O Coletivo Nacional de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realizou mais uma mesa bipartite de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na última sexta-feira (24).
Banco do Brasil, Santander, Itaú, Caixa e Citibank, todos presentes à reunião, assinaram o aditivo da cláusula 61 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), sobre a prevenção de conflitos nos locais de trabalho e canais de denúncia. Os bancos Votorantim e Safra também anunciaram que vão assinar o aditivo.
O Coletivo Nacional de Saúde da Contraf-CUT criticou a falta de sigilo na apuração das denúncias, o longo prazo para retorno e a não participação dos sindicatos na apuração.
O cumprimento da cláusula 29 (antecipação salarial) também foi cobrado pelos representantes dos bancários, assim como a cláusula 65, que trata do adiantamento emergencial, sem que seja realizado nenhum desconto ao trabalhador, sem que o mesmo tenha recebido o benefício do INSS.
Segundo os bancos, o desconto das antecipações salariais é efetuado por não receberem informações dos trabalhadores sobre o resultado das perícias e recursos do INSS.
Já os representantes dos bancários argumentaram que a falta de informações resulta da ausência de um fluxo de acolhimento e orientação por parte dos bancos ao trabalhador. Eles disseram que o trabalhador fica desamparado, sem saber como proceder junto ao INSS e quais informações precisa enviar ao banco.
Vacinação
A campanha de imunização, com a vacina quadrivalente, será realizada entre abril e junho de 2024, segundo informações dos bancos.
A apresentação dos números de adoecimento dos bancários, através do relatório do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), previsto na NR-7, voltou a ser cobrado pelos representantes dos trabalhadores.
Suicídios
Os bancos mostraram o número de suicídios na população em geral, provocados por causas multifatoriais. Os representantes dos bancários apresentaram casos de trabalhadores vítimas de suicídio e automutilação devido às metas abusivas e ao assédio moral.
O tema deverá ser abordado em um seminário específico, com representantes dos bancários e da Fenaban, para debater sobre estratégias de prevenção.
Ar-condicionado
A falta de manutenção e renovação dos aparelhos foi mais uma cobrança dos bancários. Segundo eles, o problema se repete todos os anos. Foi lembrado que na Campanha Nacional Unificada de 2022, os bancários propuseram uma cláusula para assegurar a manutenção e renovação dos equipamentos.
As próximas reuniões da mesa bipartite ficaram marcadas para a segunda quinzena de janeiro, e segunda semana de fevereiro.
Ficou acertado o seguinte roteiro de temas para debate: cláusula 61 (prevenção de conflitos); emissão de CAT; PCMSO; e saúde mental.