Com o tema “Reconstruir o Brasil que a gente quer”, o 6º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), teve início na sexta-feira (01), em São Paulo, destacando as batalhas a serem enfrentadas pela classe trabalhadora ainda em 2022.
A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, ressaltou em sua fala a importância do lema do 6º Congresso: reconstruir o Brasil que a gente quer. “Essa é uma tarefa de todos nós, e se ficarmos parados, não vamos conseguir”, alertou.
Para Juvandia, o grupo que hoje ocupa o poder “atua como um Robin Hood ao contrário, gerando ambiente de negócios para o capital estrangeiro, e quem paga a conta é a população, que está voltando a cozinhar com álcool, ou deixando de cozinhar, porque não tem o que comer. Essa é a lógica perversa desse golpe, entregar o país”.
A presidenta também incentivou as mobilizações necessárias para este ano de 2022, que será de muita luta. “Passamos anos resistindo, mas este ano acordamos com a ideia de que vai dar certo. Vamos sair deste congresso com um plano de luta. Temos que lutar para que todos tenham comida, casa, trabalho, para que haja igualdade de gênero. É fundamental a gente lutar por isso, temos que combater o machismo, a violência contra a mulher, a violência contra o jovem negro. Temos que reconstruir o Brasil que a gente quer”, concluiu.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, lembrou que as centrais sindicais têm sofrido um forte ataque do governo, que tenta sufocar a luta da classe trabalhadora. “Eles estão destruindo o Brasil. Para combater isso, temos o desafio de construir 6 mil comitês de luta e organização dos trabalhadores e mostrar para eles que as eleições são importantes para voltarmos a crescer, com igualdade. Mas, antes das eleições, temos que apoiar a população, que está passando fome, sem emprego”, disse.
Adriana Nalesso, presidenta da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro (Federa-RJ), destacou os desafios da categoria para 2022. Para ela, o primeiro grande desafio é “derrotar Bolsonaro e o que ele representa, e eleger políticos comprometidos com os trabalhadores”.
Mas lembrou que também será uma grande luta manter “o que já conquistamos como categoria em nossa Convenção Coletiva, como a importante cláusula social, a pauta contra a violência doméstica, nosso programa Basta!”.
De acordo com Adriana, “outro desafio é pensar nos avanços tecnológicos nos bancos, que precarizam as condições do trabalho, no qual o bancário que atua remotamente, pode até ganhar um pouco mais, mas perde benefícios. Nós conseguimos manter os ganhos da categoria, num momento muito adverso, temos que manter as conquistas”, concluiu.