Banco do Brasil afasta gestor após mensagem de cunho nazista

Um gestor do Banco do Brasil foi afastado do contato com funcionários após ser denunciado por divulgar piada de cunha nazista em um grupo de WhatsApp do trabalho. Kauam Sarabi Moreira é gerente de operações estruturadas ESG do BB e, de acordo sua página no LinkedIn, é funcionário da instituição há 19 anos. Segundo relatos feitos à reportagem, na quarta-feira (9) os funcionários do banco estavam conversando sobre assuntos não relacionados ao serviço. Foi quando Kauam respondeu um comentário com uma montagem de Adolf Hitler ao telefone. O texto da figurinha fazia um pedido: “Hans, liga o gás”. A referência remonta às câmaras de gás em que judeus foram mortos por nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Após o ocorrido, ninguém repreendeu Kauam, chefe apontado como abusivo e com histórico de assédio moral dentro do Banco do Brasil. O caso, no entanto, foi denunciado à ouvidoria interna e passa por apuração. Procurado, Kauam não comentou o caso. Ele negou o afastamento, disse que está de férias e que retorna ao trabalho em um mês. As férias, segundo apurou a reportagem, não foram liberadas pelo banco e estão em processo de análise -ele foi separado do contato com funcionários, não do serviço. “O funcionário envolvido no caso está afastado das atividades junto à equipe. O Banco do Brasil repudia qualquer manifestação de discriminação e não compactua com apologia contra grupos raciais, culturais, religiosos ou sociais, como prevê seu Código de Ética. O BB reafirma sua defesa pela diversidade junto a seus clientes, funcionários e à sociedade”, disse o banco em nota. Fonte: Jornal O Tempo

COE do Bradesco retoma negociações de minuta específica

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reuniu com o banco nesta segunda-feira (14), em encontro que marcou a retomada regular das negociações a respeito da minuta específica dos trabalhadores com a instituição. “A volta das conversas em nossa mesa direta é importante, era nossa prioridade, pois desde o começo da pandemia, há mais de dois anos, nossa preocupação tinha se voltado à manutenção da vida dos funcionários e clientes”, afirmou a coordenadora da COE e secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Magaly Fagundes. Na reunião, os membros da COE entregaram a minuta e definiram um calendário para o debate de todos os itens da pauta. Também foram abordados vários temas específicos, como teletrabalho, fechamento de agências, demissões, melhorias no Saúde Bradesco, auxílio academia e financiamento de sistema de energia solar para funcionários. Teletrabalho O Bradesco, que foi o primeiro a assinar um termo sobre o teletrabalho com seus funcionários, informou que, desde o fim da emergência de saúde pública por causa da pandemia do coronavírus, está seguindo o acordo sobre o teletrabalho fechado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria 2022/2024. Assim, não há necessidade de renovação do acordo que venceu em setembro de 2022. Para a definição de quem poderia atuar em trabalho remoto, a instituição disse que considerou atividades que não impactariam o atendimento, e por esse motivo a rede de agências não foi considerada elegível para a modalidade. Segundo o banco, cerca de 50% do efetivo dos departamentos estão em teletrabalho e todos recebem a ajuda de custo. O número de funcionários nesse regime, porém, ainda não foi informado. A COE reiterou seu pedido de realizar uma apresentação com os dados de pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre o tema, com recorte específico do Bradesco. A proposta foi aceita e será realizada em data a ser agendada. Esse encontro servirá como base para aperfeiçoamento dos termos do acordo sobre o assunto. Agências e unidades de negócio O fechamento de diversas agências e demissões ocorridas recentemente também tiveram destaque na reunião. A COE alertou que o quadro de funcionários nas agências já é extremamente enxuto e que a política está comprometendo o atendimento aos clientes, mas o banco argumentou que o fechamento dos postos se deveu ao modelo digital e à sobreposição de agências, caso em que algumas foram fechadas. “Nossa maior preocupação é sempre com a manutenção do emprego, pois ainda que o banco garanta que os funcionários de agências encerradas estão sendo reaproveitados, vemos que muitas agências estão sendo transformadas em unidades de negócios e logo em seguida, fechadas”, disse Magaly. “Na ponta desse processo, o que temos é demissão. E isso não pode ser admitido! Precisamos de um programa para requalificação e realocação desses funcionários, como forma de garantia do seu emprego”, completou. Os membros da COE solicitaram o estabelecimento de uma agenda para o debate das questões relacionadas às unidades de negócios, quando a segurança de trabalhadores e clientes será tratada em detalhes. Esse processo deverá ocorrer antes das atividades da mesa bipartite entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos, para tratar do tema em âmbito nacional, que ocorrerá em 2023. Plano de Saúde No encontro também foi relatada a dificuldade no atendimento do Saúde Bradesco. Os representantes dos funcionários pediram melhorias no atendimento médico, de clínicas e hospitais credenciados, bem como do serviço odontológico, em especial no interior dos estados, onde os problemas são enfrentados com muita frequência. Como os problemas ocorrem de diferentes maneiras, dependendo da localidade, as federações farão o levantamento em cada região, um trabalho que já havia sido iniciado em 2019, mas que foi interrompido pela pandemia. Na sequência, um relatório será encaminhado ao banco, que terá 90 dias para apresentar solução. Ao longo desses três meses, porém, qualquer necessidade de urgência, como a falta de algum atendimento específico, poderá ser tratada pontualmente para sua solução. Outros pontos A COE solicitou a concessão de auxílio academia a funcionários e dependentes. Para os representantes dos funcionários, a demanda deve ser entendida como investimento em saúde, considerando que a atividade bancária está entre as mais estressantes do mercado de trabalho. “Esperamos que o banco analise nossa reivindicação e que possamos avançar neste tema”, disse o secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, Lourival Rodrigues da Silva, que também participou da reunião como representante da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS). O banco também apresentou resposta ao pedido de melhores condições de financiamento a funcionários interessados na aquisição de equipamentos de energia solar fotovoltaica: as taxas foram reduzidas a 1,73% de juros ao mês e o prazo passou a até 60 meses para a quitação do empréstimo para esse fim. A instituição também confirmou que as horas dos jogos da seleção brasileira na Copa serão abonadas. Na avaliação de Magaly, “o mais importante foi a retomada das negociações regulares, garantindo que nossa minuta completa volte a ser debatida, mas pontos específicos importantes também foram discutidos e terão andamento já na próxima reunião, a ser agendada ainda este ano”.

ITAÚ: negociação avança em teletrabalho, PCR e bolsa-educação

A Coordenação de Organização dos Empregados (COE) do Itaú reuniu-se com representantes do banco, na última quarta-feira (9), para tratar dos temas quitação do banco de horas, teletrabalho e ponto eletrônico, parcelamento de dívidas e Programa Remuneração e Bolsa Educação. O Itaú apresentou um balanço sobre o acordo de quitação de horas já assinado com 123 entidades sindicais, que cobrem cerca de 56 mil funcionários. Entre essas entidades estão Fetec-SP, Feeb SP/MS, Feeb BA/SE, Federa-RJ e Fetrafi-RJ (esta, parcial). Às demais federações, ainda sem acordo, o banco apresentou proposta para um piloto de seis meses, para ser assinado juntamente com o acordo de teletrabalho. A proposta será avaliada pelas entidades sindicais até o final de novembro. Teletrabalho A COE apresentou uma proposta que prevê prioridade ao teletrabalho para pais e mães que têm filhos pequenos e funcionários com mobilidade reduzida. A medida, porém, ainda vai ser detalhada, pois deve ser adequada em relação a áreas que não estão atuando com trabalho remoto. O valor dos custos será corrigido em cerca de 25%, passando a R$ 100, e será pago todo mês, e não mais a cada semestre. Esse acordo supera os benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que prevê custos de R$ 86,40 e a exigência de, no mínimo, 50% de dias úteis trabalhados remotamente para o benefício. O valor será pago inclusive nos seis meses do projeto piloto. Outra reivindicação da COE foi que o desconto do percentual referente ao vale transporte seja calculado apenas sobre os dias trabalhados presencialmente, e não mais sobre o mês completo. Parcelamento de dívidas O parcelamento das dívidas relacionadas à antecipação do auxílio-doença ainda está em debate entre as entidades sindicais, que não alcançaram um consenso. Embora o banco tenha manifestado preferência por um acordo de âmbito nacional, afirmou que aceitará acordos em separado. As entidades que já concordaram com a minuta apresentada, assinarão ainda neste mês acordo que prevê limite de 30% de retenção das verbas para o pagamento da dívida. A COE também reivindicou que o pagamento seja iniciado em 60 dias, e não em 30, como propõe o banco. As entidades que seguem sem assinar têm até o fim de fevereiro de 2023 para debater suas propostas, mas mantêm a chance de aderir ao acordo assinado. PCR e bolsa-educação A proposta dos trabalhadores foi para renovar o acordo da Participação Complementar de Resultados (PCR), apenas com correção do valor. O mesmo foi proposto para as bolsas de estudo, que atualmente são de R$ 499. Ao todo são 5,5 mil bolsas para primeira graduação, segunda graduação e pós-graduação (4,5 mil para bancários e 1 mil para funcionários da holding). No novo acordo, serão acrescentadas 47 novas bolsas. O tema será debatido dia 22, em reunião virtual. Para Jair Alves, coordenador do COE Itaú, “havia muitas pendências para serem discutidas, mas a reunião teve bons avanços, como foi com o teletrabalho”. No entanto, há ainda muitos pontos a serem encaminhados, “em especial no que diz respeito à quitação das horas e ao pagamento das dívidas de auxílio-doença, temas que ainda precisamos debater e mesmo encontrar um consenso entre as várias entidades de representação dos trabalhadores”, completou. Jair, porém, entende que “o debate está bem avançado, e em breve os pontos pendentes estarão maduros para o acordo final com o banco”. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) encaminhará às entidades a minuta do acordo sobre a quitação das horas do teletrabalho (que deverá ser retornada até o fim de novembro) e do parcelamento das dívidas por antecipação do auxílio-doença (retorno até fevereiro de 2023). As entidades que já assinaram o acordo receberão a minuta para votação em assembleia, que ocorrerá em data ainda a ser definida pela Contraf-CUT.

Covid volta a ameaçar a sociedade

A covid-19 voltou a preocupar o Brasil, após alguns meses de trégua. No inicio de novembro, ocorreu a primeira morte de uma pessoa contaminada pela subvariante BQ.1: uma mulher, na cidade de São Paulo. Desde o início de outubro, a taxa de transmissão do vírus (Rt) e as internações de pessoas com a doença vem subindo. Especialistas começam a alertar para o risco de uma nova onda no período de festas do final do ano. O Ministério da Saúde abandonou a consolidação de dados em âmbito nacional, no processo negacionista do atual governo em fim de mandato. No entanto, informações sistematizadas pela Info Tracker, uma plataforma das universidades estaduais paulistas (USP, Unesp e Unicamp) para monitorar a pandemia, mostram que a Rt ultrapassou o valor 1, quando cada contaminado transmite o vírus para mais de uma pessoa. Esse índice indica que a doença está aumentando. Ainda segundo a Info Tracker, as internações no estado saltaram de 80, em 17 de outubro, para 186 em 6 de novembro. Conforme a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) difundiu pela imprensa, os laboratórios identificaram que os resultados positivos para o coronavírus saltaram de 3,7% em 3 de outubro para 23% na primeira semana deste mês. Essa mesma tendência de alta também já foi identificada pela rede de farmácias do país, e divulgada por meio de sua associação. Há vários motivos que podem estar promovendo o crescimento da doença, como a chegada da nova variante BQ.1, a redução da imunidade de quem já se vacinou, as aglomerações no período da campanha eleitoral e a procura das pessoas pelas doses de reforço abaixo do ideal, em especial pela quarta aplicação do imunizante. Bancárias e bancários Para o secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles, “no caso de bancárias e bancários, os cuidados devem ser redobrados, pois suas atividades são sempre em contato com muitas pessoas”. Mauro orienta, ainda, que “todos sigam os protocolos de saúde, conforme a orientação de especialistas, mesmo sem a obrigação legal que vigorou até alguns meses atrás, pois esse é o único caminho para proteger a si mesmo, a família e a sociedade como um todo”. Cuidados Conheça as orientações básicas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para se defender do coronavírus: Mantenha distância de outras pessoas de pelo menos 1 metro. Evite aglomerações. Use máscara, especialmente em locais fechados. Troque o equipamento sempre que ele ficar úmido. Não use máscara com válvulas. Prefira locais abertos e ventilados. Abra uma janela se estiver em local fechado. Limpe as mãos com frequência, com sabão e água ou álcool em gel. Mantenha-se em dia com a vacina. Até o momento, todos adultos devem ter tomado a quarta dose. Cubra o nariz e a boca com o braço dobrado ou um lenço ao tossir ou espirrar. Evite tocar superfícies de locais públicos. Limpe superfícies com frequência. Fique em casa se você sentir indisposição. Os sintomas mais comuns da covid são tosse seca, febre e cansaço. Procure atendimento médico se tiver febre, tosse e dificuldade para respirar. Se possível, ligue para a unidade de saúde e peça orientações antecipadas. Mantenha-se informado sobre a situação em sua localidade. Acesse aqui a orientação completa da OMS para se proteger.

Cassi: diretoria convoca reunião com entidades para admitir rombo de R$ 366 milhões

De forma intempestiva e desrespeitando a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e as entidades representam os associados (Anabb, Aafbb e Faabb), diretores e representantes de conselhos da Cassi, convocaram para a tarde desta segunda-feira (14) uma reunião onde admitiram déficit de R$ 366 milhões no Plano Associados. “Elencamos uma série de problemas. Primeiro, parece que a Cassi quer assumir o papel da Comissão de Empresa, que representa os associados na entidade de assistência dos funcionários do BB. Segundo, finalmente admitiu a situação de déficit do Plano Associados, que denunciamos diversas vezes, bem antes de os novos eleitos da Cassi tomarem posse, em junho deste ano. E, além de tudo isso, apresentaram uma proposta vergonhosa, que onera apenas os associados, com aumento de coparticipação que pode chegar a 50%. Isso impactaria apenas aos associados, pois o banco não colocaria um tostão na coparticipação”, denuncia o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), João Fukunaga. Ele observa ainda que a decisão de aumentar a coparticipação, foi levada para uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo na manhã desta segunda, antes da reunião com as entidades. “Então, ao que tudo indica, eles chamaram essa reunião, no período da tarde, já com uma proposta, na tentativa de que as entidades que representam os trabalhadores homologassem”, completa. “Todos nós, de forma unânime, não aceitamos as propostas colocada na mesa pela Cassi. Porque a única oferta foi reajustes naquilo que fere diretamente os associados, como se o adoecimento fosse culpa única e exclusivamente deles, o que não é. Muito dos associados carregam doenças provocadas no trabalho, pelas metas abusivas. Então, o banco tem que ser responsabilizado”, pondera Fukunaga. Trabalhadores vinham alertando “A postura das diretorias da Cassi, formada por indicados do BB e eleitos do chamado Grupo Mais, não é transparente com os associados, que até hoje só sabem da real situação deficitária por denúncias das entidades representativas dos trabalhadores”, pontua Fukunaga ao destacar que sucessivas matérias foram publicadas somente ao longo deste ano sobre o déficit que vinha se acumulando no Plano Associados. “Quando o material de campanha da chapa que a Contraf-CUT apoiava falou do déficit, a Comissão Eleitoral da Cassi veio para censurar, para que fosse retirado de circulação. Entretanto, essa proibição não estava no regulamento das eleições e, agora, passado algum tempo, estávamos certos. Ou seja, admitiram que já vinha ocorrendo déficit, porque o déficit operacional da Cassi começa durante o ano e não agora nesses últimos meses”, completa Fukunaga, observando que a administração teve tempo suficiente para promover mudanças estruturais que proporcionassem sustentabilidade no longo prazo. “Esconderam esse déficit porque tinham uma chapa concorrendo, apoiada pelo banco e por diretores já presentes na entidade, entre eles o [Carlos Emílio] Flesch, [diretor de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes], pertencente ao Grupo Mais. Então perguntamos: o banco admite que apoiava o Grupo Mais nas eleições da Cassi, o que explica a razão de ter escondido o déficit operacional? Por isso que não deixou a outra chapa publicar sobre o déficit e tirou o relatório Visão Cassi do ar por cerca de seis meses?”, questiona Fukunaga. Entidades têm propostas O coordenador da CEBB destaca que os representantes dos trabalhadores não aceitaram o programa de contingenciamento colocado na mesa pela direção da Cassi, por onerar única e exclusivamente os associados. Ele ainda destacou que já existem propostas das entidades, dentre elas estão o retorno da taxa administrativa, já acordada na Reforma Estatutária; recursos de decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre ressarcimento de ações trabalhistas, onde parte que é devida pelo banco seria direcionada à Cassi; e por fim, que o BB, como patrocinador, assuma das despesas que a Cassi teve no combate à covid-19. “Parte dessas propostas já foram aceitas e reconhecidas pelo banco o que falta da Cassi é cobrar. Então, porque onerar os associados antes de cobrar que o banco responda a esses pedidos? E como são capazes de propor essa discussão que onerar os associados, na véspera de mudança do governo? Ou seja, essa atual administração, indicada pelo banco, quer mostrar somente agora serviço, onerando o associado com o lucro astronômico que o BB teve, sendo que pode ser que eles saiam da Cassi, com as mudanças no Planalto?”, pontua Fukunaga. Estratégia Saúde da Família “Com a Reforma Estatutária de 2018/2019, a Cassi assumiu o compromisso de ampliar a Estratégia Saúde da Família (ESF). E eles nunca apresentaram o relatório a respeito desse compromisso. Hoje foi dito que temos 240 mil famílias na ESF e que a meta colocada pelo presidente da Cassi é crescer 600 mil em apenas seis meses. Ou seja, o que eles não fizeram em cinco anos, querem fazer em seis meses?”, conclui o coordenador da CEBB, arrematando que, em 2018, a Accenture, empresa de consultoria contratada pela própria Cassi, já recomendava a ampliação do modelo que melhora resultados de saúde, otimizando custos.

Lucro do Itaú supera R$ 23,1 bilhões nos nove meses do ano

O Itaú Unibanco atingiu um lucro líquido de R$ 23,118 bilhões nos primeiros nove meses de 2022, alta de 17,2% em relação ao mesmo período do ano passado. No terceiro trimestre do ano corrente (julho até setembro), o lucro líquido foi de R$ 8,07 bilhões, alta de 5,2% em relação ao trimestre anterior. Entre os maiores bancos do país, o resultado deixa o Itaú apenas atrás do Banco do Brasil. Apesar dos números positivos, a instituição privada fechou 247 agências físicas no país em detrimento da abertura de 189 agências digitais nos últimos doze meses, ressaltou o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Jair Alves, completando que, nos últimos anos, a holding acelerou o processo de transformação digital. “Quando olhamos os dados de emprego, vemos que, no terceiro trimestre de 2022, o Itaú conta com 88.279 empregados no país, com abertura de 2.084 postos de trabalho nos últimos doze meses. Entretanto, esse saldo positivo se deve a contratações para a área de TI”. O porta-voz dos funcionários do Itaú frisou ainda que o lucro elevado do banco reflete a difícil situação econômica do país. “A própria instituição confirma isso no relatório recente, quando observa que a elevação do seu lucro é reflexo do aumento da taxa de juros Selic”, pontuou. Outros fatores elencandos pelo Itaú Unibanco que favoreceram para os resultados positivos foi o crescimento da carteira de crédito e a mudança no “mix” da carteira no segmento do varejo, permitindo crescimento de 29,4% da margem financeira com clientes. A Carteira de Crédito do banco cresceu 15,4% em doze meses e 2,5% no trimestre, atingindo R$ 1,111 trilhão. As operações com pessoas físicas no Brasil cresceram 27,0% em doze meses, totalizando R$ 384,7 bilhões, com destaque para crédito pessoal (+36,3%), cartão de crédito (+32,7%) e crédito imobiliário (+27,4%). O crédito à pessoa jurídica apresentou alta de 13,8% no período, totalizando R$ 301,0 bilhões. Enquanto o crescimento de micro e pequenas empresas foi de 15,1% em doze meses, alcançando 159,9 bilhões.  Já o retorno recorrente gerencial sobre patrimônio líquido (ROE) do banco privado sofreu aumento de 21,3% no segundo trimestre, com alta de 1,7% em doze meses. Retorno para funcionários “Com esses lucros, o Itaú tem todas condições para melhorar a remuneração dos seus funcionários, através de programas próprios existente, onde COE e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) vêm cobrando do banco o pagamento proporcional do programa GERA para as áreas comercial e varejo”, disse Jair. “Já iniciamos a tratativa de renovação do PCR (Programa Complementar Remuneração e da Bolsa Educação) e esperamos obter um bom valor, com esses resultados do banco”, pontuou. Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pela equipe da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Como podemos ajudar?