Lucro do Banco do Brasil sofre queda no terceiro trimestre deste ano

O balanço do terceiro trimestre do Banco do Brasil apontou um lucro líquido ajustado de R$ 3,785 bilhões, uma queda de 60,2% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o banco, o resultado é devido ao aumento da inadimplência e a novas regras contábeis. O balanço mostra ainda que nos nove primeiros meses do ano, o lucro do banco foi de R$ 14,943 bilhões, queda de 47,2% em relação ao mesmo período de 2024. Importante lembrar que, no ano passado, o BB teve lucro recorde de R$ 37,9 bilhões. Segundo nota divulgada pelo banco, a geração de receitas está aumentando, apesar das pressões provocadas pela inadimplência. “O crescimento da margem [financeira bruta] no trimestre foi calcado principalmente em negócios com clientes, com destaque para as receitas com operações de crédito, influenciadas positivamente pelo desempenho no Crédito do Trabalhador, que contribui para a melhoria de mix e do retorno ajustado ao risco, além da boa gestão da liquidez”, informou o Banco do Brasil. *Fonte: Agência Brasil

Na contramão do mercado, setor bancário fecha 8,8 mil postos de trabalho em 2025

Apesar da recuperação apresentada pelo mercado de trabalho brasileiro, o setor bancário caminha na contramão, com a eliminação de 8.807 vagas nos nove primeiros meses de 2025. Só em setembro, foram eliminadas 1.866 vagas, um dos piores resultados mensais desde o início da série histórica do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 2020. O resultado, segundo os analistas, reflete, em grande parte, as demissões em massa promovidas pelo Banco Itaú, que impactaram diretamente o saldo negativo do período. Dados do Novo Caged mostram que, entre janeiro e setembro deste ano o país registrou saldo de +1,7 milhão de empregos formais, enquanto o ramo financeiro, excluindo a categoria bancária, teve aumento de 15,9 mil postos de trabalho. O secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale, afirma que o fechamento de postos de trabalho nos bancos contrasta com o bom desempenho da economia e do próprio sistema financeiro, que tem apresentado lucros bilionários. “Isso mostra que a digitalização tem sido usada como justificativa para reduzir pessoal e precarizar o atendimento, em vez de gerar oportunidades e melhorar as condições de trabalho”, observa Walcir. Walcir explica que o movimento de reestruturação promovido pelas instituições financeiras vem provocando uma redução contínua do número de agências e da força de trabalho, com impacto direto na qualidade do atendimento e no emprego bancário. “Os bancos estão cada vez mais concentrados nas plataformas digitais, mas isso não significa que o trabalho diminuiu. Pelo contrário, há sobrecarga nas equipes e fechamento de unidades que prestavam serviços essenciais à população”, ressalta Walcir. *Fonte: Contraf-CUT