Teletrabalho, banco de horas e controle de jornada em debate na Caixa

Negociações estão travadas devido a imposições do banco A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal quer voltar a debater sobre o teletrabalho pós-pandemia e o controle da jornada dos empregados que realizam seu trabalho em home office. As negociações sobre os temas estão paradas desde 7 de outubro, quando ocorreu a última reunião de negociação sobre o tema. “As negociações estão travadas porque o banco não concorda em realizar o controle da jornada para quem realiza seu trabalho em home office e quer vincular o acordo sobre teletrabalho após a pandemia com a aceitação do debate sobre banco de horas”, resumiu a coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Negociações Na última reunião houve sinalização positiva do banco para avançar em alguns pontos propostos pelos representantes dos empregados, como a redução do prazo de compensação das horas-extras e o aumento do valor da ajuda de custo. Houve progresso também na discussão sobre o acesso dos sindicatos aos empregados em trabalho remoto. Mas, permanecem os impasses sobre o controle da jornada no trabalho remoto. O banco quer estabelecer que o controle seja facultativo, mediante negociação entre o gestor e o empregado. Para Fabiana, este ponto é inegociável. “Para nós é extremamente importante e o acordo não avançará se não houver controle de jornada para todos os empregados que estão em teletrabalho ou home office”, disse ao lembrar que são diversas as situações em que a Caixa abusa da jornada de trabalho para quem não tem registro de ponto. “E o registro deve refletir o modelo de trabalho presencial, assim como é feito no Banco do Brasil e em outros bancos. A Caixa é o único banco que adota teletrabalho sem controle de jornada”, completou a dirigente da Contraf-CUT. Rogério Campanate, integrante da CEE e presidente da Associação de Gestores da Caixa (Agecef) do Rio de Janeiro, acrescentou que o registro facultativo não dá garantias ao trabalhador. “Enquanto a gente não encontrar uma forma de garantir ao empregado que a opção é realmente dele, vamos nos manter contrários ao registro de ponto facultativo”, ressaltou. Teletrabalho “É importante que os empregados entendam que o que queremos negociar é o teletrabalho após a pandemia, não o acordo de teletrabalho que está em vigência em virtude da pandemia de Covid-19”, alertou o presidente da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal do Estado de São Paulo (Apcef-SP), Leonardo Quadros. Leonardo lembrou que a Caixa se desfez de muitos prédios onde funcionavam unidades administrativas do banco e de agências e que quando houver a possibilidade de retorno ao presencial, muitos empregados não terão estação de trabalho para ocupar. “O banco quer manter estas pessoas na modalidade remota, mas não pode se aproveitar desta situação, aplicando o que está previsto pelo RH 226 e lucrando com a extrapolação de jornada e a transferência de custos da empresa para os empregados”, disse. O RH 226 é um normativo interno do banco que trata das modalidades de trabalho na Caixa. “É dever do banco garantir que o empregado tenha um local de trabalho. Esse ônus não pode ser transferido para os trabalhadores. Infelizmente, com esta direção, precisamos lutar muito para garantir estas condições e todos os direitos da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) aos empregados que estejam em home office”, concluiu Leonardo. A coordenadora da CEE/Caixa acrescentou ainda que estes temas são de extremo interesse dos empregados e que é importante que todos participem dos debates junto aos seus sindicatos e outras entidades associativas e de representação dos trabalhadores. Fonte: Contraf-CUT

Nova denúncia de uso pessoal e político da Caixa atinge presidente do banco

O uso pessoal e político-eleitoral da Caixa Econômica Federal pelo presidente do banco, Pedro Guimarães, foi, mais uma vez, denunciado pela imprensa. Uma reportagem da Agência O Globo, publicada no site da revista Exame, chama a atenção para a proposta de uso de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para criar um programa de microcrédito para pequenos empreendedores, micro e pequenas empresas, mesmo que tenham nome negativado. Segundo a reportagem, o objetivo é “ampliar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro no caminho à reeleição em 2022” e o uso de recursos do FGTS está sendo estudado devido a pouca margem no Orçamento da União. “Realmente é preciso criar linhas de crédito para os pequenos empreendedores, pequenas e microempresas. Ainda mais neste momento de crise. Estas empresas são as que mais criam empregos e isso é uma forma de girar a economia”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. Tributar os super-ricos Mas, para Fabiana, existem problemas na proposta que, segundo a reportagem, está em estudo. “Eles querem cobrir um santo, mas vão descobrir o outro. Ou seja, para criar a linha de crédito aos pequenos empresários, eles querem tirar recursos que, por lei, são destinados para a construção da casa própria, saneamento e infraestrutura urbana, que também geram muitos empregos. Ao invés de jogar recurso de um segmento para outro, deviam taxar os super-ricos, mudando a lógica de tributação sobre o consumo e passando a taxar sobre a renda, sobre a riqueza. Assim seria possível aumentar a arrecadação sem onerar os mais pobres e haveria dinheiro para financiar as pequenas empresas”, explicou a coordenadora da CEE, que também é secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A Contraf-CUT é uma das entidades que encabeçam a campanha “Tributar os Super-Ricos”, que apresentou ao Congresso Nacional oito propostas para se aumentar a arrecadação tributária isentando a população de menor renda e cobrando mais impostos de apenas 0,3% da população mais rica, os super-ricos. Campanha política Para Fabiana, no entanto, o mais grave é o uso dos recursos do FGTS, que pertencem aos trabalhadores, para uso pessoal e político-eleitoral. “O Pedro Guimarães precisa parar com isso. Não é a primeira, nem a segunda vez que ele usa a Caixa e os recursos que ela administra para se autopromover e para buscar tirar Bolsonaro do buraco eleitoral no qual ele se enfiou. Se ele não para, é preciso que alguém o pare!”, disse indignada a representante dos empregados. Segundo a Agência O Globo, os estudos do governo preveem a utilização de R$ 13 bilhões do FGTS como garantia para empréstimos a 20 milhões de pequenos empreendedores, micro e pequenas empresas, mesmo que tenham nome sujo no SPC e Serasa. Cada pessoa, segundo o estudo, poderá tomar empréstimos de apenas R$ 500 a R$ 15 mil. Fonte: Contraf-CUT

Sindicatos conquistam reintegração de funcionários do Bradesco e do Santander

Danielle Christine Braga, Fabiano Reis Fita e Rodolpho Lourenço, bancária do Santander S/A e bancários do Bradesco, respectivamente, em agências de Volta Redonda, Duque de Caxias e Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, têm o que comemorar nas festas de final de ano, porque não fazem mais parte da estatística de desempregados no país. Os três trabalhadores tiveram suas demissões revertidas graças à atuação do movimento sindical, que buscou a Justiça para que os bancos cumprissem o compromisso firmado de não haver demissão durante o período de pandemia da Covid-19. Fabiano é da base do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Danielle pelo Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense e Rodolpho Lourenço pelo Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes e Região. Logo quando foram desligados, os três procuraram atendimento dos departamentos Jurídico e de Saúde de seus respectivos sindicatos. A Justiça concedeu um Mandado de Segurança que determinou a reintegração de Fabiano Reis Fita no dia 8 de dezembro, na agência Centro do Bradesco em Duque de Caxias. No dia seguinte, 9 de dezembro, foi a vez da Danielle Christine Braga ser reintegrada ao quadro de funcionários do Banco Santander S/A na agência Volta Redonda. O Juiz da 1ª Vara do Trabalho de Volta Redonda, que avaliou o caso da bancária admitida em 2005 e demitida pelo Bradesco em janeiro de 2021, determinou ainda o pagamento de todas as verbas salariais não creditadas durante o período em Danielle esteve afastada. E, mais recentemente, em 16 de dezembro, dia em que ocorreu também o Dia Nacional de Luta dos trabalhadores do Bradesco, em todo o país contra demissões, cobrança de metas abusivas e a retirada das portas giratórias de segurança em diversas unidades do banco, ocorreu o cancelamento da demissão de Rodolpho Lourenço na agência 0065, no calçadão do centro financeiro da cidade de Campos dos Goytacazes. Importância dos sindicatos Rodolpho estava com 14 anos de carreira no Bradesco quando foi desligado. “Não esperava a demissão. Foi um baque pra mim, que já estava em tratamento de depressão”, contou o bancário, que é casado com uma professora e tem dois filhos. A Justiça determinou o cancelamento da demissão, depois de quase dois meses, por Rodolpho ser portador de doença ocupacional que afetou os dois ombros. “Hoje a sensação é de felicidade, de tranquilidade, e o apoio do sindicato foi fundamental para que eu pudesse retornar ao banco”, comemorou. Esses três casos reafirmam a importância de bancárias e bancários sindicalizarem-se. “O sindicato atua em várias frentes, com o Departamento Jurídico e de Saúde. Especificamente nos casos de demissões, o bancário associado deve nos informar seu desligamento acessando o nosso site, na aba ‘Serviços/Departamento Jurídico’ e preenchendo o formulário. Nem todos os bancos fazem homologação na entidade, inviabilizando a ciência do desligamento e, consequentemente, a nossa ação imediata. Estas precauções permitem que a entidade verifique a regularidade do desligamento, o correto pagamento dos direitos e subsidie a luta em defesa da manutenção dos empregos na categoria”, observou o presidente do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, Júlio Cunha. Fonte: Contraf-CUT

Sindicatos conquistam reintegração de funcionários do Bradesco e do Santander

Danielle Christine Braga, Fabiano Reis Fita e Rodolpho Lourenço, bancária do Santander S/A e bancários do Bradesco, respectivamente, em agências de Volta Redonda, Duque de Caxias e Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, têm o que comemorar nas festas de final de ano, porque não fazem mais parte da estatística de desempregados no país. Os três trabalhadores tiveram suas demissões revertidas graças à atuação do movimento sindical, que buscou a Justiça para que os bancos cumprissem o compromisso firmado de não haver demissão durante o período de pandemia da Covid-19. Fabiano é da base do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Danielle pelo Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense e Rodolpho Lourenço pelo Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes e Região. Logo quando foram desligados, os três procuraram atendimento dos departamentos Jurídico e de Saúde de seus respectivos sindicatos. A Justiça concedeu um Mandado de Segurança que determinou a reintegração de Fabiano Reis Fita no dia 8 de dezembro, na agência Centro do Bradesco em Duque de Caxias. No dia seguinte, 9 de dezembro, foi a vez da Danielle Christine Braga ser reintegrada ao quadro de funcionários do Banco Santander S/A na agência Volta Redonda. O Juiz da 1ª Vara do Trabalho de Volta Redonda, que avaliou o caso da bancária admitida em 2005 e demitida pelo Bradesco em janeiro de 2021, determinou ainda o pagamento de todas as verbas salariais não creditadas durante o período em Danielle esteve afastada. E, mais recentemente, em 16 de dezembro, dia em que ocorreu também o Dia Nacional de Luta dos trabalhadores do Bradesco, em todo o país contra demissões, cobrança de metas abusivas e a retirada das portas giratórias de segurança em diversas unidades do banco, ocorreu o cancelamento da demissão de Rodolpho Lourenço na agência 0065, no calçadão do centro financeiro da cidade de Campos dos Goytacazes. Importância dos sindicatos Rodolpho estava com 14 anos de carreira no Bradesco quando foi desligado. “Não esperava a demissão. Foi um baque pra mim, que já estava em tratamento de depressão”, contou o bancário, que é casado com uma professora e tem dois filhos. A Justiça determinou o cancelamento da demissão, depois de quase dois meses, por Rodolpho ser portador de doença ocupacional que afetou os dois ombros. “Hoje a sensação é de felicidade, de tranquilidade, e o apoio do sindicato foi fundamental para que eu pudesse retornar ao banco”, comemorou. Esses três casos reafirmam a importância de bancárias e bancários sindicalizarem-se. “O sindicato atua em várias frentes, com o Departamento Jurídico e de Saúde. Especificamente nos casos de demissões, o bancário associado deve nos informar seu desligamento acessando o nosso site, na aba ‘Serviços/Departamento Jurídico’ e preenchendo o formulário. Nem todos os bancos fazem homologação na entidade, inviabilizando a ciência do desligamento e, consequentemente, a nossa ação imediata. Estas precauções permitem que a entidade verifique a regularidade do desligamento, o correto pagamento dos direitos e subsidie a luta em defesa da manutenção dos empregos na categoria”, observou o presidente do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, Júlio Cunha. Fonte: Contraf-CUT