Apesar de ter respondido algumas reivindicações apresentadas anteriormente pela Comissão Executiva de Empregados (CEE), na reunião realizada na quarta-feira (14), a Caixa ainda precisa avançar na redação das propostas, de acordo com o movimento sindical.
A diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Eliana Brasil, falou sobre a reunião.
“Avaliamos como positiva a devolução que a Caixa nos trouxe, mas esperamos que na próxima reunião sejam trazidas redações sobre estes temas e sobre os demais que já foram apresentados anteriormente”, afirmou Eliana.
Saúde do trabalhador – movimento sindical quer revisão do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e que a Caixa desenvolva, com recursos próprios e com a participação das entidades sindicais, campanhas para zelar e promover a saúde e a qualidade de vida do conjunto de seus empregados.
O banco disse que está reestruturando as equipes internas de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) e está aberto a discutir com o movimento sobre a reformulação do PCMSO e dos programas de promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes de trabalho.
Igualdade de oportunidades – Caixa disse que já existe uma norma sobre as comissões regionais de diversidade, mas que vai incluir regulamentação no ACT para garantir a participação das entidades sindicais de forma representativa.
Quanto à ampliação das pessoas nos cargos de chefia das unidades, o banco informou que a meta é que até 2028 a chefia das unidades seja composta por 45% de mulheres e 27% de pessoas pretas, pardas ou indígenas.
PSI e diversidade – os empregados querem diversidade na banca do Processo Seletivo Interno, combatendo o preconceito e a discriminação. A proposta do banco é aprofundar a questão.
Horas de estudo – o movimento sindical observou que a cláusula 59 do atual ACT diz que “os empregados deverão dispor de 6 horas mensais para estudos na metodologia a distância (EAD), junto a Universidade Caixa dentro da jornada de trabalho, em local apropriado na unidade”. Mas que é preciso efetividade da cláusula.
O movimento sindical cobrou, ainda, melhorias no acesso e no fluxo de comunicação com os empregados.
O uso abusivo dos WhatsApp do Teams nos celulares dos empregados é outra preocupação do movimento sindical. O movimento alega que os aplicativos são utilizados para cobrança de metas até fora do expediente.
Quanto ao teletrabalho, a Caixa disse estar estudando mecanismos para garantir o respeito à desconexão e à jornada de trabalho. Segundo sugestão do banco, a proposta pode ser debatida e elaborada na próxima reunião, em 21 ou 22 de agosto.
O movimento sindical pediu ainda isenção de anuidade para os cartões de crédito dos trabalhadores.
Para os casos de sinistros, o movimento reivindica que, em caso de sequestro que atinja ou vise atingir o patrimônio da empresa, a Caixa custeie todas as assistências (médicas, psicológicas e jurídicas), previstas na cláusula 35 do atual ACT, não apenas aos dependentes, mas também às demais pessoas que estiverem na residência no momento.
*Fonte: Contraf-CUT