COE Santander pede transparência e negociação em processo de reestruturação

Em reunião, nesta terça-feira (25), com a direção do Santander, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) discutiu a reestruturação do banco. O encontro contou com a participação da economista e técnica do Dieese, Vivian Machado, que apresentou um relatório com o diagnóstico completo da evolução financeira e operacional do banco nos últimos anos. Os dados mostram que, apesar do crescimento contínuo da base de clientes, o Santander vem reduzindo o número de agências e de trabalhadores. Desde 2019, o banco fechou 1.367 agências — uma queda de 58,7% — que passaram a ser chamadas de “lojas” nos balanços. No mesmo período, o número de clientes cresceu em 22,3 milhões (+47,4%). Com isso, a sobrecarga se ampliou: o número médio de clientes por empregado subiu 36,1% (de 988,8 para 1.346,2) e o número de clientes por agência aumentou 256,9%. A holding também encolheu, com 2.171 demissões em apenas três meses e 3.288 em doze meses. Os representantes dos trabalhadores de todas as regiões do país mostraram à direção do banco o impacto direto e crescente das mudanças na rotina dos empregados, como as políticas de fechamento de unidades, redução de quadros e reorganização constante. De acordo com os dirigentes sindicais, o banco precisa justificar de forma concreta a razão das reduções e parar de anunciar mudanças sem qualquer negociação. A COE também reforçou a necessidade de que o Santander marque mesas específicas para tratar de três temas fundamentais: Saúde, Diversidade e Segurança Bancária. *Fonte: Contraf-CUT
Comando se reúne com Fenaban para discutir combate ao assédio no trabalho

O Comando Nacional dos Bancários se reúne, nesta quarta-feira (26), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para uma nova rodada da Negociação nacional sobre assédio moral, sexual e outras formas de violência no trabalho bancário. Na Campanha Nacional de 2024, o combate explícito ao assédio moral no ambiente de trabalho foi uma das grandes conquistas das bancárias e bancários, gerando a renovação mais recente da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Porém, segundo a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes, em fevereiro, na última mesa sobre o tema, um relatório apresentado pela Fenaban revelou que as cláusulas ainda não haviam sido plenamente implementadas no setor. De acordo com o documento apresentado pela Fenaban, até fevereiro, 100% das empresas tinham os canais de denúncia e acolhimento às vítimas de assédio, entretanto não foram criados canais separados, ou seja, um para denúncia e outro para acolhimento, conforme colocado na CCT. Ainda segundo o relatório, até fevereiro, 82% dos bancos haviam produzido materiais para informar e orientar os trabalhadores, e 89% feito as declarações de repúdio contra esses tipos de violência. Também na mesa anterior, o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, observou que para que a conquista das cláusulas de combate à violência moral, sexual e outras formas funcione, efetivamente, é preciso rediscutir a cobrança de metas. As observações geraram reivindicações dos trabalhadores à Fenaban, feitos na reunião de fevereiro e que a categoria espera que os bancos tragam devolutivas na reunião desta quarta-feira (26). *Fonte: Contraf-CUT