A quarta mesa de negociação específica da Campanha Nacional 2024 para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Banco do Brasil foi realizada, na manhã desta sexta-feira (19).
A pauta principal foi diversidade e igualdade de oportunidades. Mas, atendendo ao movimento sindical, antes do início dos debates o banco apresentou o quadro atualizado da quantidade de horas negativas que os bancários precisam compensar até maio de 2025.
O Banco do Brasil conta, atualmente, com 25.724 funcionários negros, o que representa 29,51% do quadro total. Desses, 2.130 ocupam posições de liderança, correspondendo a 28,24% dos líderes. Além disso, o banco falou sobre o programa “Raça é Prioridade”, que conta com 150 pessoas em processo de aceleração para liderança.
O banco possui 35.681 mulheres em seu quadro funcional, representando 40,94% do total de funcionários. No entanto, apenas 26,79% dos líderes do banco são mulheres. O BB apresentou programas direcionados às mulheres para aumentar a representatividade feminina em cargos de liderança.
A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) fez algumas cobranças como programas de cotas nos concursos públicos para pessoas trans e ações afirmativas para PcDs.
Quanto ao assédio moral, o banco atendeu à reivindicação do movimento sindical e apresentou o crescimento dos números do canal de denúncias.
Em relação à discriminação, desde junho de 2023, 17 denúncias foram investigadas, das quais 65% envolveram raça, 17% gênero, 12% homofobia e 6% crença religiosa. A primeira demissão por racismo na história do BB ocorreu no segundo semestre do ano passado.
O movimento sindical reivindica o direito ao uso do nome social dentro da política de respeito à diversidade, para acabar com a discriminação a colegas LGBTQIA+. O BB disse que essa mudança está em processo e prometeu a levar informações atualizadas no próximo encontro.
Também foi reivindicada a licença parental remunerada de 12 meses, a partir do nascimento, adoção ou do fato gerador do direito à licença parental, para cada pessoa de referência da criança ou do adolescente, limitada ao máximo de duas pessoas, sem prejuízo do emprego ou salário, para o desempenho da atividade parental.
No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto e se estenderá por período igual ao da internação hospitalar do prematuro. Se a pessoa gestante desejar iniciar a licença antes do parto, a outra pessoa de referência poderá optar por iniciar a sua licença a partir do parto. O banco se comprometeu a analisar a pauta.
Outra reivindicação foi a criação de políticas para combater o preconceito etário. Também foi pedida a inclusão de políticas afirmativas para PCDs e neurodivergentes, além de ampliar a redução da jornada de trabalho para pais e responsáveis por dependentes com deficiência física e/ou mental, para 3 e 2 horas dos funcionários de 8 e 6 horas, respectivamente.
A próxima reunião será no dia 26 de agosto, em São Paulo, sobre saúde e condições de trabalho.
*Fonte: Contraf-CUT