Banco do Brasil tem lucro recorde de R$ 8,4 bi no 3º trimestre

O Banco do Brasil registrou lucro ajustado de R$ 8,360 bilhões no terceiro trimestre de 2022, aumento de 7,1% frente ao segundo trimestre deste ano e avanço de 62,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. O ganho ficou acima da projeção média de analistas consultados pelo Valor, de R$ 7,315 bilhões. Na contramão de Santander e Bradesco, que divulgaram resultados decepcionantes, o BB deve entregar números recordes na gestão de Fausto Ribeiro, que será substituído com a mudança de governo. A instituição revisou para cima suas estimativas para 2022. A projeção do BB para seu lucro líquido neste ano subiu da faixa de R$ 27 bilhões a R$ 30 bilhões para a de R$ 30,5 bilhões a R$ 32,5 bilhões. A estimativa para o crescimento da carteira de crédito passou de 12% a 16% para 15% a 17%, com a ajuda dos empréstimos a empresas. O banco também espera crescimentos mais fortes que o previsto na margem financeira e na receita de serviços. “Quando assumi a presidência do Banco do Brasil, nossa rentabilidade trimestral era inferior a 15% e muito nos orgulha entregar um retorno sobre patrimônio líquido de 21,8%, o que consolida um novo patamar de rentabilidade, dentre os melhores retornos alcançados em comparação aos pares privados”, disse Ribeiro em nota. “Os resultados que apresentamos se originam do bom desempenho da margem financeira bruta, da diversificação nas receitas com serviços, despesas sob controle e capital forte. Cada vez mais, utilizamos a inteligência de dados para subsidiar nossas decisões estratégicas.” A carteira de crédito ampliada do BB atingiu R$ 969,219 bilhões em setembro, alta de 5,4% no comparativo trimestral e de 19,0% em 12 meses. A carteira de pessoa física totalizava R$ 281,9 bilhões, com elevação de 2,7% no trimestre e de 10,9% em um ano. No segmento de pessoas jurídicas, o portfólio era de R$ 354,8 bilhões no fim do trimestre, com avanços de 5,3% e 20,2%, respectivamente. Em agro, a carteira somava R$ 286 bilhões, altas de 9,1% e 26,7%. Segundo o BB, a carteira de pessoa física foi influenciada pela performance positiva do crédito consignado (+8,3% em 12 meses), empréstimo pessoal (+22,6%) e cartão de crédito (+31,5%). Em pessoa jurídica, houve alta de capital de giro (+8,3%, títulos privados e garantias (+53,3%) e adiantamentos de contratos de câmbio e linhas de comércio exterior (+36,6%). De acordo com o banco, os desembolsos relacionados ao Pronampe, programa voltado a microempreendedores individuais e pequenas empresas, totalizaram R$ 10 bilhões. A margem financeira chegou a R$ 19,558 bilhões no terceiro trimestre, com alta de 14,7% no trimestre e 25% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita financeira com operações de crédito teve alta de 10,2% em relação ao segundo trimestre e de 50,6% em relação ao terceiro trimestre do ano passado, para R$ 28,875 bilhões. Já o resultado de tesouraria totalizou R$ 10,155 bilhões, com alta de 36,3% no trimestre e de 95,1% em um ano. A inadimplência subiu para 2,34% em setembro, de 2% no fim de junho e 1,89% em setembro do ano passado. Em pessoa física, as operações em atraso subiram de forma relevante, chegando a 5,25%, ante 4,31% e 3,21%, respectivamente. Em pessoa jurídica, a inadimplência ficou em 1,47%, ante 1,25% e 1,53%. E, em agronegócio, 0,47%, ante 0,47% e 0,71%. O BB alegou que o avanço dos índices na pessoa física foi influenciado “pelo cenário macroeconômico e em linha com a estratégia de mudança de mix da carteira para linhas de melhor retorno ajustado ao risco”. As despesas de provisão para devedores duvidosos (PDD) atingiram R$ 4,517 bilhões, o que representa aumento de 53,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 15,1% na comparação com o intervalo de julho a setembro de 2021. As receitas de prestação de serviços somaram R$ 8,524 bilhões, aumento de 8,6% em relação ao trimestre anterior e de 14,6% em na comparação interanual. As despesas administrativas totalizaram R$ 8,405 bilhões, com aumentos de 1,2% e 6,2%, respectivamente. O retorno sobre patrimônio (mercado) ficou em 21,8%. Fonte: Jornal O Valor Econômico

Lucro do Itaú supera R$ 23,1 bilhões nos nove meses do ano

O Itaú Unibanco atingiu um lucro líquido de R$ 23,118 bilhões nos primeiros nove meses de 2022, alta de 17,2% em relação ao mesmo período do ano passado. No terceiro trimestre do ano corrente (julho até setembro), o lucro líquido foi de R$ 8,07 bilhões, alta de 5,2% em relação ao trimestre anterior. Entre os maiores bancos do país, o resultado deixa o Itaú apenas atrás do Banco do Brasil. Apesar dos números positivos, a instituição privada fechou 247 agências físicas no país em detrimento da abertura de 189 agências digitais nos últimos doze meses, ressaltou o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Jair Alves, completando que, nos últimos anos, a holding acelerou o processo de transformação digital. “Quando olhamos os dados de emprego, vemos que, no terceiro trimestre de 2022, o Itaú conta com 88.279 empregados no país, com abertura de 2.084 postos de trabalho nos últimos doze meses. Entretanto, esse saldo positivo se deve a contratações para a área de TI”. O porta-voz dos funcionários do Itaú frisou ainda que o lucro elevado do banco reflete a difícil situação econômica do país. “A própria instituição confirma isso no relatório recente, quando observa que a elevação do seu lucro é reflexo do aumento da taxa de juros Selic”, pontuou. Outros fatores elencandos pelo Itaú Unibanco que favoreceram para os resultados positivos foi o crescimento da carteira de crédito e a mudança no “mix” da carteira no segmento do varejo, permitindo crescimento de 29,4% da margem financeira com clientes. A Carteira de Crédito do banco cresceu 15,4% em doze meses e 2,5% no trimestre, atingindo R$ 1,111 trilhão. As operações com pessoas físicas no Brasil cresceram 27,0% em doze meses, totalizando R$ 384,7 bilhões, com destaque para crédito pessoal (+36,3%), cartão de crédito (+32,7%) e crédito imobiliário (+27,4%). O crédito à pessoa jurídica apresentou alta de 13,8% no período, totalizando R$ 301,0 bilhões. Enquanto o crescimento de micro e pequenas empresas foi de 15,1% em doze meses, alcançando 159,9 bilhões.  Já o retorno recorrente gerencial sobre patrimônio líquido (ROE) do banco privado sofreu aumento de 21,3% no segundo trimestre, com alta de 1,7% em doze meses. Retorno para funcionários “Com esses lucros, o Itaú tem todas condições para melhorar a remuneração dos seus funcionários, através de programas próprios existente, onde COE e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) vêm cobrando do banco o pagamento proporcional do programa GERA para as áreas comercial e varejo”, disse Jair. “Já iniciamos a tratativa de renovação do PCR (Programa Complementar Remuneração e da Bolsa Educação) e esperamos obter um bom valor, com esses resultados do banco”, pontuou. Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pela equipe da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Lucro do Santander no terceiro trimestre de 2022 acende alerta

O Santander obteve lucro líquido gerencial de R$ 11,211 bilhões nos nove primeiros meses de 2021, queda de 10,1% em relação ao mesmo período de 2021. No trimestre encerrado em setembro, o banco espanhol lucrou R$ 3,122 bilhões, queda de 23,5% em relação aos três meses anteriores. O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) do banco ficou em 19%, com decréscimo de 2,5 pontos percentuais em doze meses. O lucro obtido na unidade brasileira do banco representou 27,7% do lucro global que foi de € 7.316 bilhões, alta de 14,7% em doze meses e 3% no trimestre. A holding encerrou o terceiro trimestre de 2022 com 51.214 empregados, com abertura de 1.609 postos de trabalho em doze meses (no trimestre, foram fechados 835 postos de trabalho). Foram fechadas 307 agências e 104 PABs em relação a setembro de 2021. Alerta O resultado do Santander no terceiro trimestre de 2022 acende pontos de alerta, como a redução do lucro e o fechamento de agências e PABs; e chama atenção o número superavitário de contratações. “Em um primeiro momento a geração de empregos sempre é positiva. No entanto, mais do que analisar os números precisamos fazer uma avaliação à luz dos fatos. O Santander vem intensificando a terceirização desde 2020. Estima-se que ao menos nove mil bancários já foram transferidos para outras categorias. Soma-se a isto a quantidade de agências fechadas no país. É assombroso projetar que o Santander pretender ser um banco sem bancários.” Lucimara Malaquias, diretora executiva do Sindicato e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Santander Aumento da PDD O Índice de Inadimplência Total superior a 90 dias, incluindo Pessoa Física e Pessoa Jurídica, ficou em 3%, com alta de 0,6 ponto percentual em comparação aos nove primeiros meses de 2021. Já as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) aumentaram 52,2%, totalizando R$ 17,4 bilhões. “A inovação é tornar os trabalhadores sócios dos riscos, isso mesmo, haja vista a inadimplência subindo e a PDD nas nuvens. O banco quer que os trabalhadores assumam os riscos de suas carteiras, a exemplo do que já ocorre na corretora de investimentos, mas o Santander continua remetendo o lucro para a Espanha e garantindo-o aos acionistas”, denuncia Lucimara. Em teleconferência, o banco afirmou que o aumento da inadimplência é devido ao varejo e a empresas pequenas. “Muito provavelmente essa deterioração é devido a atual crise econômica e social que reduziu a renda da população e o crescimento. Esse mesmo ´desgoverno´ aposta ainda em congelar aposentadorias e pensões caso seja reeleito, o que poderá gerar ainda mais retração econômica”, afirma Lucimara. Serviços e tarifas são quase o dobro da folha de pagamento As receitas com prestação de serviços e renda das tarifas bancárias decresceu 1% em doze meses, totalizando R$ 14,2 bilhões. As despesas de pessoal mais PLR aumentaram 10% no período, somando R$ 7,4 bilhões. Assim, em setembro de 2022, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 191,74% (ou seja, as receitas de prestação de serviços e tarifas cobriram quase duas vezes a folha de pagamento do banco). “Embora o balanço apresente uma redução na cobrança de juros e tarifas, a redução é irrisória frente ao volume arrecadado neste item, principalmente porque boa parte do mercado já não cobra tarifas pela cesta de serviços básicos, mas o Santander insiste em cobrar, inclusive de funcionários. Mais uma contradição no banco que vende redução de direitos como ‘inovação’”, finaliza Lucimara.

Itaú lucra 15 bilhões nos primeiros seis meses do ano

O Itaú Unibanco obteve lucro líquido recorrente gerencial – que exclui efeitos extraordinários – de R$ 15,039 bilhões, no primeiro semestre de 2022. O valor representa uma alta de 16,2% em relação ao mesmo período de 2021 e de 4,3% em relação ao trimestre anterior. Só no segundo trimestre deste ano, o resultado recorrente foi de R$ 7,679 bilhões. No Brasil, o retorno recorrente consolidado sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE) do banco foi de 21,2% no período, com alta de 2 pontos percentuais (p.p.) em doze meses. De acordo com o relatório do banco, o resultado do semestre se deve ao crescimento da carteira de crédito e à mudança do “mix” da carteira no segmento do varejo, que levaram ao crescimento de 27,5% na margem financeira com clientes. O banco também considera que o aumento da taxa de juros Selic trouxe impacto positivo na remuneração do capital de giro próprio e na margem de passivos. “Mesmo com esses resultados impressionantes, o banco insiste em fechar postos e locais de trabalho”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, ao se referir aos 557 postos de trabalho fechados no segundo trimestre do ano. Nos últimos doze meses houve abertura de 2.092 postos de trabalho na holding, que ao final de junho de 2022, contava com 87.703 empregados. “O próprio relatório do banco mostra que esse saldo se deve à ampliação no número de assessores de investimentos e às contratações para a área de TI, visando acelerar o processo de transformação digital do banco. Ou seja, muitas agências foram fechadas e muito profissionais que trabalhavam nela foram demitidos”, lamentou o coordenador da COE do Itaú. Em doze meses, foram fechadas 250 agências físicas no Brasil e abertas 152 agências digitais, totalizando 2.791 agências físicas e 349 agências digitais ao final de junho de 2022. Veja aqui os destaques completos do balanço feitos pela equipe da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Lucro do Santander já ultrapassa os R$ 8 bilhões somente no primeiro semestre deste ano

O lucro líquido gerencial do Banco Santander foi de R$ 4,084 bilhões no segundo trimestre de 2022, o que representa redução de 2,1% em relação ao mesmo período de 2021 e aumento de 2% em relação ao trimestre anterior.  No semestre, o lucro alcança os R$ 8.089 bilhões, queda de 0,5% em comparação aos seis primeiros meses do ano passado. O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) do banco foi de 20,7%, com queda de 0,4 ponto percentual (p.p.) em 12 meses. O lucro no Brasil representou 27,9% (€ 1,365 bilhão) do banco global (€ 4,894 bilhões), que apresentou alta de 16% em 12 meses. A Carteira de Crédito Ampliada no país teve alta de 4% no trimestre (6,4% em 12 meses), atingindo R$ 543 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 14% em 12 meses (R$ 216,4 bilhões). O crescimento nesse item se deu em todas as linhas, mas foram impulsionadas por crédito pessoal (+25%) e cartão de crédito (+22%). A Carteira de Financiamento ao Consumo, originada fora da rede de agências, somou R$ 65,7 bilhões, com alta de 5,7%, em relação a junho de 2021. Desse total, R$ 57,1 bilhões (87%) referem-se a financiamentos de veículos para pessoa física (+1,3% em 12 meses). O crédito para pessoa jurídica caiu 0,7% em 12 meses, alcançando R$ 186,5 bilhões. O segmento de pequenas e médias empresas cresceu 6,7% nesse período, e o de grandes empresas reduziu 4,1%. O Índice de Inadimplência Total superior a 90 dias, que inclui pessoa física e jurídica, ficou em 2,9%, alta de 0,7 p.p. em comparação ao primeiro semestre de 2021. Já as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) foram incrementadas em 54,6%, acompanhando a mudança no mix de produtos do banco (especialmente, para pessoa física), e totalizaram R$ 10,9 bilhões em junho de 2022. Para a coordenadora da Comissão Organizadora de Empregos (COE) do Santander, Lucimara Malaquias, “a redução do lucro, o aumento da inadimplência e aumento da PDD são resultados da política do atual governo federal e do próprio Santander, que apostam na desigualdade, na demissão, nos juros e tarifas extorsivos, que aprofundam a pobreza e a exclusão. Ou seja, é o reflexo de uma economia estagnada, associada a alta inflação que penaliza parcelas importantes da sociedade”, destacou. “A contrapartida social com geração de empregos e distribuição adequada dos lucros tem sido pauta permanente do movimento sindical”, completou Lucimara. A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias reduziu 0,6% em 12 meses, e ficou em R$ 9,5 bilhões. As despesas de pessoal mais PLR cresceram 10,3% no ano, somando R$ 4,9 bilhões. Assim, em junho de 2022, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 194,5%. A holding encerrou o primeiro semestre de 2022 com 48.406 empregados, com abertura de 1.980 postos de trabalho em 12 meses. Só no trimestre foram encerrados 684 postos de trabalho. E, em 12 meses, foram fechadas 327 agências e 105 PAB’s, sendo que, no segundo trimestre do ano, foram encerradas 49 agências e 23 PAB’s.

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