Congresso da Caixa: mesa de saúde alerta para massacre de trabalhadores

Em sua participação na mesa de debates sobre o Saúde Caixa, no 40º Conecef, Rafael de Castro, diretor e representante da Contraf-CUT na CEE, disse que o pessoal da Caixa está sendo massacrado no dia a dia de trabalho. “Não podemos normalizar as pessoas terem que trabalhar com medo, trabalhar sob pressão, voltar pra casa esgotadas, desmaiar na cama e voltar no outro dia para a mesma rotina de massacre”, afirmou. Já o coordenador da mesa de debates e representante da Federa-RJ, Serginho Amorim, observou que o objetivo da mesa é debater o adoecimento e o sofrimento mental na categoria, conectando isso com a discussão sobre o Saúde Caixa, sua importância, como os usuários enxergam o plano e sua situação financeira. Leonardo Quadros, diretor de Saúde e Previdência da Fenae e presidente da Apcef-SP, alertou para os dados alarmantes referentes aos afastamentos na Caixa por acidentes de trabalho. Os dados de 2024 mostram que quase 75% dos afastamentos na Caixa eram causados por doenças mentais e comportamentais. Leonardo lembrou que as entidades de representação sindical dos trabalhadores cobram, há muito tempo, o aperfeiçoamento da política de gestão de pessoas, em especial a mudança dos programas de prevenção e promoção da saúde, para que eles sejam mais efetivos e possibilitem efetivamente a redução dos riscos de adoecimento psicossociais. A doutora em Economia e técnica do Dieese, Hyolitta Araújo, apresentou números sobre os registros de afastamentos no INSS e, também, da pesquisa da Fenae realizada em 2025, com mais de 3 mil trabalhadores da Caixa. Dos afastamentos registrados pelo INSS entre bancários em 2024, mais de 50% foram motivados por questões relacionadas à saúde mental. Na Caixa Econômica Federal, o número é ainda maior e beira os 70%. *Fonte: Contraf-CUT

Juros altos e crise no agro são desafios para o Banco do Brasil

A economista Rosângela Vieira dos Santos, da Rede Bancários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostrou como o Banco do Brasil tem enfrentado um cenário de fortes pressões, mas também reafirmou sua relevância estratégica para o desenvolvimento nacional. A apresentação foi realizada no 35º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (35º CNFBB), em São Paulo, nesta sexta-feira (22). De acordo com Rosângela, a economia brasileira viveu um ciclo recente de crescimento, geração de empregos e queda da inflação. Entretanto, juros elevados freiam a atividade e têm impacto direto sobre os bancos públicos. Segundo Rosângela, no Banco do Brasil, o custo de captar recursos se tornou muito mais caro, o que pressiona seus resultados e reduz a rentabilidade. A queda expressiva nos lucros do Banco do Brasil em 2025 foi um dos destaques da apresentação. Segundo Rosângela, o movimento resulta da combinação de três fatores principais: os juros altos, a entrada em vigor de uma nova norma contábil que aumentou a exigência de provisões e a inadimplência recorde no agronegócio, setor que concentra uma parte relevante das operações do banco. O aumento das despesas do banco também foi abordado, desde os custos para captar recursos até os gastos administrativos. Apesar das adversidades, Rosângela afirma que o Banco do Brasil continua desempenhando funções essenciais para o país. *Fonte: Contraf-CUT

Congressos de bancos públicos têm abertura solene em conjunto

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira, destacou a importância da defesa da soberania nacional, durante a abertura dos congressos nacionais dos bancos privados, nesta quinta-feira (21). “Este é um momento de reafirmar essa unidade, que não é só dos bancários e das bancárias, é de toda a classe trabalhadora. Por isso, abrimos o nosso congresso reafirmando nosso compromisso inegociável com o povo brasileiro, na defesa dos bancos públicos, das empresas públicas, na defesa da Democracia, na defesa de nossa soberania”, ressaltou a dirigente. Juvandia falou também sobre a importância da participação da categoria bancária na reeleição de Lula em 2026, e enfatizou a necessidade de a categoria bancária continuar fortalecendo as pautas pela reforma tributária, para que os super ricos, com renda superior a R$ 50 mil por mês, paguem mais impostos, tirando a sobrecarga da população. O presidente da Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal, Sérgio Takemoto, falou sobre a importância de manter a unidade da categoria. Segundo ele, graças à unidade foi possível manter a Caixa pública. “Vamos precisar dessa união hoje também para defender a Caixa, nossos direitos, nossa previdência e nosso plano de saúde”, afirmou Takemoto. A resistência aos ataques ao Banco do Brasil marcou a abordagem da coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes. “Quando atacam o Banco do Brasil, não estão atacando apenas a gestão, mas o governo e a população, pois o BB é uma ferramenta de fomento social”, ressaltou Fernanda. *Fonte: Contraf-CUT