Empregados da Caixa reivindicam protocolos contra a Covid-19

Durante o Fórum de Condições de Trabalho, dirigentes sindicais cobraram menos metas e melhores condições de trabalho para a proteção da vida dos trabalhadores e da população Aperfeiçoar os protocolos de saúde e segurança na Caixa contra a Covid-19, oferecer melhores condições de trabalho aos empregados e proteger a vida de toda a população. Foram essas as principais reivindicações dos dirigentes do movimento sindical aos representantes da Gestão de Pessoas (Gipes) durante a reunião do Fórum Condições de Trabalho. O encontro on-line, aconteceu nessa quinta-feira (17), e definiu pontos de discussão para que o banco público amplie os cuidados com os empregados das unidades. Os trabalhadores também cobraram uma mesa específica para debater o Saúde Caixa. Segundo a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt, algumas lacunas do protocolo da Caixa acabam dificultando o entendimento dos gestores. “Por mais que estejam escritos, não temos protocolos claros executados na Caixa. A informação não está chegando às agências e, mesmo quando chega, não está sendo cumprida. Isso é o mínimo que deveria ser feito. Quanto mais claro ficar as regras, mais fácil será para o gestor ter respaldo e embasamento para tomar decisões. O motivo da reunião também foi rever os protocolos atuais e tentar avançar em itens que hoje não atendem as demandas das unidades”, explicou. Outro ponto de debate foram as metas cobradas pela Caixa. Além de deixarem os empregados sobrecarregados e adoecidos, as cobranças têm atingido diretamente o cumprimento dos protocolos. “A nossa avaliação é que as metas são desumanas e por conta disso tem todo o descumprimento de protocolos porque as pessoas querem cumprir aquilo que está sendo estipulado, até para manteres suas funções. As pessoas querem se sentir valorizadas e cuidadas pela empresa. O que ouvimos é que os empregados estão em segundo lugar e em primeiro estão em metas”, afirmou a coordenadora da CEE. O problema com o cumprimento dos protocolos da Caixa foi pauta na reunião do Comando Nacional dos Bancários com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A falha foi apontada pela ampla maioria dos presidentes de sindicatos, segundo apontou Antonio Firmino (Fetec-PR). Neste Fórum, a direção da Caixa está se mostrando preocupada em ouvir as reivindicações dos trabalhadores e construir melhores condições de trabalho para todos. A gestão do banco informou ainda que está comprando máscaras PFF 2. A ação está em fase de compra e deve atingir não apenas os empregados maiores de 60 anos, conforme a portaria interministerial n° 14, mas todos os empregados. Os dirigentes do movimento sindical solicitaram que a Caixa viabilize as respostas para a próxima reunião do Fórum, que foi agendada para a próxima quinta-feira (24), das 14h30 às 16h. Confira outras reinvindicações feitas no Fórum Condições de Trabalho: Prorrogação das certificações CPA 10 e CPA 20. Por conta da pandemia, muitos empregados estão com problemas em remarcar a prova na Ambima. Segundo a Caixa, a área responsável já está em tratativas com a Associação. Clareza e efetividade quanto as higienizações das unidades. Suspensão das metas do Conquiste ou metas mais razoáveis. Fechamento de unidade quando na impossibilidade de atendimento e/ou possibilidade da Caixa fazer uma comunicação para informar a população que a agência está em contingenciamento com atendimento apenas de serviços essenciais. Redução do horário de atendimento das agências à população. A mudança possibilitaria o empregado focar em outras atribuições. Considerando o piloto do atendimento do interaxa nas agências digitais referente a região norte, importante acompanhamento para não sobrecarregar mais estes empregados. Avaliar a questão dos credenciamentos e descredenciamento dos médicos no Saúde Caixa. Suspensão das visitas externas durante a pandemia. Fonte: Fenae

Contraf-CUT é contra gestantes voltarem ao trabalho presencial durante pandemia

Secretária da mulher classifica como inamissível projeto aprovado pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (16) “Defender que a grávida fique em casa durante a pandemia é não só defender a vida da trabalhadora como também defender a vida que ela está gestando. É inadmissível que a mulher grávida, que fica tão sensível a uma série de aspectos, tenha a sua vida colocada em risco”, lamentou Elaine Cutis, secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), ao comentar a aprovação projeto que muda regras sobre o trabalho de gestantes durante a pandemia, prevendo sua volta ao presencial, aprovado pela Câmara dos Deputados, na quarta-feira (17). Para Elaine, o projeto não é só completamente equivocado, como também fora de hora. “Estamos num momento de aumento no número de mortes pela Covid-19 e todas as suas variantes. O próprio Comando Nacional dos Bancários negocia a continuidade do home office para preservar a vida das trabalhadoras e dos trabalhadores”. Na votação de quarta, o plenário da casa rejeitou emenda do Senado ao Projeto de Lei (PL) 2058/21, de autoria do deputado Tiago Dimas (Solidariedade-TO), que muda a Lei 14.151/21. Essa alteração garantiu o afastamento da gestante do trabalho presencial com remuneração integral durante a emergência de saúde pública do novo coronavírus. Agora, exceto se o empregador optar por manter a trabalhadora em teletrabalho com a remuneração integral, a gestante deverá retornar à atividade presencial. O projeto que permite a volta ao trabalho presencial de gestantes foi criticado por diversos parlamentares. A bancária Erika Kokay (PT-DF) foi contrária ao PL, juntamente com outras deputadas de oposição que tentaram obstruir a votação nesta quarta-feira. “Em vez de defender as mulheres, é um projeto misógino, contra as mulheres. Nem aquelas com comorbidades estarão protegidas”, afirmou Kokay. Perpétua Almeida (PCdoB-AC) também criticou e questionou o fato de parlamentares permanecerem trabalhando remotamente, e as gestantes, não. “Fomos até a madrugada de hoje defendendo a Lei das Grávidas, que até aqui salvou muitas mulheres e seus bebês, ao garantir o afastamento delas do trabalho presencial nestes tempos de pandemia. Infelizmente, deputados e deputadas, sob orientação do governo Bolsonaro, derrubaram trechos importantes da lei. É sempre assim: quando a maldade é muito grande, vota-se na calada da noite, madrugada adentro”, criticou ela. O contraponto ao projeto que permite o retorno presencial de gestantes também foi endossado pela deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP), que chamou a aprovação de “negacionismo da Câmara”. “Com o apoio de negacionistas, a Câmara aprovou ontem um PL que retira o direito das gestantes ao teletrabalho, mesmo neste momento crítico da pandemia. Os mesmo que se dizem ‘defensores da vida’ colocam em risco mulheres que ainda não estão com o esquema vacinal completo”, disse em seu Twitter. Fonte: Contraf-CUT, com informações da Rede Brasil Atual.