
O balanço financeiro do Santander Brasil, referente ao 1º trimestre deste ano, apontou um lucro gerencial de R$ 3,861 bilhões, uma alta de 27,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
Na comparação com o trimestre anterior, a alta foi de apenas 0,2%. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) anualizado chegou a 17,4%, com avanço de 3,3 pontos percentuais em doze meses.
Apesar do aumento da rentabilidade, o banco continua reduzindo postos de trabalho e fechando unidades.
A holding encerrou o trimestre com 55.303 empregados. Só nos três primeiros meses do ano foram cortados 343 postos de trabalho. No mesmo período, o banco encerrou 299 lojas e 184 Postos de Atendimento Bancário (PABs).
Em relação à carteira de crédito ampliada houve alta de 4,3% em 12 meses e estabilidade no trimestre (0,1%), somando R$ 682,3 bilhões.
A carteira de cartão de crédito cresceu 17,9%. O saldo das grandes empresas caiu 3,8%, enquanto o das pequenas e médias subiu 13,2%. O crédito ao consumo, majoritariamente fora das agências e concentrado em veículos, teve expansão de 15,7%.
A taxa de inadimplência acima de 90 dias ficou estável em relação ao trimestre anterior, registrando 3,3%. Mas as despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) cresceram 14,2% em um ano, chegando a R$ 6,3 bilhões, fator que pressionou negativamente o resultado do banco.
As receitas com tarifas bancárias e prestação de serviços chegaram a R$ 5,470 bilhões, com alta de 2% em um ano. Já as despesas com pessoal (incluindo PLR) cresceram 4,2% no mesmo período, totalizando cerca de R$ 3,2 bilhões. A cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias foi de 171,5% no 1º trimestre.
A coordenadora da COE Santander, Wanessa Queiroz, observou que os números reforçam a necessidade de fortalecer a mobilização dos trabalhadores.
“O banco aumenta seus lucros, mas não reverte esse ganho em valorização dos funcionários, melhores condições de trabalho ou ampliação do atendimento à população”, concluiu Wanessa.
*Fonte: Contraf-CUT