Novo Mutirão Contra os Juros está sendo realizado pelos Comitês Populares de Luta. As ações acontecem desta sexta-feira (25) até o próximo domingo (27), com o objetivo de manter a pressão sobre o Banco Central (BC) para baixar a taxa básica de juros Selic, atualmente em 13,25% ao ano.
Segundo Vinícius Assumpção, vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador dos Comitês de Luta dos Bancários, “a categoria estará mobilizada com a força de sempre, para defender a queda dos juros, pois é isso que Brasil precisa e exige”.
Vinícius explica que “a redução dos juros de 0,5 ponto percentual no início do mês foi importante e ocorreu pela pressão dos trabalhadores e da sociedade em geral. Mas foi pouco, precisa baixar mais para que o Brasil retome o rumo do crescimento, para gerar emprego e renda”.
Mobilização dos bancários
O dirigente lembra, ainda, da importância da participação dos bancários no movimento.
“A categoria bancária é muito organizada em todo o país. Não vamos silenciar enquanto o presidente do BC não atender à demanda dos trabalhadores, que é pelo bem da economia brasileira. Caso contrário, deve deixar o cargo”, afirmou.
Os bancários têm participado ativamente das mobilizações dos trabalhadores pela redução dos juros no Brasil. Durante as reuniões do Copom, o comitê do BC que decide o índice da Selic, a categoria participa dos atos, realizados em frente a todas as dez sedes do BC espalhadas pelo país e em locais de grande circulação das grandes cidades.
“Por estar presente em praticamente todas as localidades do país e por sua capacidade de mobilização, a categoria bancária tem papel fundamental nessa luta”, destacou Vinícius.
Retomar o crescimento
A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, explicou que “os juros nos patamares atuais aumentam a dívida pública, pois elevam os gastos do governo com os títulos da dívida pública, e esse dinheiro poderia ser usado para investimento na infraestrutura do país, saúde e educação, setores necessários à população e que estimulam a atividade produtiva”.
Juvandia explicou que a economia precisa avançar.
“Os juros altos também deixam o crédito e o financiamento mais caros, o que aprofunda o endividamento das famílias, que acabam consumindo menos. Consumo baixo reduz a produção, porque as empresas não vendem, e se não vendem, demitem. Os juros precisam cair mais, para que a economia possa avançar. Juro tão elevado assim é um claro boicote ao Brasil, que precisa retomar o crescimento e a justiça social”, defendeu Juvandia, que também é vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
*Fonte: Contraf-CUT