Somado ao corte efetuado no ano passado, o número significa uma redução de 34,2% em relação ao tamanho da rede em 2019
A direção do Bradesco anunciou dia 5, um lucro liquido recorrente de R$19,458 bilhões. Apesar do valor altamente expressivo, o presidente do banco, Octavio de Lazari, disse em entrevista com jornalistas que pretende reduzir em mais de um terço a sua rede de agências até o fim deste ano.
O corte, segundo ele, integra o plano de reestruturação de despesas que a instituição bancária vem implantando desde o ano passado, quando fechou 7.754 postos de trabalho e 1.083 agências em 2020. A estimativa para este ano é encerrar as atividades de mais 450 agências. Somado ao corte efetuado no ano passado, o número significa uma redução de 34,2% em relação ao tamanho da rede em 2019, que contava com 4.478 agências.
Diante deste cenário nada favorável aos trabalhadores, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) Bradesco solicitou uma reunião com o banco. A previsão é de que o encontro ocorra na segunda quinzena de fevereiro.
A intenção dos integrantes do COE Bradesco é entender o motivo de tantos fechamentos de postos de trabalho, o que acaba se tornando uma ameaça constante para os bancários da instituição. A coordenadora do COE, Magaly Fagundes, disse é necessário saber como fica o emprego nesta nova reestruturação. Pois, mesmo durante a pandemia e com um acordo para não demitir, o banco reduziu seu quadro de funcionários.
O Bradesco eliminou 7.754 postos de trabalho e fechou 1.083 agências em doze meses encerrados em dezembro de 2020, terminando 2020 com um total de 89.575 empregados.
Apesar do compromisso assumido pelo banco junto ao movimento sindical de não demitir durante a pandemia, o banco fechou 7.212 postos de trabalho e 772 agências entre março e dezembro.
Fonte: Contraf-CUT, com edição do Sind. Bancários do Sul Fluminense