
Na próxima segunda-feira (30) será realizada Negociação Nacional sobre Saúde Bancária, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Entre as pautas do encontro está a cobrança por soluções contra adoecimentos nos bancos.
De acordo com levantamento do Dieese, em 2024 a saúde mental foi a principal causa de afastamentos na categoria bancária, sendo responsáveis por 55,9% dos afastamentos acidentários e por 51,8% dos afastamentos previdenciários de bancárias e bancários do país.
Já as doenças conhecidas como Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) foram responsáveis por 20,3% dos afastamentos acidentários e 15,2% dos afastamentos previdenciários na categoria, em 2024.
O setor bancário se destaca de forma negativa em relação a todas as categorias do país na questão da saúde. Apesar de representar somente 0,8% do emprego formal no Brasil, a categoria respondeu por 2,81% dos 168,7 mil afastamentos acidentários que ocorreram em 2024.
O secretário de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Sales, explica que o crescimento de afastamentos por doenças de cunho mental entre bancárias e bancários é consequência da realidade de trabalho do setor financeiro.
“São os mecanismos por metas, cada vez mais abusivos, e que geram pressão exacerbada, com falta de apoio, é que têm resultado nesses números alarmantes”, afirma Sales.
*Fonte: Contraf-CUT