Bradesco: lucro de R$ 5,864 bilhões no 1º trimestre não impede redução de postos de trabalho

O Lucro Líquido Recorrente do Bradesco nos três primeiros meses do ano foi de R$ 5,864 bilhões. A alta chegou a 39,3% em relação ao mesmo período de 2024 e de 8,6% frente ao trimestre anterior.

Já o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) alcançou 14,4%, um acréscimo de 3,9 pontos percentuais em 12 meses.

O relatório do banco mostra que o desempenho positivo foi puxado pela elevação do resultado operacional em 51,5% no ano, com destaque para o crescimento da receita (+15,3%), da margem financeira (+13,7%) e da margem com clientes (+15%), impulsionada em parte pela expansão da carteira de crédito.

No final de março, a Carteira de Crédito Expandida superou R$ 1 trilhão, registrando alta de 12,9% em doze meses.

O segmento pessoa física cresceu 16,2%, atingindo R$ 432,9 bilhões, com destaque para o crédito pessoal (+15,8%), crédito imobiliário (+18,1%) e crédito rural (+105,2%).

A carteira de pessoa jurídica aumentou 10,6%, chegando a R$ 572,3 bilhões, puxada pelas micro, pequenas e médias empresas (+29,6%), enquanto o saldo das grandes empresas teve alta de apenas 1,2%.

Entretanto, mesmo com o lucro expressivo, o banco manteve sua política de redução de postos de trabalho e estrutura física.

Em um ano, foram encerrados 2.269 postos de trabalho, sendo 657 apenas no primeiro trimestre de 2025. Ao final de março, a holding contava com 83.365 funcionários, dos quais 71.953 estavam no Bradesco.

Além disso, foram fechadas 420 agências, 891 postos de atendimento e 81 unidades de negócios nos últimos 12 meses. A rede passou a contar com 2.284 agências, 2.776 postos de atendimento (incluindo Postos de Atendimento Eletrônico/PAEs) e 721 unidades de negócios.

*Fonte: Contraf-CUT

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