
As declarações feitas pelo presidente do Itaú, Milton Maluhy Filho, durante o evento GAN Summit 2025, foram rebatidas pela coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Valeska Pincovai.
O executivo disse que parte dos mais de mil trabalhadores demitidos em setembro teriam feito “um péssimo trabalho”.
Maluhy Filho também alegou que muitos trabalhadores “admitiram ter outros empregos” e “pediram desculpas” pela suposta má conduta.
Valeska ressaltou que o discurso do presidente do banco seria uma tentativa de justificar a ação arbitrária do banco, que demitiu mais de 1.100 pessoas da noite pro dia.
Segundo Valeska, esses mesmos trabalhadores tinham sido reconhecidos como destaques e até promovidos.
A coordenadora lembrou, ainda, que o próprio Itaú, em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, fez proposta de pagamento de verbas financeiras aos desligados, o que contradiz a narrativa de desvio de conduta.
“Se o banco tinha provas concretas de má-fé ou duplo vínculo, por que propor compensação financeira?”, indagou a coordenadora.
Valeska fez um alerta para o ambiente de medo e pressão, que resultou após das demissões.
“Quem ficou dentro do Itaú vive sob vigilância constante, sem saber quais critérios estão sendo usados para medir o desempenho. É um cenário de insegurança total”, disse.
*Fonte: Contraf-CUT


