Trabalhadores do Santander já podem calcular PLR 2023

A segunda parcela da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), referente a 2022, será paga pelo Santander no próximo dia 28 de fevereiro. A assessoria do Dieese, em parceria com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, disponibilizou um simulador para ajudar os bancários no cálculo de quanto vão receber. Basta acessar aqui. A PLR será creditada junto com o Programa Próprio de Remuneração do Santander (PPRS) no valor de R$ 3.355,73, mais o Programa Próprio para os cargos de Gestão (PPG) e a variável do segundo semestre de 2022, para todos os empregados ativos, afastados por doença ou licença maternidade/paternidade e demitidos a partir de 2 de agosto. O acordo firmado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2022 estabeleceu reajuste de 13% na parcela adicional da PLR e correção do INPC (8,83%) na regra básica. Na negociação com o movimento sindical, o Santander também vai majorar os salários em até 2,2 salários. *Fonte: Contraf-CUT
Audiência sobre fim da função de caixa executivo é adiada a pedido do Banco do Brasil

A audiência de conciliação, que estava marcada para a manhã desta sexta-feira (10), entre o Banco do Brasil e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) foi adiada por solicitação do BB. A pauta era a liminar, conquistada pela categoria, que impede a eliminação da função de caixa executivo. “É fato notório que em janeiro deste ano houve alteração da alta administração do Banco do Brasil implicando na modificação do Conselho Diretor que ainda não está em sua composição plena”, argumentou a empresa. Renata Cabral, assessora jurídica da Contraf-CUT e sócia do escritório Crivelli Advogados, acrescentou que o banco pediu o prazo de 60 dias. “Agora, além de um posicionamento do BB, aguardamos por uma nova data para audiência de conciliação”, completou. Enquanto isso, segue em vigor a liminar concedida ainda em fevereiro de 2021 e que mantém o cargo de caixa executivo e a gratificação ligada à função. Entenda No início de 2021, a empresa anunciou uma nova reestruturação, com fechamento de agências, redução de postos de trabalho e extinção da função de caixa junto com o fim da gratificação para os escriturários que cumprem a função. “De início, procuramos negociar nas mesas de mediação com o banco. Em seguida, tentamos mediação junto ao Ministério Público do Trabalho. Mas, como a diretoria na época não nos atendeu, buscamos a Justiça”, lembrou a funcionária do BB e representante da Contraf-CUT na CEBB, Fernanda Lopes. Em 18 de fevereiro de 2021, o juiz Antonio Umberto de Souza Junior, da 6ª Vara da Justiça do Trabalho de Brasília, atendeu a liminar da Contraf-CUT e proibiu o Banco do Brasil de extinguir a função de caixa. Na decisão, o magistrado também obrigou o BB a incorporar o valor integral da gratificação de caixa para os empregados que, em 10/11/2017, a recebiam há mais de dez anos. O Banco do Brasil chegou a entrar com mandado de segurança, mas o Tribunal Superior do Trabalho (TST) negou o pedido da empresa. A audiência de conciliação, que deveria ter ocorrido na manhã desta sexta-feira (10), foi agendada pela juíza substituta do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, Audrey Choucair Vaz, ao avaliar possível “disposição das partes para uma autocomposição”, passados dois anos desde que Contraf ajuizou a ação que impediu banco de extinguir a função. *Fonte: Contraf-CUT
Bradesco registra lucro superior a R$ 20 bi

O lucro líquido recorrente do Bradesco alcançou R$ 20,7 bilhões em 2022. A queda no rendimento (21,1%) na comparação com 2021 é resultado da elevação da PDD. A Provisão para Devedores Duvidosos cresceu 100%. Em valores reais, o percentual é equivalente a R$ 4,9 bilhões. Sobre o resultado do quarto trimestre de 2022, o banco registrou lucro recorrente de R$ 1,595 bilhão. O lucro líquido contábil foi de R$ 1,437 bilhão no período, queda 54,7%. O ganho do Bradesco é alto apesar das quedas. A carteira de crédito expandida chegou a R$ 891,9 bilhões entre outubro e dezembro de 2022, alta de 9,8%. Em dezembro, o patrimônio líquido do banco era de R$ 154,263 bilhões, variação positiva de 4,9% em 12 meses.
Justiça do Trabalho condena Santander por ocultar informações sobre programa de apoio ao emprego

O banco Santander foi condenado pela Justiça do Trabalho por ocultar informações sobre o programa de apoio ao emprego. A sentença foi proferida pela 4ª Vara do Trabalho determinando que o banco apresente informações e documentos requisitados para os autos de um inquérito civil. A condenação foi confirmada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (com sede em Campinas). Segundo o Ministério Público do Trabalho, o inquérito “investiga a conduta dos maiores bancos comerciais do país por seu papel na concessão de linhas de crédito público para pequenas empresas, com a finalidade de preservar empregos durante a pandemia”. O TRT fixou multa de R$ 150 mil/dia para o caso de descumprimento da decisão. Falta de repasse Segundo a reportagem publicada em 2020 pelo The Intercept Brasi, grandes instituições bancárias não estariam repassando a empresa o crédito de R$ 40 bilhões liberado pelo governo, por meio do Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese). Assim, a Procuradoria-Geral do Trabalho criou um Grupo Especial de Atuação Finalística (Geap), com nove procuradores de diversas unidades da federação. O objetivo dos recursos seria financiar a folha de pagamento de pequenas empresas atingidas pela pandemia do coronavírus. A iniciativa foi criada por meio da Medida Provisória (MP) 944, editada em 3 de abril de 2020. Mas, de acordo com a reportagem, apenas R$ 1,44 bilhão (3,6% do total) teria sido efetivamente oferecido pelos bancos. A maioria dos financiamentos estava sendo direcionado a empresas de grande porte. Inquérito O inquérito instaurado pelo Geaf envolveu o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Bradesco, o Itaú e o Santander. O objetivo era averiguar se as finalidades do Pese, importantes à preservação do nível de emprego no país, estavam sendo comprometidas pela conduta dos investigados. Os procuradores solicitam informações e documentos às instituições financeiras. De acordo com informações do MPT, “dos bancos alcançados pela investigação, apenas o Itaú respondeu prontamente à requisição, o que levou ao esclarecimento dos fatos que lhe diziam respeito, tendo o Ministério Público descartado a prática de irregularidade por parte dessa instituição financeira. Os demais bancos, ao contrário, tentaram impedir a atividade investigatória do Ministério Público, prejudicando as investigações.” O Santander, segundo a Procuradoria, ocultou informações “que vão desde os números consolidados de operações relacionadas ao programa emergencial de crédito, até cópias de documentos, números e operações que confirmassem o oferecimento da linha de crédito para que empresas em dificuldades conseguissem financiar suas folhas de pagamento e manter os empregos em tempo de crise”. Fonte: Rede Brasil Atual