Sob protesto da representação dos empregados, Caixa encerra GT Saúde Caixa unilateralmente

Caixa propõe modelo de custeio que aplica integralmente a CGPAR 23; propostas, da direção da Caixa e dos empregados, serão levadas à mesa de negociação Na reunião do Grupo de Trabalho Saúde Caixa desta sexta-feira (30), a Caixa recusou a solicitação dos representantes dos empregados para prorrogar as discussões sobre a construção conjunta de um modelo de custeio viável e sustentável para os usuários. Além disso, o banco apresentou uma proposta que aplica integralmente a resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR)- que estabelece contribuição paritária do banco e cobrança de mensalidade por beneficiário, de acordo com faixa etária e/ou renda -, e o teto de 6,5% da folha de pagamentos e proventos para a Caixa custear o plano.  “Nós não aceitamos a implementação da CGPAR 23, sob qualquer aspecto . Além de não ser uma legislação, esta proposta não está prevista no Acordo Coletivo e a anulação de seus efeitos está sendo discutida no Congresso. Nós enfatizamos a necessidade de ampliar a discussão para levarmos propostas decentes aos colegas, mas a Caixa decidiu, unilateralmente, encerrar o grupo”, destacou a coordenadora do GT  e da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).  “A proposta foi a pior possível e aplicou todos os limitadores que comprometem a viabilidade de pagamento para os empregados”, declarou Sérgio Amorim, integrante do GT. “O tempo todo a Caixa declarava que a construção do modelo seria em conjunto, já que é paritário, mas desde o começo o que se viu foi a imposição das diretrizes do presidente do banco, Pedro Guimarães”, disse.  Ao contrário do desejo dos representantes dos empregados, o GT não cumpriu o papel em sua totalidade. As propostas, a da direção da Caixa e a dos empregados, serão levadas à mesa de negociação.  Os representantes dos trabalhadores fizeram questão de demonstrar indignação pelo fim das discussões. Lílian Minchin, integrante do GT, argumentou que a dificuldade no acesso aos dados atrapalhou o trabalho da empresa atuarial que assessora os empregados. “Agora, com as duas propostas prontas, o grupo deveria avançar no debate, mas a Caixa recusou”, ressaltou. Na reunião que aconteceu nesta quinta-feira (29), a representação dos trabalhadores apresentou uma proposta que mantém o modelo atual de contribuição de 70% da Caixa e 30% dos empregados, sem necessidade de reajuste. A proposta defendida pela representação dos empregados mantém os princípios de solidariedade, mutualismo e pacto intergeracional, com gestão por RH e dos percentuais de mensalidade por grupo familiar. Fonte: Fenae

Teletrabalho foi um dos temas debatidos durante I Encontro Estadual de Bancos Privados da FEDERA-RJ

  A distância não vai nos limitar. O slogan da última campanha da categoria bancária provou, mais uma vez, que a luta não conhece barreiras. Mesmo durante a pandemia, os Sindicatos dos Bancários não deixaram de estar presentes em nenhuma discussão. Mesmo virtualmente. E foi assim que aconteceu nesta quinta-feira, 29/7, o Encontro Estadual dos Bancários do Bradesco, Itaú, Santander e Mercantil do Brasil, promovido pela Federa-RJ. Através de uma plataforma virtual, 170 bancários e bancárias dos Sindicatos de Campos dos Goytacazes, Niterói, Petrópolis, Rio de Janeiro, Sul Fluminense e Teresópolis participaram do Encontro que teve o teletrabalho como uma das principais discussões. A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), Juvandia Moreira iniciou sua saudação parabenizando a Federa-RJ e destacando o espírito de unidade da sua direção, que ela considera indispensável na luta da categoria. “A unidade foi fundamental para a construção do movimento sindical bancário. Sem ela, tudo seria muito mais difícil”. Juvandia também ressaltou a importância da regulamentação do teletrabalho, assunto que já está sendo discutido no Congresso Nacional, mas lembrou a necessidade de a classe trabalhadora ter parlamentares que sustentem suas pautas. “Precisamos colocar na agenda a retomada do país. Retirar Bolsonaro e promover mudanças no Congresso é fundamental para essa reconstrução do Brasil”, avalia. Já a presidenta da Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ), Adriana Nalesso, lembrou que a entidade, fundada este ano, nasceu em um momento difícil do país, no entanto, destacou que não falta disposição para enfrentar a luta pela vida, pelo emprego e as mudanças relativas aos impactos tecnológicos que atingem a categoria bancária. “Temos como prioridade organizar o ramo financeiro. Estamos atentos aos dados do Dieese e percebemos que muitos bancários e bancárias estão caindo na armadilha de se tornarem trabalhadores autônomos sem nenhuma garantia, nem direitos. Um dos grandes desafios da Federa-RJ é justamente organizar os sindicatos para estarem fortes nessa luta”, finalizou Adriana. Logo após a abertura, houve uma emocionante homenagem ao ator e diretor de teatro que dedicou sua carreira à luta dos movimentos sociais, Marcos Hamellin, falecido este mês, representando todas as vidas perdidas para a Covid-19. Em seguida o técnico do Dieese, Fernando Amorim, apresentou o estudo “Transformações no Sistema Financeiro do Global ao local”. O Encontro foi encerrado com a divisão dos participantes, em grupos por banco, onde discutiram pautas a serem levadas para a Conferência Nacional, que acontecerá em agosto. Fonte: Federa-RJ