
Organizada pela Federa-RJ, a 3ª Conferência Estadual das Bancários e dos Bancários foi realizada, neste sábado (15), no Clube Português de Niterói. Participaram do evento delegações dos sindicatos de Niterói, Sul Fluminense, Petrópolis, Campos dos Goytacazes, Teresópolis e Rio de Janeiro, além de convidados como a doutora em educação, Greyce Kelly, o deputado federal Reymond e o vereador de Niterói, Leonardo Giordano.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, Júlio Cunha, participou do evento e fez questão de ressaltar que o bancário da base está sofrendo diariamente com assédio moral.

“Isso está levando o trabalhador a um problema de saúde psicológico, que precisa ser discutido e levado para a mesa nacional. O Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, em parceria com a UFF, está fazendo uma pesquisa buscando identificar esses bancários. É muito importante debater essa questão da saúde do trabalhador bancário”, afirmou Júlio, que lembrou ainda a questão dos bancos Bradesco e Santander, que vêm desrespeitando o atendimento dos clientes na agência.

A presidenta da Federa-RJ, Adriana Nalesso, falou sobre os desafios da categoria.
“A conferência traz temas que são centrais para a categoria como um todo, como por exemplo, o que se passa com os avanços tecnológicos na organização do trabalho bancário. A gente está vendo as mudanças que estão ocorrendo nos bancos, a redução dos postos de trabalho, as demissões e a precariedade no atendimento ao cliente. Então eu acho que o nosso desafio é linkar o atendimento ao cliente, trazer ele para o nosso lado para preservar empregos na categoria”, afirmou.
Adriana ressaltou também que é preciso ver a questão dos direitos para todos os trabalhadores que atuam no ramo financeiro.
“Hoje em dia a gente vê claramente, por exemplo, autônomos trabalhando como bancários sem direito nenhum, como os agentes autônomos de investimento, agentes autônomos de negócios, que é uma forma de precariedade prevista a partir da reforma trabalhista. Tem ainda a questão das terceirizações que os bancos têm implementado. Então, a gente tem um grande desafio no mundo do trabalho como um todo e para a categoria bancária em especial em função do grande impacto que têm essas novas tecnologias para nós”, observou Adriana.

Para Cláudio Barbosa, secretário de Imprensa do Sindicato do Sul Fluminense, a conferência se mostrou um evento muito representativo e com maior participação feminina que nos outros anos. Ele fez questão de elogiar o discurso da palestrante Greyce Kelly, na mesa de abertura, e também destacou a importância de reunir a categoria.
“É importante nos reunirmos com um objetivo em comum, agir em conjunto, principalmente no setor de comunicação, que é a alma do sindicato. Hoje, o sindicato que tem uma comunicação bem estruturada, com suas redes sociais, com seus e-mails e com sua comunicação em dia, tem muito mais chance de poder promover um avanço na nossa política de trabalho”, pontuou.

*Colaboração do fotógrafo Nando Neves