Pioneirismo do Santander prejudica funcionários
Mais uma vez o Santander saiu na frente na implantação de mudanças que trazem prejuízos aos trabalhadores do sistema financeiro Desde o dia 4 de setembro, o banco Santander voltou a abrir suas agências das 9h às 10h para atendimento prioritário e das 10h às 16h para o público em geral. Nenhum outro banco retomou o horário de atendimento pré-pandemia. A medida foi tomada sem qualquer tipo de negociação com a representação dos trabalhadores. “Na ocasião lamentamos a atitude do banco, mostramos nossa discordância e alertamos que isso prejudicaria os funcionários, que estariam mais expostos ao vírus da Covid-19. Menos de um mês após a medida, já constamos grandes filas nas agências após às 14h, quando os demais bancos já estão fechados ao público. Isso causa aglomerações e aumenta ainda mais os riscos para clientes e funcionários”, alertou o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na mesa de negociações com o banco, Mario Raia. O dirigente da Contraf-CUT lembrou, ainda, que o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos funcionários determina que, qualquer medida que tenha consequências diretas no dia a dia de trabalho, deve ser negociada com o movimento sindical, se referindo ao Comitê de Relações Trabalhistas, previsto na cláusula 35 do ACT, que em seu parágrafo primeiro define que as demandas do Santander e dos empregados, que não tratem de questões econômicas e de interesse local dos sindicatos, deverão ser encaminhadas através do Comitê. Pioneiro A volta da abertura das agências até às 16h era uma pauta que estava sendo debatida entre os bancos que fazem parte da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), mas não houve consenso e o encaminhamento foi de que a medida seria tomada de forma individual. “O Santander, como sempre, é o pioneiro entre os bancos nestas questões que podem causar algum dano aos trabalhadores. O banco não tem medo de mostrar que não se importa com o que possa acontecer com seus funcionários. A única coisa que importa é o lucro”, lamentou o dirigente da Contraf-CUT. Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) avaliou as condições de teletrabalho da categoria após mais de um ano de duração dessa modalidade neste período de pandemia de Covid-19. Mais de 13 mil bancárias e bancários responderam ao questionário, que aponta maior incidência de diagnóstico positivo de Covid-19 (38%) entre os que permaneceram no trabalho presencial do que entre aqueles que passaram à modalidade em home office (23%). Chamou a atenção o fato de que o banco que menos colocou trabalhadores em teletrabalho foi o que mais teve registros de contaminação. Fonte: Contraf-CUT
Entenda porque votar sim na proposta do Saúde Caixa
Bate-papo ao vivo acontece nesta terça-feira, 26, quando será apresentada a proposta que estará em pauta nas assembleias de quinta e sexta-feira; Contraf-CUT, Fenae, Comando Nacional dos Bancários, sindicatos e federações de suas bases indicam voto sim na proposta construída pelo GT formado pela Caixa com as entidades da base do Comando A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) farão, nesta terça-feira (26), a partir das 19h, um bate-papo ao vivo, pela TV Contraf (Youtube), e pelas página no Facebook da Contraf-CUT, da Fenae e de diversos sindicatos e federações com os empregados da Caixa Econômica Federal, principalmente com aqueles que são participantes do Saúde Caixa, sobre a proposta que irá à votação nas assembleias que serão realizadas pelos sindicatos da categoria na quinta (28) e sexta-feira (29), dependendo do sindicato. Além de explicar a proposta, a live explicará como cada deve fazer para participar da assembleias. Por exemplo, que os empregados, participantes do Saúde Caixa da ativa deverão votar nas assembleias de seus respectivos sindicatos. Os aposentados devem votar no sindicato que era de sua base quando ocorreu a aposentadoria. Os participantes da Funcef devem votar no sindicato da base da agência onde recebe os proventos. Assembleias As assembleias de deliberação sobre a proposta de modelo de gestão e custeio do Saúde Caixa acontecerão nos dias 28 e 29 de outubro. A Contraf-CUT disponibilizará um sistema de votação eletrônico, pela internet aos sindicatos, mas os sindicatos do Espírito Santo, Bahia, Sergipe e São Paulo, Osasco e Região votam em sistema próprio. Assim, quando se aproximar o dia da assembleia, cada empregado deverá acessar o link acima, ou os sites destes sindicatos e procurar o link de votação. Todo empregado, da ativa, ou aposentado, participante do Saúde Caixa tem direito ao voto. Basta acessar o link, inserir seu número de matrícula (sem o zero à esquerda e sem o dígito) e o sistema apresentará três nomes. Clique sobre o próprio nome. Depois é só votar. “O voto será sim, não, ou abstenção. Defendemos o voto SIM nas bases dos sindicatos filiados à Contraf-CUT, pois a proposta mantém todos os princípios do plano, sem cobranças individuais de valor mínimo de acordo com faixa, pois isso prejudica quem ganha menos, os aposentados e os mais idosos”, defendeu a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Contraf-CUT. “Se a proposta não for aprovada, a Caixa poderá aplicar os reajustes como quiser e isso inviabilizará a continuidade no plano dos aposentados e de quem ganha menos”, completou. Resumo da proposta Mantem o modelo atual, onde: a participação da CAIXA no custeio das despesas assistenciais e administrativas limitada a 70% do montante ou ao teto de 6,50%, o que for menor; mensalidade do titular no valor de 3,5% da remuneração base e uma mensalidade adicional de 0,4% para cada dependente direto cadastrado no plano, limitado ao teto de 4,3% por titular; mensalidade de 0,4% para cada dependente indireto; tratamentos oncológicos e internações são isentos de coparticipação; coparticipação para consulta em pronto socorro / atendimento corresponderá ao valor fixo de R $ 75 (setenta e cinco reais); teto anual de R $ 3.600,00 (três mil e seiscentos reais) por grupo familiar; sem aumento nas mensalidades mês a mês, mas com a instituição de uma mensalidade extraordinária também sobre o 13º salário para atender a necessidade de aumento da arrecadação; utilização da reserva técnica para evitar contribuições extraordinárias em caso de déficit; manutenção do GT Saúde CAIXA com maior acesso a relatórios, dados, acompanhamento de credenciamento e descredenciamento com vistas a dar suporte para a mesa permanente. Fonte: Contraf-CUT