
A formatura de 475 mulheres do curso “Eu ProgrAmo”, turma Análise de Dados, oferecido pela PrograMaria, foi realizada na última quinta-feira (10).
Para Fernanda Lopes, secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), mais do que ações de capacitação, “os programas são instrumentos de justiça social, criados para enfrentar as desigualdades estruturais que afastam as mulheres, especialmente as mulheres negras, trans, PCDs e periféricas, do setor tecnológico.”
Os cursos são uma conquista do movimento sindical bancário, da última Campanha Nacional Unificada, quando a categoria conquistou o compromisso dos bancos de oferecer bolsas de estudos para que mulheres possam se profissionalizar nas áreas da Tecnologia da Informação (TI) na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
“A ampliação das áreas de TI no setor financeiro é um caminho que está atrelado ao momento histórico que estamos vivenciando, de uma renovação dos setores industriais e de serviço diante da nova onda tecnológica. Ao mesmo tempo, as mulheres sempre tiveram baixa representatividade nos setores de tecnologia, por fatores estruturais e machistas e que fizeram com que, hoje, a tecnologia seja dominada por homens. Diante desse quadro, nós reivindicamos que os bancos invistam na formação de mulheres”, ressaltou Fernanda Lopes.
*Fonte: Contraf-CUT