Em reunião do GT Saúde Caixa, empregados cobram fim do teto e medidas de prevenção

O GT Saúde Caixa retomou suas reuniões, na última segunda-feira (21), com apresentação do resultado financeiro do plano e debates sobre o atendimento aos usuários e o retorno dos Comitês de Credenciamento. De acordo com o relatório financeiro apresentado, há um déficit acumulado de R$ 311,6 milhões, valor inferior às reservas técnicas do plano, de R$ 108,9 milhões. Os dados mostram que o déficit ocorreu pelo aumento das despesas assistenciais acima do que havia sido projetado, já que a arrecadação de mensalidades e coparticipação esteve dentro dos valores orçados. Análise do relatório aponta maior aumento nos custos em terapias e internações, com crescimento de 30% em relação ao ano passado. Segundo Leonardo Quadros, coordenador do GT, representando os funcionários, “o quadro torna evidente a necessidade de mudanças para preservar a sustentabilidade do plano, em especial o fim do teto estatutário (que limita a contribuição do banco para o plano em 6,5% de sua folha de pagamento), o que contribuiria para o aumento das receitas”.   Leonardo afirmou ainda que os funcionários defendem a implementação de ações de prevenção e promoção da saúde e de mecanismos de acompanhamento e controle da rede credenciada, que são importantes para conter as despesas sem prejudicar as coberturas e a qualidade de atendimento do plano. Também houve debates sobre a forma como a Gipes/Repes estão sendo retomadas, compromisso assumido pelo banco na mesa de negociação específica do Saúde Caixa em 2023. Em relação aos comitês de credenciamento, a proposta da Caixa é de reuniões semestrais. Mas segundo os empregados, essa periodicidade seria insuficiente. Também foi reforçada a cobrança pelo fim do teto de custeio, estabelecido em 6,5% da folha de pagamento, e a extensão do direito de manutenção do plano após aposentadoria aos empregados contratados depois de 2018. A representação dos empregados ressaltou que o modelo de custeio do Saúde Caixa é uma conquista histórica dos trabalhadores, segundo o qual 70% do plano é arcado pela Caixa e 30% pelos empregados. Porém, com os dados apresentados pela empresa, onde as despesas somam R$ 4 bilhões, sendo metade coberto pela Caixa e a outra metade pelos empregados, o modelo não está sendo alcançado. Os empregados querem saber, ainda, a causa do aumento de internações, que pode ajudar a investigar o alto nível de afastamento dos trabalhadores do banco. *Fonte: Contraf-CUT

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