Campanha: bancários querem mais direitos para os PcDs e segurança nas agências
A reunião desta quinta-feira (18), entre o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban), com o tema “Saúde e Condições de Trabalho”, começou com debate sobre inclusão, com garantia de ascensão, às pessoas com deficiência (PCDs) no setor bancário. O tema faz parte das negociações da Campanha Nacional de 2024, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária. A questão da segurança bancária, nos ambientes físicos e digitais, também fez parte das negociações do dia. Existem 17.417 bancários PcD no país, ou 4% da categoria. A informação consta no relatório do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), elaborado a partir da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de 2022. De acordo com o documento, desse total, 44% são mulheres e 56% homens. Do total de PcD da categoria, 37% estão alocados em bancos públicos e 63% em bancos privados. Também foi reivindicado o abono de faltas aos trabalhadores com deficiência, considerando que, muitas vezes, precisam se ausentar do trabalho para ajustes técnicos de equipamentos e próteses ou realização de terapias específicas, conforme a condição da deficiência. Os trabalhadores destacaram ainda a questão dos neurodivergentes, pessoas com diferenças neurológicas variáveis e que podem ou não ser deficientes. Confira as reivindicações: – Adequação do ambiente de trabalho segundo a natureza e grau de deficiência do empregado;– A vedação de transferência de PCDs, salvo por pedido do trabalhador;– A constituição de uma comissão bipartite (indicados pela Contraf e Fenaban) para deliberar sobre a contratação de trabalhadores com deficiência e sobre políticas de inclusão;– Inclusão e capacitação de pessoas com deficiência;– Financiamento de veículos para empregado com deficiência;– Estacionamento exclusivo para empregados com deficiência;– Abono de faltas aos trabalhadores com deficiência; e– Aumento de auxílio para pais com filhos com deficiência. Os representantes da Fenaban disseram que as demandas serão levadas aos bancos para construir respostas às reivindicações. Devolutiva – Igualdade de Oportunidades Os representantes dos bancos apresentaram os números dos canais de apoio e acolhimento às mulheres vítimas de violência doméstica, conquista da categoria na CCT. Segurança Os representantes dos trabalhadores apresentaram dados de uma consulta, encomendada ao Dieese, com bancários de unidades de negócios e postos de autoatendimentos, de todas as regiões do país. Ao serem perguntados se, nos últimos 24 meses, sofreram algum tipo de agressão, partindo de clientes ou usuários, 69% responderam que sim. Os trabalhadores também solicitaram segurança no ambiente digital, não só no físico. Segundo o coordenador da Comissão Negociadora de Segurança Bancária da Contraf-CUT, Jair Alves, “no processo de fechamento de bancos tradicionais e abertura de unidades de negócios, os bancos estão abrindo mão de portas de segurança e contratação de vigilantes”. Próximas reuniões Julho25/07 – Saúde e condições de trabalho: combate aos programas de metas abusivas Agosto6 e 13/08 – Cláusulas econômicas20/08 – Em definição27/08 – Em definição *Fonte: Contraf-CUT
Movimento sindical garante melhores condições de trabalho para gerentes PJ do Santander
O movimento sindical conquistou importantes melhorias para os gerentes PJ do Santander. Os trabalhadores estavam enfrentando problemas no segmento Empresas 1 e após contato com a direção do banco alguns procedimentos foram ajustados. O movimento sindical cobrou diversas mudanças na rotina dos funcionários. Antes, eles tinham que fazer seis visitas a clientes por dia, além de executar funções administrativas como receber, enviar e ler e-mails; enviar propostas; responder clientes e tirar cópias de documentos. Agora as visitas foram reduzidas para quatro ao dia. A pressão para que não ficassem nas agências também foi denunciada e o banco se comprometeu a acabar com essa pressão. Também houve melhoria na questão de marcar o ponto. Agora os Gerentes PJ poderão marcar o ponto onde estiverem no início da jornada, ao sair de casa para a primeira visita, ou ao chegar na agência pela manhã; realizar o trabalho na rua e, ao final do expediente, marcar o ponto de onde eles estiverem. Segundo os trabalhadores, a mudança melhorou a rotina de serviço, pois se perdia muito tempo da última visita até a agência. *Fonte: SP Bancários
Sindicato conscientiza bancários sobre pautas da Campanha 2024
Equipe do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, coordenada pelo presidente Júlio Cunha, esteve em reunião, na manhã desta quinta-feira (18), com os trabalhadores em agência do banco Itaú da região, para falar sobre as pautas que estão sendo negociadas para o Acordo Coletivo de Trabalho. A Campanha Nacional dos Bancários está a pleno vapor. Nesta quinta (18), está sendo realizada mais uma rodada de negociações entre o Comando Nacional e a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban). Durante a reunião no Itaú, Júlio Cunha falou sobre o princípio da Ultratividade (consiste na prolongação dos efeitos do acordo coletivo de trabalho) e destacou as pautas da campanha deste ano como os direitos às pessoas com deficiência (PcD), de pessoas neurodivergentes (termo que abrange pessoas de condições neurológicas fora do padrão convencional) como autismo, TDAH e dislexia. Também faz parte da pauta de negociações a questão da segurança bancária, nos ambientes físicos e digitais. O presidente do Sindicato também lembrou a importância de a categoria estar unida e falou sobre as conquistas dos bancários, ao longo dos anos, como a PLR, licença maternidade e paternidade, entre tantas outras.
Sindicato participa de seminário sobre inclusão
Representado pelo presidente Júlio Cunha, o Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense marcou presença, ao lado da Federa-RJ, no I Seminário do Coletivo de Trabalho em Defesa dos Trabalhadores com Deficiência, realizado na última segunda-feira (15/7) na CUT-Rio. Os debates foram direcionados pela frase do ativista e conselheiro da ONU, Deives Picáz: “A luta por inclusão começa quando você entende que o capacitismo é o problema, não a deficiência.” Temas como precarização dos planos de saúde, falta de acessibilidade em hospitais e ausência de inclusão em ambientes de trabalho também fizeram parte da pauta. Além disso, os participantes apontaram a discriminação de PCDs e a importância de que as questões sejam debatidas por pessoas com deficiência com questões fundamentais. A presidenta da Federa-RJ e presidenta interina da CUT Rio, Adriana Nalesso, falou sobre os direitos conquistados e que estão sendo reivindicados pela categoria bancária na Campanha Nacional de 2024. Adriana sugeriu a realização de um levantamento com os sindicatos filiados para verificar se todos possuem cláusulas nas Convenções Coletivas de Trabalho que incluem pessoas com deficiência e neurodivergentes. *Fonte: Federa-RJ