Pesquisa feita pelo Dieese mostra nova redução no emprego bancário

Um estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), aponta que foram fechados mais de cinco mil postos de trabalho no primeiro semestre de 2023. Foram 4,6 mil vagas a menos de julho de 2022 a junho de 2023. A área bancária/financeira está entre as mais afetadas, com redução de 3.385 vagas no semestre e de 2.629 em 12 meses. Também foram afetadas a área administrativa (1.329 e 2.124) e o atendimento ao público (199 e 299). A tecnologia da informação (TI), embora tenha fechado 273 postos de janeiro a junho de 2023, no período de um ano, apresentou saldo positivo de 312 contratações. De acordo com o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale, “os números mostram uma tendência já conhecida, que é um sinal de alerta para a categoria, pois a eliminação de postos de trabalho tem ocorrido de maneira generalizada, em todas as áreas”. Walcyr acrescenta que “os principais bancos caminham no sentido contrário da geração de emprego e renda, com políticas de fechamento de agências, terceirização e demissão de trabalhadores, ao mesmo tempo em que apresentam balanços bilionários, com alta lucratividade, drenando para os seus cofres boa parte da riqueza socialmente produzida”. “Essa situação é inadmissível e precisa ser mudada, afinal qual é o papel do sistema financeiro em nossa sociedade?”, questiona Walcyr. O resultado do primeiro semestre do ano também mostra que as posições de gerenciamento foram as mais afetadas. Consideradas apenas as ocupações gerentes de contas de pessoa física e jurídica, administrativo, de agência e de clientes especiais, foram eliminadas 3.072 vagas. No mesmo período, ocorreu, ainda, o fechamento de 542 postos de escriturário. Por outro lado, os maiores saldos positivos foram para caixa de banco (mais 858 vagas), programador de sistemas de informação (193) e técnico de manutenção de sistemas e instrumentos (167). Movimentação Em junho de 2023, último mês incluído no estudo do Dieese, o saldo negativo foi de 899 postos, resultado decorrente de 2.718 admissões contra 3.617 desligamentos. Os números revelam que, nesse mês, 57,8% dos desligamentos ocorreram por demissão sem justa causa, 35,9% por pedido do trabalhador e 2,9% por justa causa. No recorte geográfico, em apenas cinco estados observa-se saldo ligeiramente positivo. A redução de vagas se deu em 21 estados, com destaque para São Paulo (424 postos), Rio de Janeiro (167) e Minas Gerais (84). Idade e sexo O resultado negativo foi mais acentuado entre as mulheres, que representaram 45,9% das admissões e 50,4% dos desligamentos. Na questão das faixas etárias, é possível observar saldo positivo entre as faixas até 29 anos, com ampliação de 502 vagas, com movimento contrário entre as faixas etárias superiores, com fechamento de 1.401 vagas. Remuneração O salário mensal médio do bancário admitido em junho alcançou o valor de R$ 6.308,16, enquanto o do desligado era de R$ 7.496,81, ou seja, o admitido passou a ganhar 84,14% do desligado. “Esse é um mecanismo adotado pelos bancos, que usam a movimentação da massa de mão de obra para reduzir a folha salarial. Claro que os mais jovens têm que ter sua oportunidade no mercado de trabalho, mas isso não pode ser usado pelos bancos para afastar o contratado com mais experiência, da mesma forma a representação de gênero deve ser igualitária, e não estamos vendo isso”, critica Walcir. Ramo financeiro No ramo financeiro, excluída a categoria bancária, o saldo foi positivo em junho, com a abertura de 1.714 postos de trabalho. Em 12 meses, foram criadas 16,2 mil vagas, média de 1,3 mil por mês, com destaque para crédito cooperativo (mais 1.015 postos), planos de saúde (229) e administração de cartões de crédito (176). Emprego formal De acordo com o Novo Caged, o emprego com carteira assinada no Brasil apresentou expansão de 157.198 postos em junho, com 1.914.130 admissões e 1.756.932 desligamentos. Os saldos foram positivos em todos os Grandes Grupamentos de Atividades Econômicas: Serviços (76.420), Agropecuária (27.159), Construção (20.953), Comércio (20.554) e Indústria (12.117). Os resultados gerais, que incluem o emprego formal e informal, no trimestre móvel de abril a junho, mostram desocupação de 8% (8,6 milhões de desempregados). A subutilização da força de trabalho foi estimada em 17,8% (20,4 milhões de pessoas que queriam e precisavam trabalhar mais horas) e os desalentados (aqueles que não têm mais estímulo para procurar trabalho) chegaram a 3,6 milhões. Para conferir a pesquisa feita pelo Dieese clique em Pesquisa do Emprego Bancário de agosto de 2023. *Fonte: Contraf-CUT

Copa Contraf-CUT Fifa 23 chega à final neste sábado (19)

A Copa Contraf-CUT Fifa 23 terá sua grande final neste sábado (19). Este foi o primeiro torneio de videogame para os trabalhadores de todo o Brasil do ramo financeiro filiados aos sindicatos da base da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e seus dependentes. A disputa reunirá 32 vencedores das cinco federações que promoveram torneios estaduais e regionais. As equipes foram divididas em oito grupos de quatro times cada. Os dois primeiros de cada grupo se classificam para o mata-mata. A partir daí, serão dois confrontos, até chegar aos dois jogadores que farão a final. Carlos Damarindo, secretário de Cultura da Contraf-CUT, ressalta que o torneio fortalece os laços entre as federações de todo o pais. “A Copa Contraf-CUT FIFA 23 demonstrou sua capacidade de unir apaixonados pelo futebol de diferentes regiões e estados. Além das rivalidades saudáveis entre as equipes, o torneio também contribui para fortalecer os laços entre as federações e promover o esporte em todo o país”, afirmou. Os jogos da semifinal, final e disputa de terceiro e quarto serão transmitidos pelos canais no Facebook e no Youtube da Contraf-CUT. A organização é realizada pela equipe da SMU Games, que oferece todo suporte durante o campeonato e um painel preparado para os competidores postarem os resultados dos jogos e acompanharem a tabela de classificação. *Fonte: Contraf-CUT

Lucro do Mercantil é de R$ 168,4 milhões no 1º semestre do ano

O Banco Mercantil do Brasil (BMB) obteve Lucro Líquido Contábil de R$ 168,4 milhões, no 1º semestre deste ano. O valor é 76,7% maior do que o alcançado no mesmo período de 2022, quando o banco obteve o lucro líquido no montante de R$ 95,3 milhões. Só no segundo trimestre de 2023, o banco registrou lucro líquido de R$ 100,2 milhões, o que significou um incremento de 47,1% em comparação ao primeiro trimestre do ano. Comparando ao primeiro semestre do ano passado, neste semestre houve aumento das despesas com captação no mercado (53,8%) e com provisionamento para crédito de liquidação duvidosa (64,3%). Ainda assim, o incremento no lucro do primeiro semestre foi impulsionado pelo crescimento de 47,1% nas receitas das operações de crédito, as quais totalizaram R$ 2,2 bilhões. A Rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido do banco ficou em 29,8%, com alta de 13,6 p.p. em 12 meses. Segundo relatório da instituição, o BMB finalizou o 1º semestre de 2023 com 2.895 funcionários, com abertura de 77 postos de trabalho em 12 meses. Foram fechadas 31 agências e o número de postos de atendimento permaneceu estável (294 postos de atendimento). Para o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do Mercantil (COE/BMB), Marco Aurélio Alves, o lucro não deve estar acima da saúde dos trabalhadores. “Os bons resultados do Banco Mercantil são fruto do esforço das funcionárias e funcionários, que muitas vezes adoecem tentando cumprir as metas altíssimas impostas. É preciso oferecer condições dignas de trabalho, pois o lucro não pode estar acima da saúde física e mental dos trabalhadores”, afirmou Marco Aurélio. *Fonte: Contraf-CUT

Adriana Nalesso é eleita vice-presidenta da CUT-RJ em congresso estadual

O 17º Congresso Estadual da CUT terminou neste sábado (12). Durante dois dias foram realizados debates  e plenárias, cujas resoluções aprovadas serão levadas ao 14º Congresso Nacional da CUT, que será realizado de 19 a 22 de outubro, em São Paulo. A presidenta da Federa-RJ, Adriana Nalesso, foi eleita vice-presidente da CUT/RJ. O atual presidente, Sandro Cezar, do SintSaúde, foi reeleito para o cargo. “Eu tenho muito orgulho de participar da Central Única dos Trabalhadores, independente de estar na direção ou não, defender o que a CUT defende é uma motivação. Será um grande desafio, mas é um momento de oportunidade para a gente dialogar com a sociedade, com os trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou Adriana. Durante o congresso também foram eleitos os delegados que vão representar o Estado do Rio de Janeiro no 14º Congresso Nacional. As resoluções tiradas no encontro estadual referem-se ao papel que a CUT precisa desempenhar no processo de organização da classe trabalhadora e de reconstrução do Brasil. Destaque também para os desafios do movimento sindical, como o seu fortalecimento, valorização das negociações coletivas, atualização da organização sindical, além da participação da CUT na defesa da democracia e na reconstrução do desenvolvimento econômico sustentável e no combate à desigualdade. Homenagem No segundo dia do evento, foi feita uma homenagem pelos 40 anos da CUT, que foi fundada em 28 de agosto de 1983. As diretoras da CUT/RJ, Keyla Machado e Duda Quiroga fizeram um retrospecto da história da entidade, marcada pela luta contra a ditadura, construção de grandes greves gerais e por lutas contra planos econômicos contrários aos trabalhadores.

Contraf-CUT e Federa-RJ realizam o Seminário Integração Sindical Brasil-Itália nesta terça-feira (15)

Nesta terça-feira (15) será realizado o seminário Integração Sindical Brasil-Itália, em parceria entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ). O encontro contará com a participação do vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção, da presidenta da Federa-RJ, Adriana Nalesso, e de Yuri Domenici, presidente da Fisac/CGIL Firenze (sigla em italiano para Federação Italiana de Trabalhadores de Seguros e Cooperativas de Crédito, de Florença). A entidade é filiada à CGIL, a Confederação Geral Italiana do Trabalho. “Um evento de intercâmbio como esse é fundamental para entendermos a realidade aqui no Brasil, porque nossa realidade não é descolada do resto do mundo. Há um processo global de transformação do uso da informação, das ferramentas de tecnologia no sistema financeiro, que, claro, também está sendo sentido em outros países, principalmente da Europa. Por isso, precisamos entender melhor a realidade deles, e eles a nossa”, afirmou Vinicius. Para Vinicius, “o seminário será uma ferramenta útil, para que os trabalhadores dos dois países enfrentem esse tipo de situação e encontrem as melhores formas de luta nesse cenário, para avançar tanto na garantia de seus direitos, como em novas conquistas”. O seminário Integração Sindical Brasil-Itália será na sede do Sindicato dos Bancários do Rio, que fica na Avenida Presidente Vargas, nº 502, 21º andar, das 14h às 17h. *Fonte: Contraf- CUT

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