Após reivindicação do movimento sindical, Santander reforça campanha contra covid-19
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander reivindicou um reforço na conscientização dos funcionários para a nova onda da Covid-19 no Brasil. E o banco resolveu atender. “Solicitamos o reforço das medidas preventivas e o estímulo ao uso de máscara, fornecimento de autoteste e afastamento de um metro entre bancários e clientes”, explicou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias. Em resposta à solicitação, o Santander informou que mantém em destaque, no portal do RH, os protocolos de prevenção. Disse ainda que, nos próximos dias, serão inseridas novas chamadas no portal e no aplicativo do banco para funcionários. Além disso, o banco disse que permanecem as recomendações e garantias para afastamento imediato em caso de sintomas até o resultado do teste de covid-19, incluindo testagem sem coparticipação com pedido médico; vacina de covid-19 sem coparticipação; teleatendimento médico e disponibilização de álcool em gel nas agências e prédios administrativos. “Vamos continuar insistindo sobre a importância dessas formas de segurança. O banco indicou que novas medidas poderão ser adotadas nesse sentido em caso de piora dos casos de covid e que seguirá monitorando o comportamento da doença no país”, completou Lucimara. A coordenadora da COE destacou que os sindicatos também continuam monitorando o cenário de contaminações e recomenda que os bancários e as bancárias não deixem de tomar as doses de reforço da vacina contra a covid-19 nem de utilizar máscaras.
Presidenta da Contraf-CUT recebe título de cidadã carioca
A baiana Juvandia Moreira Leite, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), recebeu nesta quarta-feira (30) o título de Cidadã Honorária do Município do Rio de Janeiro. “Juvandia tem se destacado na defesa do trabalhador e da trabalhadora, de modo particular do ramo financeiro, que no Brasil é tão explorado”, disse o vereador Reimont (PT-Rio de Janeiro), que é bancário do Banco do Brasil, ao lembrar que o Rio de Janeiro é uma cidade que conta com um grande contingente da categoria. Reimont, que foi eleito deputado federal nas últimas eleições, ressaltou que o sistema financeiro emprega muita gente e também demite muita gente na cidade. “Sabemos que a busca insana dos bancos pelo lucro tem levado a categoria bancária ao adoecimento. Sabemos também o que foi a reforma trabalhista do governo de Temer, o que foi a derrocada dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores, notadamente dos bancários e bancárias e de todo o sistema financeiro”, observou. Para o vereador, a presidenta da Contraf-CUT não mede esforços para organizar a resistência contra os ataques desferidos contra os trabalhadores. “Por isso, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro e eu, como vereador e como bancário do Banco do Brasil, compreendemos a importância desta atuação da Juvandia e decidimos homenageá-la com o título de cidadã carioca”, explicou. “Nossa intenção é reforçar essa luta que consideramos tão importante. E a Juvandia enobrece ainda mais a galeria dos homenageados, que tendo prestado serviços relevantes à sociedade brasileira, são reconhecidos por esta casa legislativa, que é uma das mais importantes do país”, completou Reimont. “Me sinto honrada por receber este título de cidadã carioca, cidadã do Rio de Janeiro, uma cidade que é bonita por natureza, mas não apenas por suas belas paisagens, como também pelo seu povo trabalhador, por sua cultura e história, que tanto contribuiu e contribui para o país”, disse a homenageada. “E partilho do mesmo desejo do vereador Reimont, para que este título sirva para reforçar a luta em defesa dos trabalhadores, das mulheres e de seus direitos”. A cerimônia de entrega do título de Cidadã Honorária do Município do Rio de Janeiro à Juvandia Moreira Leite foi realizada na quarta-feira (30) à noite, no Salão Nobre da Câmara Municipal do Rio de Janeiro e foi transmitida pela TV Câmara do Rio.
Funcionários reivindicam fortalecimento do BB público na equipe do governo eleito
Representantes do funcionalismo do Banco do Brasil entregaram à equipe de transição do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva um documento, em que solicitam o fortalecimento de dois tipos de BB. “Um para competir com o mercado, inclusive regulamentar esse mercado. E, um segundo BB, com atuação nas comunidades distantes, com um orçamento voltado para a área social, para a agricultura familiar, para as micro e pequenas empresas, pro micro empreendedor individual, para as cooperativas de produção”, destacou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, em entrevista ao Podcast Associados Previ, uma iniciativa dos diretores e conselheiros eleitos pelos associados da entidade. “Além de fortalecer o papel do BB como banco público, estamos apresentando no governo de transição um debate sobre o banco que o funcionalismo quer, e como esse banco deve tratar os trabalhadores, com respeito e dignidade, a partir de contratações via concursos, com abertura de mais agências, sempre prezando a sustentabilidade do banco”, pontuou Fukunaga, reforçando que, dentro do grupo de transição, os funcionários do BB contam com auxílio de Marcel Barros, que foi diretor da Previ e hoje é presidente da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e dos Beneficiários de Saúde Suplementar de Autogestão (Anapar). Ao longo da corrida eleitoral, que o reconduz ao Planalto depois de 12 anos, Lula declarou diversas vezes que seu governo irá priorizar o fortalecimento dos bancos públicos. “Esse papel [de indutor do desenvolvimento social e econômico] foi deixado de lado pelo governo Bolsonaro, com olhar privatista sobre o BB, seja com a posse de Rubens Novaes [ex-presidente do banco], até pelas manifestações do ministro da Economia, Paulo Guedes”, destacou Fukunaga, apontado, em seguida, que nos últimos anos a direção do Banco do Brasil passou a priorizar o pagamento de dividendos para acionistas, aumentando taxas de juros e reduzindo da carteira de crédito, para tornar o BB semelhante aos bancos privados. “Temos que, de fato, mudar o Banco do Brasil como o presidente eleito tem colocado: um banco com um olhar para a agricultura familiar, não só para o agronegócio, um banco que defende as cooperativas de produção, que estão buscando recursos em outras formas de financiamento fora do sistema público”, observou ainda o coordenador da CEBB. Ampliação Outros debates sobre o BB levados para a equipe de transição são a realização de concursos para aumentar o número de funcionários do banco público e a ampliação de agências nas periferias e localidades menos desenvolvidas. “Nós queremos um banco que trate com respeito e dignidade os funcionários, para que não sejam mais submetidos às metas abusivas. Queremos um banco presente nas periferias e cidades pequenas. Nos últimos anos foram 1.500 agências fechadas e mais de 10 mil postos de trabalho fechados. Na Avenida Paulista, em São Paulo, temos oito agências do BB, todas vazias. Enquanto que em São Miguel Paulista, também na cidade de São Paulo, existe uma única agência do BB, que vive com filas quilométricas. Eu não posso, ainda usando o exemplo de São Miguel, ofertar BrasilPrev ou Ourocap, correndo o risco de descapitalizar as pessoas que mais precisam, mas posso orientar sobre crédito, ofertar crédito mais barato para a linha branca, melhorando a situação deles”, explicou. Previ O coordenador da CEBB também comentou as reivindicações que foram apresentadas à Previ durante a campanha salarial deste ano e as propostas que os funcionários estão levando ao governo de transição de Lula. “O CNPC [Conselho Nacional de Previdência Complementar] vem produzindo resoluções que agridem diretamente os associados, verdadeiros donos dos fundos de pensão fechados. Nesse atual governo, inclusive, Paulo Guedes atacou a Previ tentando colocar na gestão da entidade um cara do mercado, mas graças à nossa rápida atuação, não conseguiu”, disse. Fukunaga destacou ainda que os associados de fundos de pensão fechados não podem perder de vista que defender o sistema público de previdência é também um papel deles. “O governo Bolsonaro, que se encerra agora, tem recusado muitos recursos do INSS”, lembrou completando que “fazer um debate separado”, de um lado o sistema de previdência complementar e de outro do sistema público “não vai resolver” um problema que atinge a todos. “A Previ faz parte do sistema de previdência ‘complementar’, como o próprio nome diz, complementar ao INSS. Então, funcionários do BB têm que entender que todos nós precisamos também de um INSS saudável”, concluiu.