PLR é um direito conquistado com negociação coletiva

A primeira parcela da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) da categoria bancária é paga em setembro. Nesta quinta-feira (4), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) publicou uma matéria ressaltando que a PLR é fruto de negociação coletiva. De acordo com o texto, a categoria bancária foi a primeira a incluir na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), em 1995, o direito ao recebimento da PLR. Isso significa que é um direito com regras negociadas pela representação dos trabalhadores, não impostas pelos bancos. “Nossa categoria obteve essa conquista com organização, mobilização e greve. Mas, o justo seria que todas as trabalhadoras e trabalhadores que têm direito à PLR, como responsáveis pelos resultados da empresa, recebessem uma parcela efetiva dos lucros líquidos. Se conseguem cumprir as metas e aumentar os lucros, que recebam uma parcela proporcional”, ressaltou Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da CUT. Regras conquistadas No caso dos bancários, as regras fixadas na CCT da categoria definem que os bancos paguem ao conjunto de seus empregados, a título de PLR, até 15% do lucro líquido. Os valores são calculados levando em conta a chamada “Regra Básica” e uma “Parcela Adicional”. Regra Básica Como “Regra Básica”, cada empregado recebe 90% do salário-base, acrescido das verbas fixas de natureza salarial, mais um valor fixo, com um teto e um piso limitados. O montante da “Regra Básica” para este exercício de 2025, têm como teto o percentual de 12,8% do lucro líquido e, como mínimo, o percentual de 5% do lucro líquido do banco. Se o valor total da “Regra Básica” da PLR for inferior a 5% do lucro líquido do banco, o valor individual deverá ser majorado até alcançar 2,2 salários do empregado, limitado ao valor de R$ 39.454,29 (corrigido pela inflação da data base +0,6% de ganho real), ou até que o montante total da “Regra Básica” da PLR atinja 5% do lucro líquido, o que ocorrer primeiro. Parcela Adicional O valor desta parcela será determinado pela divisão linear da importância equivalente a 2,2% do lucro líquido do exercício de 2025, pelo número total de empregados elegíveis de acordo com as regras desta convenção, em partes iguais, até o limite individual de R$ 6.942,28 (corrigido pela inflação da data base +0,6% de ganho real). A categoria também conquistou o pagamento semestral, sendo a primeira parcela o adiantamento referente ao lucro líquido do primeiro semestre de 2025, que deve ser paga até 30 de setembro. Na segunda parcela, o cálculo leva em conta o lucro líquido anual. No pagamento, que deve ser realizado até 1º de março de 2026, desconta-se o valor pago na primeira parcela. Bancos públicos No caso dos bancos públicos, as regras são diferentes. No Banco do Brasil, o valor da PLR individual de cada funcionário é calculado com base no “módulo Fenaban” (que é composto por 45% do salário paradigma de cada cargo, acrescido de uma parcela fixa definida pelo próprio banco) e no “módulo BB”, (distribuição linear de 4% do lucro líquido entre os funcionários, mais uma parcela variável, calculada com base no resultado de cada funcionário no programa de avaliação de desempenho do banco, caso haja resultado positivo no lucro líquido). Os empregados da Caixa recebem a PLR conforme as regras gerais estabelecidas para os bancos privados, com acréscimo da PLR Social, que consiste na distribuição linear de 4% do lucro líquido do banco, vinculada ao resultado obtido pelo banco na execução de programas do governo. *Fonte: Contraf-CUT
Campanha por reajuste zero no Saúde Caixa chega às redes sociais

A campanha Reajuste Zero ganha ainda mais força com a mobilização nas redes sociais, onde empregados ou aposentados da Caixa podem personalizar sua foto para mostrar seu apoio à campanha. A mobilização digital é uma das ações promovidas pelas entidades representativas – Contraf-CUT, Fenae, Apcefs e sindicatos – e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) para barrar o aumento nas mensalidades e conquistar melhorias no plano de saúde. Para participar, basta clicar no link https://www.twibbonize.com/reajustezero e aplicar a sua foto no selo. Depois, compartilhar em suas redes sociais. Também é importante compartilhar a campanha com os colegas. Até o dia 17 de setembro, serão realizadas ações também nos locais de trabalho, com reuniões informativas e de conscientização. Já no dia 17, que será o Dia Nacional de Luta, haverá retardamento no horário de abertura das agências e manifestações nos departamentos administrativos, com cartazes e distribuição de material sobre a importância do plano de saúde, uma das conquistas históricas da categoria. “Vamos intensificar nossas ações em defesa do Saúde Caixa nas redes sociais e nas unidades de todo o país. Estamos preparando um dia de luta para 17 de setembro. Com cartazes e reuniões nos locais de trabalho, os trabalhadores vão cobrar da Caixa uma proposta com reajuste zero nas mensalidades e manutenção das premissas que nortearam a construção do plano de saúde, ou seja, os princípios de solidariedade, pacto intergeracional e mutualismo. Quem cuida do Brasil, merece ser cuidado! Queremos Saúde, Caixa!”, destacou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Felipe Pacheco. Sobre o teto de gastos da Caixa com a saúde dos trabalhadores, Felipe ressaltou que se o teto não cair, os usuários do plano terão que arcar com os aumentos impostos pela inflação médica. “Eles não têm mais condições de absorver estes custos. Por isso, defendemos e vamos lutar pela extinção do teto de gastos da Caixa com a saúde de seus empregados”, concluiu o coordenador. *Fonte: Contraf-CUT