Congressos dos bancos públicos refletem sobre o Brasil que quereremos

Ataques aos bancos, empresas públicas e a toda a classe trabalhadora é destaque da abertura dos eventos Na abertura dos congressos dos bancos públicos federais, na noite desta sexta-feira (6), a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, destacou a importância das entidades sindicais da categoria bancária na defesa dos bancos públicos, das demais empresas públicas e da classe trabalhadora. “Nossa organização é nacional, com militantes em todas as regiões do país. Por isso, temos a obrigação de defender os bancários e as bancárias desses bancos, mas também temos obrigação de defender esses bancos como ferramenta de desenvolvimento econômico com distribuição de renda. Esses bancos têm um papel social, eles foram criados para isso”, disse Juvandia “Temos que ter um o projeto de nação, de soberania nacional e é isso que está sendo atacado. A democracia está sendo atacada. Nós somos representantes dos trabalhadores, estamos do lado dos trabalhadores e vamos estar sempre, sempre que tiver um ataque nós vãos lutar contra. Taí a importância de estar realizando os congressos dos bancos públicos neste momento. Nós não podemos achar normal que mais de meio milhão de brasileiros perderam a vida, porque não tinha vacina, porque o governo não quis comprar vacina. É uma política genocida e essa política genocida, é uma política entreguista também, que ao mesmo tempo entrega as empresas públicas, que é isso que está acontecendo. O Estado tem que ser o indutor de desenvolvimento, o Estado tem que fazer o papel de distribuir renda. A gente tem que debater nesses congressos que Brasil que a gente quer e como é que esses bancos, como ferramentas, podem contribuir para um Brasil inclusivo, com justiça social, um Brasil feliz e não um Brasil como o que a gente está vendo, que é triste, é dolorido e deprimentes. A gente abre aqui esse congresso com essa obrigação, de debater os problemas que os bancários e as bancários dessas instituições estão vivendo, mas também de debater o papel dessas instituições para que a gente tenha de verdade um projeto nacional, um país soberano, democrático. Nós temos que defender a democracia.” Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e coordenadora do Comando Nacional, lembrou que em uma noite de sexta-feira tem muita gente participando do Congresso dos Bancos Públicos, lutando por um país melhor, para defender as empresas públicas. “Temos que lutar para manter nossos direitos, nossa convenção coletiva, nossos acordos de bancos públicos e privados. Foi muita luta e resistência da categoria, de gente que veio antes de nós. Estamos garantindo direitos para as futuras gerações”, disse Ivone Silva. Ela lembrou que temos atualmente um “governo fascista, de retirada de direitos”, assim como temos um Congresso tem retirado direitos. A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região alertou que todos os dias são aprovadas Medidas Provisórias e leis que retiram direitos da população. “Um exemplo é a MP1045, e lembro que lutamos para retirar a MP 936 e agora temos de volta a discussão da jornada de oito horas para os bancários. Nossa luta é muito maior do que nossa categoria. Hoje é contra a retirada de direitos que esse governo promove. Todos os sindicatos têm lutado bastante, conversando com bancárias e bancários, para cobrar seus deputados, para não cometer essas atrocidades”. Ivone citou o grande número de desempregados, os milhões de pessoas que não têm o que comer, ou os milhões que moram ruas. “Isso é uma política de estado, do capital especulativo. É desgaste do estado promovido pela imprensa, pelo Ministério Público e pela Justiça, um desgaste contra a população”, afirmou Ivone Silva. A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região citou outros ataques aos direitos trabalhistas como os promovidos pelas empresas de aplicativos que exploram os motoristas. “São os mesmos ataques promovidos pelas fintechs, elas exploram pessoas que fazem serviços bancários mas não são bancários. Temos os desafios no ano que vem, de renovação da das convenções coletivas. Mas também temos que manter forte a luta contra a privatização dos bancos públicos”, completou. Fabiana Uehara, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e secretaria da Cultura da Contraf-CUT. “A gente precisa reforçar a nossa luta em defesa dos bancos públicos, em defesa das empresas públicas, porque o papel dos bancos públicos é, principalmente, diminuir a desigualdade social tão gritante no nosso país. Se não fosse os bancos públicos, não teríamos política de investimento em cultura, saneamento, saúde e educação. São os bancos públicos, a exemplo do que aconteceu em 2008, que fazem a política anticíclica para a retomada do desenvolvimento, principalmente, em momento de crise econômica. O congresso dos bancos públicos vem reforçar essa luta pelas nossas instituições, que acima de tudo é patrimônio do povo brasileiro. No caso da Caixa, no 37º Conecef que acontece amanhã, a gente vem reforçar não só a defesa da Caixa 100% Pública, é para defender os empregados, seus direitos conquistados ao longo do tempo. É para defender, inclusive, a população. Enquanto empregada da Caixa, que eu tenho o maior dessa empresa, parabenizar todos os empregados e todos os colaboradores, porque quem faz a Caixa não é a direção da Caixa, somo nós que lutamos todos os dias atendendo a população, fazendo nosso melhor. Se a gente não faz mais, é porque não temos infraestrutura. Por isso a gente também luta por mais contratações, porque isso também fortalece não só a questão das melhorias das condições de trabalho, mas também fortalece nosso banco, fortalece a Caixa. Quanto mais empregados para a Caixa, mais Caixa para o Brasil.” A gente vive um momento importante no debate sobre as privatizações. Um governo que diz que os funcionários são importantes para o Banco do Brasil, mas que demite funcionários e desmonta o banco. Assim como acontece com os Correios, com a Caixa e com todas as empresas públicas e programas sociais. Um governo que

Jornada de trabalho corre risco na Câmara dos Deputados

Projeto que libera abertura de bancos aos finais de semana volta a tramitar na Câmara dos deputados O Projeto de Lei 1043/2019, que libera a abertura de agências bancárias aos sábados e domingos, voltou a tramitar na Câmara dos Deputados. A proposta já foi aventada diversas vezes no Congresso, tanto por meio de projetos de lei, quanto por medidas provisórias encaminhadas pelo governo Bolsonaro e foi derrubada graças à pressão dos trabalhadores e seus representantes sindicais. Para o movimento sindical, a proposta visa atender os interesses do mercado financeiro. “Hoje, os bancos já obtém lucros astronômicos com cobrança de metas absurdas dos bancários. Querem realizar essa mesma prática aos sábados e domingos para aumentar ainda mais seus lucros, sem pensar na saúde e nas condições de trabalho da categoria”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “É coisa deste governo, que governa só para os ricos. O objetivo é atender os interesses do mercado financeiro”, completou. Para o secretário de Relações do Trabalho e responsável de acompanhar as pautas de interesse dos trabalhadores que tramitam no Congresso Nacional pela Contraf-CUT, Jeferson Meira, o Jefão, os deputados que apoiam a abertura dos bancos aos sábados desconhecem totalmente o cotidiano de trabalho da categoria e da legislação de segurança bancária, ou têm algum interesse oculto na aprovação da pauta. “A pauta já surgiu no Congresso de diversas formas. Seja por projetos de lei, seja por medidas provisórias. Até mesmo colocadas como ‘jabutis’ em propostas sem qualquer ligação com o tema. Seja por sua ilegalidade, seja pela pressão exercida pelos trabalhadores, conseguimos derrubá-la. Mas o assunto, vira e mexe volta à pauta. Com certeza existem interesses escusos nisto”, ressaltou Jefão. Acordos O principal argumento de quem defende abertura dos bancos aos finais de semana é a necessidade de eventos que necessitem de serviços bancários nestes dias. Mas, a presidenta da Contraf-CUT lembrou, que para casos específicos, como a abertura durante eventos aos finais de semana e para o funcionamento de centrais de teleatendimento, já existem acordos específicos negociados com as entidades de representação dos trabalhadores e que, por isso, não há necessidade de alteração na lei. “É mais uma mostra de desconhecimento de desconhecimento do trabalho da categoria, ou de interesses escondidos por trás da mudança na lei. Talvez seja alguém que não trabalhe nem durante a semana que quer que os bancários trabalhem até aos finais de semana”, disse o secretário de Relações de Trabalho da Contraf-CUT. “Mas, já derrubamos várias vezes a proposta. Contamos com a pressão de toda a categoria para conseguir mais uma vez”, concluiu Jefão ao convocar os bancários para acessar o site da Câmara e mostrar sua contrariedade com o projeto. “É só acessar o site da Câmara e clicar em ‘discordo totalmente’”, disse.   Fonte: Contraf-CUT

Trabalhadores de bancos públicos realizam congressos nacionais a partir desta sexta-feira (6)

Além de questões específicas de cada um dos bancos, congressos debaterão a importância da defesa do papel dos bancos públicos para o desenvolvimento social e econômico, com fortalecimento do papel do Estado e das políticas públicas do país Bancários do Banco da Amazônia (Basa), Banco do Brasil (BB), Banco do Nordeste (BNB), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal realizam, a partir desta sexta-feira (6) até domingo (8) seus congressos nacionais anuais, promovidos pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pelo Comando Nacional dos Bancários, com o apoio das comissões de trabalhadores de cada um dos bancos e da Associação dos Funcionários do BNDES (AFBNDES) e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae). A abertura conjunta dos congressos acontece nesta sexta-feira, a partir das 19h, com transmissão ao vivo pelas páginas da Contraf-CUT no Facebook e Youtube. “O governo Bolsonaro promove constantes ataques às empresas públicas e aos seus trabalhadores. Os bancos públicos também são vítimas destes ataques. Vamos debater, nos congressos, questões específicas de cada um e questões gerais, como a importância da defesa do papel dos bancos públicos para o desenvolvimento social e econômico, com fortalecimento do papel do Estado e das políticas públicas do país”, informou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, que também é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Tenho certeza que este importante evento dos trabalhadores dos bancos públicos será um marco na luta em defesa do patrimônio dos brasileiros e em defesa da soberania nacional”, completou. Abertura A abertura conjunta dos congressos, que acontece nesta sexta-feira, além das presenças de representantes do Comando Nacional dos Bancários, da Contraf-CUT e das comissões de trabalhadores de cada um dos bancos, contará com a participação de representantes da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos, das Centrais Sindicais, da Fenae, da AFBNDES, Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) e da Central de Movimentos Populares (CMP). Os congressos específicos por banco serão realizados no sábado (7) e domingo (8) e contará com cobertura online pela equipe de Comunicação da Contraf-CUT, com apoio do Sindicato dos Bancários do Pará, na cobertura do 12º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco da Amazônia; do Sindicato dos Bancários do Ceará, na cobertura do 27º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste; e da AFBNDES, na cobertura do Congresso Nacional dos Funcionários do BNDES. Veja abaixo mais informações de cada um dos congressos. Sábado, 7 de agosto – 37º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Em defesa da Caixa e de seus empregados. Por um Brasil melhor – 27º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste Banco do Nordeste do Brasil e FNE juntos construindo um nordeste melhor – 12º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco da Amazônia Desenvolvendo a Região Norte e o país – Congresso Nacional dos Funcionários do BNDES Defender o BNDES é apoiar o desenvolvimento do Brasil Domingo, 8 de agosto – 32º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil Construindo juntos o futuro do Banco do Brasil Fonte: Contraf-CUT

Quadro de pessoal e fortalecimento da Caixa pública são assuntos de audiência na Câmara dos Deputados

Contraf-CUT será representada por Fabiana Uehara Proscholdt Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora da Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa) irá participar da audiência pública extraordinária da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados sobre a “Recomposição do quadro de Pessoal da Caixa (CEF) e o fortalecimento da instituição como banco genuinamente público”. A audiência virtual será realizada sexta-feira (6, a partir das 14h30, a pedido da deputada Erika Kokay (PT/DF) pelos requerimentos de números 12, 17 e 18 de 2021.   Entre os argumentos do requerimento 12, apresentado em março deste ano, está a necessidade da recomposição do quadro de pessoal do banco público. O documento justifica que “durante os últimos 5 (cinco) anos a Caixa Econômica Federal realizou vários PDVs (planos de demissão voluntária), resultando em uma redução de mais de 20 mil empregados sem a devida reposição e sem qualquer previsão de novas contratações”.  Por meio do requerimento 18, a deputada realça o papel da Caixa durante à pandemia. Eles são relativos ao serviço essencial para a população com o pagamento do auxílio emergencial, às demandas cotidianas do banco que é também o responsável pela administração do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e de programas sociais que atingem uma grande massa populacional. Em suma, são atividades essenciais para a sobrevivência da população. Kokay pede o apoio dos demais deputados e observa que “as entidades representativas dos(as) bancários(as) têm empenhados esforços para garantir o fortalecimento do banco público como também para que haja a contratação de novos funcionários visando assegurar a qualidade de atendimento à população e melhorar as condições de trabalho dos empregados, fundamentais para a consecução dos objetivos da instituição”. A discussão ao requerimento 17 da parlamentar atende à denúncia do Sindserviços-DF. Conforme o documento, os direitos dos(s) trabalhadores(as) terceirizados(as) da Caixa Econômica Federal estariam sendo violados com a mudança de contratos de diversas categorias. Copeiros, garçons e funcionários da portaria da matriz da CEF em Brasília sofreram prejuízos nos salários e benefícios mais baixos ao passarem para o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF). Para assistir ao vivo acesse aqui. Convidados   O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, Kleytton Guimarães Moraes, presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília (SEEB-DF), Isabela Freitas Santana, representante dos aprovados do último concurso da Caixa Econômica Federal, Maria Isabel Caetano, presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Trabalho Temporário, Prestação de Serviços e Serviços Terceirizáveis no Distrito Federal (Sindserviços-DF), Rita Serrano, representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Caixa(CA/CEF), Paula de Ávila e Silva Porto Nunes, procuradora do Ministério Público do Trabalho da 10ª Região, diretor de Marketing e Relacionamento Institucional da Caixa, Jairo da Silva Muniz Sobrinho e diretora de Logística e Segurança da Caixa, Angelica Djenane Philippe Correa também participarão da audiência Articulação parlamentar No último dia 7/4, por iniciativa do deputado Jorge Solla (PT-BA), a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle debateu a situação dos aprovados no concurso público realizado pelo banco em 2014, em audiência pública. No dia 5/7, a pedido do deputado federal Zé Neto (PT-BA) foram tratados o papel da Caixa no desenvolvimento do país e na recuperação da economia do país. A discussão ocorreu na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços. O parlamentar lembrou que enquanto países como o Reino Unido e os EUA estão investindo em bancos públicos e liberando recursos públicos para investimentos sociais, no Brasil há um esvaziamento da função social da Caixa e de programas que incentivam o setor produtivo da construção civil. Histórico A defesa do papel social da Caixa e sua manutenção como banco público passa por articulações com representações dos movimentos populares, câmaras municipais, prefeituras, assembleias legislativas e do Congresso Nacional. Desde 2016, a Federação e outras entidades sindicais e associativas têm buscado o apoio para fortalecer a resistência ao desmonte do banco. A atuação da Fenae resultou na criação de uma Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos, que contou com a assinatura de mais de 200 parlamentares, entre deputados federais e senadores. Fonte: Contraf-CUT

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