Pesquisa do Dieese mostra que o setor bancário perdeu 634 postos de trabalho em julho

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou a Pesquisa do Emprego Bancário (PEB), com base nos dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), mostrando que o setor bancário teve uma baixa de 634 postos de trabalho em julho. Outra informação importante da pesquisa foi sobre a constatação de que o setor bancário está perdendo espaço no ramo financeiro. Segundo dados do Dieese, foram abertos 1.866 postos de trabalho em julho no ramo financeiro, sendo que nos últimos 12 meses, foram criados 15,8 mil postos de trabalho, uma média de 1,3 mil postos/mês. Entre as atividades do ramo financeiro com maior saldo positivo em julho estão o crédito cooperativo (+1.038 postos); as atividades de intermediários em transações de títulos, valores mobiliários e mercadorias (+575 postos) e planos de saúde (+250 postos). Desde setembro de 2022 não há registro de aumento de postos de trabalho no setor bancário. De janeiro a julho de 2023, 61,09% dos postos de trabalho reduzidos (3.494) ocorreram em estabelecimentos com até 50 empregados e 22% (1.258) em locais com mais de mil trabalhadores. Walcir Previtale, secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), disse que os bancos vem reduzindo o emprego em todo o país. “Por isso, iniciamos a campanha #BancoParaTodos, contra as demissões e o fechamento de agências bancárias e pela garantia da obrigação da oferta de serviços bancários para toda a população”, ressaltou Previtale. De acordo com levantamento do Banco Central, 42% dos municípios brasileiros não têm agência bancária, o que obriga os clientes a percorrerem longas distâncias quando precisam de atendimento presencial.

Juros estão menores na Caixa e no Banco do Brasil

A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil decidiram baixar, mais uma vez, suas taxas de juros. A medida foi anunciada logo depois da divulgação da nova Selic, em 12,75%, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. As novas taxas já estão valendo. Clientes Pessoa Física, micro, pequenas, médias e grandes empresas já podem ser contempladas com taxas de juros menores na Caixa Econômica Federal. O banco anunciou a taxa média mensal de juros a partir de 1,55% para o crédito consignado. Já para micro e pequenas empresas, a Caixa oferece capital de giro a partir de 0,99% ao mês. Médias e grandes empresas também serão beneficiadas com a baixa de juros anunciada pela instituição financeira. Confira: O Crédito Especial Empresa Parcelado passa a operar com uma taxa média de CDI + 0,25% ao mês. Na linha Crédito Especial Empresa Investimento, o banco oferece taxa de juros média de CDI + 0,29% a.m. Banco do Brasil Seguindo o exemplo da Caixa, o BB anunciou redução de até 0,04 ponto percentual ao mês, de acordo com a linha. Lembrando que para Pessoa Jurídica, a redução vale a partir desta sexta (22). Segundo informações do banco do Brasil, no caso de Pessoa Jurídica, há  redução de taxas em crédito consignado para o setor público e INSS, financiamento de veículos, automático, salário, benefício, renovação, 13º salário e cartão de crédito. O crédito consignado para o setor público e o crédito estruturado (com garantias), passam a contar com taxas de juros a partir de 1,19% ao mês e 1,21% ao mês, respectivamente. No consignado do INSS, a taxa cai para 1,71% ao mês, na mínima. Na ponta do teto, a nova taxa é 1,85%. Para Pessoa Jurídica, o BB reduziu taxas para as linhas de desconto de títulos, capital de giro, conta garantida e em outros produtos. As reduções variam em função do relacionamento com os clientes.  

Após aprovar programa próprio, trabalhadores do Mercantil recebem a PLR

Quem trabalha no Banco Mercantil do Brasil S/A e no Banco Mercantil de Investimentos S/A já está com a sua PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados) na conta. O pagamento foi efetuado, nesta quarta-feira (20), após aprovação pelos empregados de um programa próprio, durante assembleia virtual, ocorrida na véspera (terça, 19). A medida será aplicada em âmbito nacional, contemplando trabalhadores que atuem nos bancos em qualquer cidade do Brasil.

Saúde mental terá novo programa no Itaú

O representante da área de saúde ocupacional e o médico do trabalho do Itaú fizeram uma apresentação do novo programa de saúde mental, proposto pelo banco. Para isso, estiveram reunidos com o Grupo de Trabalho (GT) de Saúde da instituição, nesta quarta-feira (20). Com o novo programa, o banco visa abordar o adoecimento mental como um fenômeno multifatorial. Segundo a apresentação, o objetivo do trabalho é quebrar o tabu em torno do adoecimento mental, reduzir o estigma associado a ele, treinar líderes com habilidades socioemocionais para lidar com o tema e prevenir o adoecimento. Ações preventivas com foco na organização do trabalho, incluindo o monitoramento de indicadores para um mapeamento efetivo também estão entre as propostas do novo programa. Apesar de considerar um passo positivo, a coordenadora do Grupo de Trabalho de Saúde do Itaú, Luciana Duarte, ressaltou que os programas não podem ficar apenas no papel. Ela também apontou a necessidade de treinamento para a gestão. “Para que os trabalhadores se sintam à vontade para expressar suas queixas, é fundamental que o assédio moral e sexual seja eliminado, pois ninguém vai desabafar sobre assédio com um assediador”, observou Luciana. O GT de Saúde do Itaú cobrou ainda melhorias no atendimento e no treinamento dos médicos das clínicas conveniadas, além de extensão e melhoria do programa Recomece, considerando que 30 dias não são suficientes para a readaptação no retorno de licença.

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