
Os riscos de contaminação por bisfenol A (BPA) e bisfenol S (BPS) foram tema de debate entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na última quarta-feira (8).
As substâncias são componentes de papéis térmicos utilizados em impressoras e terminais eletrônicos.
“A prevenção é o melhor tratamento. Como existem no mercado papéis térmicos sem o BPA e o BPS, a nossa reivindicação é que sejam tomadas ações que afastem qualquer risco à saúde dos trabalhadores, até que tenhamos estudos conclusivos sobre os impactos à saúde”, observou Vinícius Assumpção, vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
De acordo com Vinícius, existe um projeto de lei tramitando no Congresso Nacional, que proíbe a fabricação e importação de papéis térmicos que contenham o BPA e o BPS em concentrações iguais ou superiores a 0,02% de seu peso.
Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal Fluminense, em 2023, apontou que o BPS pode ser tão prejudicial quanto o BPA, especialmente para o coração.
Segundo a doutora Beatriz Alexandre-Santos, autora do estudo, a combinação da obesidade com a exposição ao BPS intensifica a hipertrofia e a fibrose cardíaca, condições que podem evoluir para doenças cardiovasculares graves, como insuficiência cardíaca.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a fabricação e importação de mamadeiras produzidas com bisfenol A no Brasil desde 2012.
*Fonte: Contraf-CUT