Itaú: movimento sindical denuncia interferência do RH em casos médicos

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú apresentou algumas denúncias de interferência do departamento de Recursos Humanos (RH) em decisões médicas e problemas no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Um dos casos de maior relevância diz respeito a uma bancária, gerente de contas, desligada sob alegação de extinção do seu cargo. A funcionária, recuperada recentemente de uma cirurgia, sempre cumpriu as metas do banco, inclusive após retornar às atividades mesmo realizando fisioterapia e outras terapias com conhecimento de sua gestão. Segundo a denúncia, a situação agravou-se quando a bancária informou ao médico sua condição de saúde. O médico a considerou inapta para retorno ao trabalho, indicando que não poderia ser desligada naquelas circunstâncias. A interferência do RH ficou evidente quando a trabalhadora foi avisada que o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) deveria ser corrigido para “Demissional”. Segundo a enfermeira e o RH, houve um “equívoco” por parte da médica. O representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na COE Itaú, Carlos Damarindo, falou sobre a gravidade da situação. “A interferência direta do RH nas decisões médicas compromete a autonomia do profissional de saúde, o que é inadmissível”, ressaltou o dirigente sindical, acrescentando que a bancária já foi orientada adequadamente diante desse cenário. Damarindo afirmou que esse caso é o reflexo de uma prática prejudicial à integridade física e profissional dos trabalhadores bancários. “Nós exigimos uma investigação rigorosa sobre o ocorrido, para que a autonomia dos profissionais de saúde seja preservada, sem interferências externas que comprometam a integridade e a ética nas relações de trabalho”, ressaltou o dirigente.

Lucro do Santander foi de R$ 2,2 bilhões no quarto trimestre

O Santander Brasil apresentou lucro líquido recorrente de R$ 2,204 bilhões no quarto trimestre. O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (31). A expectativa do mercado era de um saldo de R$ 2,87 bilhões. Em comparação ao terceiro trimestre de 2023, o lucro do Santander caiu 19,2%. No acumulado do ano, o lucro do banco foi de R$ 9,38 bilhões, uma baixa de 27,3% em comparação com o valor registrado em 2022. Quanto ao retorno sobre patrimônio líquido (ROE), o índice ficou em 12,3%, um ganho de 4 pontos percentuais (p.p.) em base anual. A margem financeira do banco alcançou R$ 14,05 bilhões, uma alta de 4,8% frente à janela de julho a setembro e ganhos de 4,8% na comparação anual. Crédito Com um registro de R$ 643 bilhões, a carteira de crédito ampliada da instituição teve crescimento de 2,8% no trimestre e 9% na comparação ano a ano. O destaque ficou por conta de pessoas físicas e pequenas e médias empresas. Em relação ao índice de inadimplência, houve aumento de 3,1% no indicador de longo prazo (90 dias), ficando estável em relação ao ano passado, subindo 0,1 p.p. ante o trimestre anterior. As provisões com devedores duvidosos (PDDs) somaram R$ 6,83 bilhões, representando uma queda de 80% na base anual, considerando o efeito Americanas no ano anterior. Já na comparação trimestral, o avanço foi de 21,7% na PDD.

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