Manual de retorno ao trabalho presencial começa a ser debatido no Banco do Brasil
Grupo técnico da comissão bipartite se reuniu nesta segunda-feira; reunião política definirá o documento O grupo técnico da comissão bipartite para a construção de um manual de conduta dos funcionários do Banco do Brasil no retorno ao trabalho presencial se reuniu no final desta segunda-feira (4). Composto por advogados e médicos do trabalho por parte do banco e assessores de saúde do movimento sindical, o grupo analisou a proposta de manual do BB e fez uma série de apontamento para garantir a tranquilidade e a saúde os trabalhadores que retornarão. O movimento sindical reforçou o uso obrigatório de máscaras PFF2/N95, fornecidas pelo banco, a necessidade de higienização, sanitização e a reformulação do layout das estações de trabalho, a proibição de comemorações e a realização de eventos que gerem aglomerações nos ambientes de trabalho. “Cobramos também a adequação dos aparelhos de ar-condicionado, da ventilação e da purificação, com a correta manutenção. Queremos ainda garantir o acompanhamento dos locais pelas CIPAs e pelos sindicatos”, cobrou a secretária de Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o BB, Fernanda Lopes. O relatório final da reunião foi entregue para o banco. “Aguardamos agora a marcação de uma reunião para fecharmos o manual e garantir que todos os funcionários que retornarem ao trabalho presencial estejam seguros, livre de riscos à sua saúde”, finalizou coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) João Fukunaga. Fonte: Contraf-CUT
Presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, vê ilegalidade e imoralidade na conta que Paulo Guedes tem em paraíso fiscal “O próprio ministro da Economia não confia no país, não vê segurança no Brasil. É uma coisa absurda para quem ocupa esse posto, que está gerindo a política econômica. O ministro Paulo Guedes está ganhando uma grana preta com o dólar em alta e está apostando contra a própria economia do Brasil”, declarou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, sobre a denúncia de que o ministro da Economia mantém empresa em paraíso fiscal. Para a presidenta da Contraf-CUT, o fato de o ministro da Economia depositar seus próprios recursos no exterior demonstra a falência da política do governo. “Paulo Guedes não tem confiança em sua própria política econômica. As pessoas investem foram quando não têm confiança no país. O problema é que Paulo Guedes é o gestor da política econômica que ele próprio desconfia. Também não confia na política monetária do banco Central. Fica claro também que o ministro da Economia está fazendo gestão para uma minoria”, observa Juvandia Moreira A denúncia foi divulgada neste domingo (3) pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), e foi batizada de Pandora Papers. A imprensa mundial repercutiu a denúncia, inclusive a brasileira. A denúncia envolve políticos e grandes empresários. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, é outra autoridade brasileira que aplica dinheiro em paraísos fiscais. Medo, fuga ou lavagem de dinheiro? “Será que eles têm receio sobre o futuro do país ou porque estão fugindo de tributação ou ainda porque possam estar lavando dinheiro? É uma coisa ilegal, no mínimo imoral”, questionou a presidenta da Contraf-CUT. O Código de Conduta da Alta Administração Federal proíbe “investimento em bens cujo valor ou cotação possa ser afetado por decisão ou política governamental a respeito da qual a autoridade pública tenha informações privilegiadas”. Guedes e Campos Neto serão investigados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que pretende apurar as offshores ligadas ao ministro e ao presidente do Banco Central. Os dois também serão alvo de representação de líderes da oposição, protocolada junto ao Ministério Público Federal. Encouraçado Internacional Em setembro de 2014, com o mercado financeiro agitado diante da iminência da reeleição de Dilma Rousseff (PT), o Banco Central interveio para conter a alta do dólar. Nesse mesmo mês, Paulo Guedes fundou a Dreadnoughts International, uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal no Caribe. Nos meses seguintes, Guedes aportou na conta da offshore, aberta numa agência do banco Crédit Suisse, em Nova York, a quantia de 9,55 milhões de dólares, o equivalente a 23 milhões de reais na época. A alta do dólar desde 2019 fez com que o patrimônio da Dreadnoughts International valorizasse pelo menos R$ 14 milhões. Hoje, o equivalente em reais dos US$ 9,55 milhões aportados na empresa é de R$ 51 milhões. A tradução de Dreadnoughts International é “Encouraçado Internacional”. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também recorreu a outro paraíso fiscal. A denúncia é que ele é dono da Cor Assets S.A., uma offshore no Panamá. Fonte: Contraf-CUT