Sindicato leva estudo feito com a UFF sobre adoecimento mental à audiência no Paraná

O secretário de Saúde e Promoção Social do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, Miguel Pereira, participou nesta terça-feira (20) da audiência pública “Saúde Mental de Bancários e Financiários do Paraná. A audiência foi realizada na Assembleia Legislativa, em Curitiba, e contou com a participação de representantes da categoria, sindicatos, especialistas e autoridades para debater os impactos emocionais e psicológicos enfrentados pelos profissionais no ambiente de trabalho. O objetivo da audiência é levantar propostas de prevenção, acolhimento e promoção do bem-estar no setor. Miguel entregou o relatório sobre adoecimento mental feito em parceria com o Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense. Em seu discurso, Miguel pediu que seja realizada uma moção de repúdio à norma do Banco do Brasil, que pune com a perda da função o trabalhador que precisa se afastar por seis meses por adoecimento. Miguel explicou que é importante dar visibilidade ao debate sobre o adoecimento mental no trabalho, principalmente no trabalho bancário. Segundo ele, as novas formas de trabalho, as novas tecnologias intensificam o controle à produção e as exigências por metas. “É importante que a sociedade saiba que, se o trabalho está adoecendo, precisa de medidas de todas as formas e de todos os atores públicos e políticos para coibir e fazer repensar. Se a organização do trabalho mudou, todo arcabouço legal, jurídico precisa ser readequado. E a Assembleia Legislativa é um espaço importante para isso”, ressaltou Miguel. O secretário do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense explicou ainda que, segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), tudo o que tiver interessa público as assembleias e as câmaras têm competência para legislar, não é uma questão exclusiva da União.
Conheça a cartilha “Queremos Saúde, Caixa”

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) lançaram a cartilha “Queremos Saúde, Caixa”. A cartilha apresenta a trajetória do plano de saúde dos empregados desde os tempos do Sasse até a construção do modelo atual, com custeio dividido em 70% pela Caixa e 30% pelos empregados. O documento mostra, ainda, como a inclusão do teto de 6,5% da folha de pagamento no Estatuto da empresa, imposta em 2017 e mantida agora em 2025, tem desestruturado essa equação, obrigando os empregados a arcar com uma parte cada vez maior dos custos. A qualidade do Saúde Caixa também é destacada na publicação, já que garante cobertura nacional, assistência odontológica, reembolso de medicamentos, isenção de coparticipação em internações e tratamento oncológico, além de um teto anual de gastos para proteger as famílias. O novo acordo específico do Saúde Caixa será discutido entre agosto e setembro e a principal pauta é a retirada do teto de 6,5% e a manutenção do modelo de custeio 70/30%. A negociação precisa de apoio da base e, segundo a cartilha, “somente com mobilização será possível pressionar a Caixa e garantir que o plano continue sendo viável, justo e acessível”. Para conhecer melhor o trabalho e ficar por dentro da importância de preservar o Saúde Caixa Acesse aqui a cartilha completa *Fonte: Fenae
Demissões e terceirizações no Santander são temas de audiência pública em Brasília

A audiência pública “Caso Santander: Terceirização fraudulenta no Brasil” foi realizada, nesta segunda-feira (19) no Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal. O encontro foi um pedido do movimento sindical e reuniu lideranças de diversas partes do país. Os principais assuntos debatidos foram as demissões, o o fechamento de agências e a intensificação da terceirização de forma irregular no Santander, além dos impactos sociais e trabalhistas dessas medidas. Durante a audiência, foi apresentado um relatório elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com o documento, o Santander está abrindo empresas que não podem atuar no ramo financeiro para prestar serviços a ele mesmo, sem oferecer as garantias trabalhistas asseguradas à categoria dos bancários. A prática de contratar pessoas físicas como jurídicas (PJs) também foi denunciada na audiência, além do fechamento de agências. Os participantes do encontro pediram a realização de audiência também no Senado Federal, reunião com o presidente do Banco Central e com o secretário nacional do consumidor do Ministério da Justiça (Senacon), além de acionar o secretário da Receita Federal. *Fonte: Contraf-CUT e Sindicato dos Bancários de Brasília