Contraf-CUT emite nota em defesa da Previ

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) emitiu uma nota de esclarecimento devido às notícias sobre uma possível auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) na gestão da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ).

De acordo com matéria publicada pela Contraf-CUT, o objetivo da nota é proteger a Previ e alertar os associados sobre a verdade. Já na abertura, a nota informa que déficit não é rombo ou prejuízo:

“Primeiramente, é necessário afirmar que, ao contrário do que estão dizendo, o déficit de um período, no caso dos fundos de pensão, não significa prejuízo, e muito menos rombo, como se o dinheiro tivesse sumido. A rentabilidade da Previ, assim como de qualquer investimento, está atrelada as oscilações do mercado. O fato é que, apesar da desvalorização de determinados ativos, a Previ terminou novembro ainda com um superávit de R$ 528 milhões.”

Segundo a Contraf-CUT, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), responsável por fiscalizar os fundos de pensão no país, “também afirma que não há déficit a equacionar e que o Plano 1 permanece com resultado positivo cumprindo suas obrigações previdenciárias.”

E completa explicando que “déficit atuarial não é prejuízo financeiro, pois o valor dos ativos que compõem o portfólio da entidade pode voltar a se valorizar no médio prazo.”

Análise equivocada

A Contraf-CUT afirma na nota que “tanto o TCU quanto a imprensa também vêm fazendo uma análise equivocada dos resultados dos investimentos e rendimentos dos fundos de pensão, que estão sendo medidos na atualidade, e não em um período de longo prazo como deveria ser.”

Ainda segundo a Contraf-CUT, a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) também emitiu nota ressaltando que “a rentabilidade dos fundos de pensão deve ser analisada sob uma perspectiva de longo prazo, pois esses investimentos possuem ciclos extensos de acumulação de reserva e gestão previdenciária. Avaliações de curto prazo não refletem a robustez do sistema e, portanto, não podem ser consideradas prejuízo ou déficit por conta de um pequeno período.”

Em sua nota, a Contraf-CUT reafirma que “a Previ não é do Banco do Brasil ou de alguma instituição pública, ligada à Únião, estados ou municípios. A Previ pertence aos funcionários e funcionárias do Banco do Brasil e é uma entidade democrática, paritária e que conta com ampla participação e fiscalização dos seus associados, das suas diretorias, do patrocinador e dos órgãos de fiscalização.”

O diretor eleito da Previ, Marcio Souza, também emitiu nota afirmando que não existe rombo na Previ e tranquilizando os funcionários da ativa e aposentados:

“Aos funcionários do Banco do Brasil, da ativa e aposentados, e aos nossos pensionistas, asseguro que o Plano 1 está em perfeito equilíbrio com uma ótima carteira de renda fixa, contratada a uma taxa média de IPCA + 5,9% ao ano, e uma carteira de renda variável, com participação nas melhores empresas do Brasil.”

*Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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