Acordo para o Saúde Caixa é aprovado em 73,6% dos sindicatos

A proposta para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do Saúde Caixa foi aprovada em 73,6% dos sindicatos. A assembleia foi realizada por sindicatos dos bancários de todo o país, com aprovação de 51,6% dos votantes.

Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, explicou que o acordo aprovado mantém a contribuição dos titulares sem dependentes em 3,5% sobre remuneração base, da mesma forma como é atualmente.

“As negociações foram duras. Foram quase seis meses de intensos debates, com a Caixa nos apresentando números que sugeriam grandes reajustes e a cobrança por faixa etária. Mas, ao final, conseguimos chegar a uma proposta que permite melhorar o equilíbrio da relação custo-utilização dos diferentes segmentos, sem reajustes para aqueles que não têm dependentes”, afirmou Juvandia.

A coordenadora da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt, também falou sobre o acordo aprovado e a conquista dos trabalhadores.

“Com o acordo aprovado, conseguimos zerar todo o déficit de 2023, sem a necessidade de parcelas extraordinárias, e manter a contribuição dos titulares em 3,5% da remuneração base, como é atualmente e com um teto máximo de comprometimento da remuneração base de 7%”, ressaltou.

Para Fabiana, a proposta foi equilibrada.

“Claro que ninguém gostaria de ter aumento, mas, dado o cenário projetado de déficit, foi uma proposta equilibrada. E temos também outros importantes avanços como acesso aos dados primários trimestralmente, o retorno das GIPES, REPES e dos Comitês de credenciamento entre outros”, completou a coordenadora.

Já Sergio Takemoto, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), lembrou que a proposta preserva os princípios do plano, como a solidariedade e o pacto intergeracional. Mas ressaltou a importância de manter a mobilização.

“A luta em defesa do nosso plano de saúde, que é uma das maiores conquistas da categoria, continua após a assinatura do acordo. Vamos nos manter mobilizados para derrubar o teto de gastos com a saúde dos empregados pela Caixa –fixado em 6,5% da folha de pagamentos–, cobrar melhorias na rede de atendimento e barrar qualquer medida que comprometa a sustentabilidade do Saúde Caixa”, reforçou.

 

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