltou a registrar novos postos de trabalho em agosto, após cinco meses de extinção de empregos. Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) – Rede Bancários, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), mostram a criação de 1.002 postos de trabalho em agosto deste ano.

Os dados apontam foram 3.683 admissões e 2.681 desligamentos. No ano, desde janeiro foram criadas 3.277 vagas e nos últimos 12 meses, 7,1 mil. Desse saldo, 51,4% são devidos aos bancos múltiplos, e 38,5%, à Caixa. Vale lembrar, no entanto, que nos cinco meses anteriores à agosto, houve o fechamento de 1.314 vagas.

O salário mensal médio de um bancário admitido em agosto foi de R$ 5.215,94, apenas 81,3% do valor de R$ 6.412,61 que era pago àquele que foi desligado. Por outro lado, o rendimento médio do trabalhador admitido no emprego formal brasileiro foi de R$ 1.949,84, ou 37,4% do salário bancário.

Para o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Walcir Previtale, “é importante observar que a melhor remuneração comparada do trabalhador bancário reflete diretamente em efeito multiplicador positivo nos demais setores da economia”. Walcir também lembra que “as novas garantias conquistadas na negociação coletiva, como reajuste do piso salarial, terão novos reflexos a partir das contratações de setembro”.

No ano, as ocupações que mais contribuíram (sem considerar a Caixa), foram escriturário (5.097 postos), analista de desenvolvimento de sistemas (632) e administrador (357). As maiores baixas ocorreram entre gerente administrativo (1.272), gerente de contas – pessoa física e jurídica (1.137) e gerente de agência (712).

Os números revelam a quase inexistência de contratações como primeiro emprego em agosto, apesar de os bancos declararem apoio a programas de inclusão de jovens. As demissões voluntárias representaram 49,8% do total, maior patamar desde janeiro de 2022. Os desligamentos por iniciativa do empregador responderam por 43,3% dos casos. As 111 demissões por justa causa foram 4,1%, a maior proporção dos últimos 12 meses.

Ramo financeiro – No ramo, quando excluída a categoria bancária, o saldo foi positivo em todos os 12 últimos meses, com a geração de cerca de 39,5 mil postos. Entre janeiro e agosto deste ano, foram 26 mil novos postos – quase metade desse volume em São Paulo.

Em agosto, foram abertas 3.084 vagas, 40% a menos que o mesmo mês de 2021. As atividades financeiras que mais contribuíram foram crédito cooperativo (809 vagas), holdings de instituições não financeiras (630) e atividades de intermediários em transações de títulos, valores mobiliários e mercadorias (467).

A Pesquisa do Emprego Bancário completa pode ser acessada clicando aqui.

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