Itaú comunica novo programa de remuneração “Decola”
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com a direção, na tarde de quinta-feira (30), para conhecer o novo programa de remuneração, Decola. Segundo representantes do banco, o programa visa trazer maior equilíbrio entre o peso coletivo, o individual e a satisfação dos clientes. Jair Alves, coordenador da COE Itaú, lamenta que o programa tenha começado a vigorar já nesta sexta-feira (1), deixando muitos trabalhadores com dúvidas com relação aos procedimentos e a contratação das metas. “Queremos entender o programa para que possamos acompanhar os trabalhadores no dia a dia e o que irá impactar na renumeração. Já no primeiro dia recebemos uma série de questionamento de trabalhadores em todo o país”. Depois de cobrança da COE, o banco se comprometeu a fazer reuniões em todas a regionais para sanar as dúvidas dos trabalhadores com relação ao novo programa. Outra conquista foi a criação de um grupo de trabalho para discutir e entender o antigo programa de remuneração, o GERA, ponto a ponto. “A ideia é que no futuro possamos construir um acordo coletivo de trabalho justo que comtemple todos os trabalhadores”, completou o coordenador.
Comando da Caixa sabia de assédio e acobertou casos até com promoções, dizem ex-dirigentes
O comando da Caixa Econômica Federal sabia dos casos de assédio do atual presidente, Pedro Guimarães, e acobertou as denúncias, inclusive com promoções, relataram três ex-integrantes dos conselhos de Administração e Fiscal da instituição. Os primeiros casos chegaram aos canais de denúncia do banco ainda em 2019, quando Pedro Guimarães assumiu a presidência. Segundo os relatos, mulheres vítimas do assédio de Guimarães que aceitavam não levar adiante as denúncias foram transferidas, receberam cargos em outras instituições públicas ou ficavam temporadas no exterior, em cursos. Já quem ajudava Guimarães a acobertar os casos chegou a receber promoção. Outros executivos da instituição deixaram o banco porque não aguentaram o ambiente de assédio, que também era moral. Um ex-dirigente conta que, em reuniões do conselho e da diretoria, Guimarães gritava com auxiliares e xingava subordinados, inclusive com palavrões. As áreas de “compliance” e a ouvidoria eram pressionados pelo próprio presidente do banco, segundo outro relato. “É preciso uma ampla investigação na instituição, porque diversos casos eram de conhecimento da cúpula da casa”, afirmou ao blog um ex-conselheiro. Um caso que deve entrar também na mira do Ministério Público é o de um segurança que trabalhava na garagem da instituição e que acabou demitido depois de flagrar a conduta impropria de Guimarães em relação a uma assessora dentro de um carro. Além de pressionar subordinados com demissão, Guimarães usava a proximidade com o presidente Jair Bolsonaro para garantir o silêncio dentro do banco, segundo os relatos. “A publicidade deste caso se deve à corajosa atitude de mulheres que denunciaram o assédio sofrido. A instituição falhou miseravelmente em coibir atitudes improprias e fazer valer regras básicas de governança”, afirmou um dos ex-dirigentes. Fonte: G1