Caixa: movimento sindical cobra debate sobre fechamento de agências

Representantes da Caixa apresentaram esclarecimentos sobre o Teia (Transformação, Engajamento, Inovação e Aprendizado), projeto de transformação digital, durante reunião do GT Bancário/Caixa do Futuro. Na apresentação, houve uma contextualização dos desafios diante do avanço das soluções digitais no mercado financeiro e da atuação crescente das fintechs. O fechamento de agências é uma preocupação, cada vez mais constante, para trabalhadoras e trabalhadores. Na Região Sul Fluminense, por exemplo, está previsto o fechamento de mais duas agências da Caixa, no próximo dia 20 de outubro, uma em Resende, no bairro Cidade Alegria, e a outra em Volta Redonda, no bairro Santo Agostinho. Papel da Caixa Rafael de Castro, coordenador do GT, representante da Contraf/CUT na Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e diretor da Fenae, ressaltou que a Caixa tem um papel singular na promoção da inclusão social e na execução de políticas públicas. “Essa função histórica precisa ser preservada no processo de modernização. Para isso, é necessário um debate construtivo, coletivo e que garanta a participação efetiva das trabalhadoras e trabalhadores”, disse Rafael. De acordo com Rafael, o fortalecimento da presença física da Caixa é vital para preservar empregos, garantir um atendimento humanizado e assegurar que o banco continue cumprindo sua função pública e social. O coordenador também alertou para os riscos de terceirizar atividades centrais do banco e para o impacto negativo de segmentações e reposicionamentos sem planejamento adequado. O GT Bancário/Caixa do Futuro tem atuado de forma permanente na apresentação de questionamentos e propostas relacionadas à estrutura, às atividades e aos projetos estratégicos do banco, sempre defendendo a valorização do papel das trabalhadoras e trabalhadores nessa jornada. *Fonte: Fenae *Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Bradesco anuncia pagamento de 13ª cesta alimentação para 13 de outubro

O Bradesco anunciou que fará o pagamento da 13ª cesta alimentação e das diferenças referentes ao reajuste dos tickets no próximo dia 13 de outubro. No dia 30 de setembro serão creditados a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) proporcional e o supera, para os trabalhadores e trabalhadoras elegíveis desligados. Os benefícios são previstos no Acordo Coletivo de Trabalho da categoria bancária e são conquistas resultantes da mobilização da categoria bancária e da negociação coletiva conduzida pelo movimento sindical. *Fonte: Contraf-CUT
Movimento sindical e Fenaban debatem monitoramento do trabalho remoto

Representantes do movimento sindical se reuniram com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), nesta quinta-feira (25), para discutir aspectos do monitoramento do trabalho remoto. O tema ganhou destaque depois que o Itaú demitiu cerca de mil bancários que trabalhavam em home office. O Comando Nacional dos Bancários ressaltou a necessidade da preservação do home office como modo de trabalho e a necessidade de que haja negociação coletiva efetiva, assim como a necessidade da promoção da governança ética da tecnologia, sem a invasão da privacidade dos trabalhadores. “Precisamos debater este tema de forma transparente e estabelecer regras e limites para o uso de ferramentas tecnológicas para o monitoramento do trabalho. Os sindicatos e os trabalhadores precisam ter direito à informação e as tecnologias têm que melhorar o trabalho e a vida dos trabalhadores, não os prejudicar”, ressaltou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional do Bancários, Juvandia Moreira. Durante o encontro ficou acertada a abertura de mesa específica de negociação, com definição de calendário de reuniões e desenvolvimento de análises sobre o tema. *Fonte: Contraf-CUT e Federa-RJ
Censo da Diversidade vai mapear perfil de cerca de 400 mil bancários

Nesta quarta-feira (24), representantes do movimento sindical bancário e da Fenaban participaram de uma reunião sobre o 4º Censo da Diversidade no setor bancário. A pesquisa ficará sob a coordenação do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert) e poderá ser respondida por link ou QR Code, garantindo segurança e facilidade de acesso. Para facilitar a participação dos trabalhadores, cada banco recebeu seu próprio link e QR Code, que devem ser divulgados internamente. No total, 35 bancos vão participar da pesquisa, contemplando todos os empregados CLT ativos até 31 de agosto, além de estagiários e aprendizes em alguns casos, chegando a cerca de 405 mil trabalhadores e 5 mil estagiários/aprendizes, representando 93% da força de trabalho do setor. Importante lembrar que o Censo da Diversidade foi uma conquista da Campanha Nacional 2024, estando garantido na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), na Cláusula 136. Com o levantamento será possível traçar o perfil da categoria bancária e desenvolver as reivindicações nas mesas de negociações com os bancos. *Fonte: Contraf-CUT
Sindicato participa de audiência na Câmara sobre adoecimento da categoria bancária

A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados realizou, nesta terça-feira (23), uma Audiência Pública em alusão ao Setembro Amarelo. Durante o encontro foram apresentados dados alarmantes sobre o adoecimento psíquico dos bancários. Participaram do evento representantes sindicais da categoria bancária, do Ministério Público do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, do Ministério da Saúde, além do especialista e assessor sindical, André Guerra. Os bancos foram representados pelo diretor de Políticas de Relações Trabalhistas e Sindicais, Adauto de Oliveira Duarte. O Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense foi representado pelo diretor Miguel Pereira. Estudioso na questão, André Guerra observou que os adoecimentos não ocorrem por acaso. Todos concordaram que a causa do adoecimento da categoria está na atual forma de organização e divisão do trabalho bancário, com cobrança de metas abusivas, falta de condições adequadas de trabalho, associadas à gestão por medo e assédios moral e sexual, além de uma intensa precarização do trabalho com jornadas extensas e terceirização das atividades bancárias. Somente a representação da Fenaban discordou desses motivos, culpando o NTEP – Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário e o AtestMed do INSS, pelo apontamento de dados que não corresponderiam à realidade, uma vez que a base de enquadramento dos benefícios seria a “imprevisibilidade”. “Porém, essa é justamente uma das brigas da categoria com a Perícia Médica do INSS, que não utiliza o NTEP nas suas decisões para o estabelecimento do nexo causal e o reconhecimento da natureza acidentária da grande maioria dos benefícios concedidos. Imaginem os números, caso essa metodologia cientificamente incorporada aos procedimentos oficiais da Previdência Social, fosse de fato aplicada”, ressaltou Miguel Pereira. Várias medidas foram sugeridas para reversão da epidemia, com destaque para a urgente revisão do modelo organizacional e a atuação da chamada prevenção primária: criação de equipes multidisciplinares, todos os afastamentos médicos devem ser analisados, todos os casos suspeitos de relação com o trabalho devem ser notificados ao INSS, conforme prevê a lei. Além disso, o INSS deve aplicar o NTEP na concessão documental dos benefícios, quando o retorno ao trabalho deve ser assistido e que haja efetivamente a promoção de ambientes de respeito. Na audiência também foi denunciada a mercantilização da área de Medicina do Trabalho, cujas empresas são contratadas apenas para a caracterização de “apto” aos trabalhadores bancários, independente do quadro de saúde. “Também aproveitamos para dar publicidade e garantir o grau de veracidade de nossas afirmações do relatório final da pesquisa, realizada em parceria com o Departamento de Psicologia da UFF/VR, apontando que cerca de 80% dos bancários do Sul Fluminense afirmaram estar passando pelo esgotamento profissional. Outros 40% já apresentaram algum sintoma psíquico diagnosticado; e 39% não tinham entregue atestado aos bancos. Uma cópia do relatório foi entregue ao secretário da Câmara, deputado Carlos Veras, solicitando que fosse organizada e intermediada uma reunião com o ministro da Previdência, para tratar dos problemas relacionados às perícias médicas. De acordo com Miguel, a avaliação da audiência foi positiva e produtiva. “Aproveitamos para denunciar o processo de expulsão dos clientes e usuários das agências bancárias, com o falso argumento de escolha de canais alternativos de atendimento, principalmente para os mais pobres e aposentados do INSS, onde citamos o absurdo da Caixa, que tem exigido renda de R$ 5 mil para o atendimento presencial”, concluiu Miguel.
Curso para Novos Dirigentes reúne sindicalistas no Rio

Nos últimos dias 19 e 20 de setembro, dirigentes sindicais do Rio de Janeiro participaram do segundo módulo do Curso para Novos Dirigentes Sindicais promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) em parceria com a Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ). A secretária de Formação da Contraf-CUT, Eliana Brasil, foi a responsável por apresentar a evolução da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária aos novos dirigentes. “Nada nos foi dado pelos bancos. Todos os direitos que temos clausulados em nossa CCT foi conquistado com muita organização, mobilização e luta”, ressaltou Eliana. A dirigente lembrou ainda que a Convenção Coletiva dos bancários possui 85% mais direitos dos que os que estão garantidos aos demais trabalhadores na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Adriana Nalesso, presidenta da Federa-RJ, falou sobre a importância da formação aos novos dirigentes. “Conhecer a história do movimento sindical e da luta é essencial para ajudar na organização da categoria, porque só quem conhece os caminhos percorridos valoriza as conquistas obtidas e consegue avançar em novas conquistas”, explicou Adriana. *Fonte: Contraf-CUT
Em reunião com a Caixa, CEE cobra respeito, manutenção de direitos e transparência

A Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e representantes do banco debateram, na última sexta-feira (19), temas relevantes sobre a a defesa dos direitos dos trabalhadores. O fechamento de agências e as transformações em agências digitais foram destaques na reunião. O representante da Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ), Rogério Campanate, falou sobre a importância de as mudanças serem negociadas com a representação dos trabalhadores. “Se a empresa quer realmente ser ágil e eficiente, precisa mudar também a forma de enxergar e valorizar seus trabalhadores. Precisa ouvir a gente, incluir a gente nas decisões, respeitar as pessoas e garantir condições dignas de trabalho. Sem isso, nenhum sistema ou método novo vai dar certo”, enfatizou. Também foram debatidos temas ligados a Caixas e tesoureiros, home office, PLR e SuperCaixa. Compromissos apresentados pelo banco: *Fonte: Fenae/Contraf
Santander anuncia pagamento de PLR para 30 de setembro junto com PPE-PPG

O pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no Santander será no dia 30 de setembro, data limite determinada na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). De acordo com informações do banco, no mesmo dia será creditado o programa de pagamento da variável semestral (PPE-PPG). Confira os programas de remuneração variável: PLR – Participação nos Lucros e Resultados A PLR é Prevista na Lei nº 10.101/2000 e busca integrar capital e trabalho, além de incentivar a produtividade. Seu pagamento só é possível por meio da negociação coletiva, que garante a todos os trabalhadores acesso à parte do lucro do banco. As regras estão descritas na CCT. PPRS – Programa Próprio de Resultados do Santander O PPRS é pago junto com a segunda parcela da PLR (até 30 de março). O programa é negociado com o movimento sindical e previsto no acordo aditivo do banco. O valor é igual para todos os trabalhadores e calculado a partir do índice de rentabilidade ROAE (Return on Average Equity). Diferente dos programas internos, não depende de notas de feedback e garante pagamento integral mesmo em casos de afastamento por licença ou doença. PPE-PPG São programas internos de remuneração variável: o Programa Próprio Específico, destinado a áreas elegíveis, e o Programa Próprio para Cargos de Gestão (“bônus”), voltado a gestores. Ao contrário da PLR e do PPRS, não são negociados com os sindicatos e estão sujeitos a critérios unilaterais definidos pelo banco, como metas de produtividade e avaliações de desempenho, que mudam com frequência e muitas vezes excluem grupos de trabalhadores. Vale lembrar que esses programas não têm caráter salarial. Sobre eles não incidem verbas trabalhistas nem contam para a aposentadoria. *Fonte: Contraf-CUT
Sem proposta, impasse sobre o Saúde Caixa continua

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e representantes do banco voltaram a se reunir na última sexta-feira (19). Na pauta, negociação sobre o plano de saúde e temas sobre os direitos dos trabalhadores. Durante o encontro, os representantes dos empregados disseram que não vão aceitar propostas que alterem os princípios do plano, como solidariedade, mutualismo e pacto geracional. A representação dos empregados cobrou que a Caixa retome a proporção histórica de financiamento 70/30, bem como um aporte imediato do banco para garantir reajuste zero em 2025. Dados compilados pela Comissão Executiva dos Empregados mostram que, o modelo de custeio atualmente vigente é insustentável a longo prazo. Por outro lado, se a Caixa tivesse preservado o modelo 70/30 nos últimos três anos, o plano teria se mantido equilibrado e registrado superávits. Por outro lado, a Caixa mostrou dados atuariais que apontam o envelhecimento acelerado da população atendida pelo plano. De acordo com o banco, atualmente, quase 30% dos beneficiários têm mais de 59 anos, percentual que pode chegar a 40% até 2030, além do crescimento contínuo das despesas assistenciais. A Caixa deverá apresentar proposta sobre o Saúde caixa, em no máximo 15 dias para uma nova rodada de negociações. Na próxima quinta-feira (25) haverá nova mobilização dos empregados e mais um Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa. *Fonte: Contraf-CUT/Fenae *Foto: Augusto Coelho/Fenae
Implementação de CCV tem acordo aprovado no Bradesco

Em assembleias realizadas, nesta quinta-feira (18), 94 entidades sindicais aprovaram a participação no acordo nacional de implementação da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV) no Bradesco. Na base do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, a assembleia teve o seguinte resultado: SIM: 92% NÃO: 6% ABSTENÇÃO: 2% Na CCV, trabalhadores e o Bradesco podem buscar soluções para pendências trabalhistas com a intermediação do sindicato, sem a necessidade de recorrer à Justiça. O processo é mais rápido que uma ação judicial. Além disso, em caso de acordo, o trabalhador recebe o pagamento em até dez dias. Poderão recorrer à CCV, os trabalhadores demitidos sem justa causa ou que pediram desligamento voluntário, desde que não tenham ingressado com ação trabalhista na Justiça. *Fonte: Contraf-CUT